Distinção premeia pessoas que colocam em diálogo fé e cultura
O padre jesuíta Luís Archer, pioneiro da biogenética em Portugal, recebe hoje na Universidade Católica o Prémio de Cultura Manuel Antunes. Na lição que deverá proferir na ocasião, o primeiro presidente do Conselho Nacional de Ética irá defender que a tecnociência é "indispensável para o progresso das civilizações, mas não se pode tornar um absoluto".
Luis Archer fala para os professores.O Miguel Ponces de Carvalho parece estar um pouco distraído com a fotografia...
Outro aspecto da aula dada pelo Padre Jesuíta Luís Archer
Luis Archer participou na criação do Laboratório de Genética Molecular do Instituto Gulbenkian da Ciência, vindo mais tarde a leccionar também na Universidade Nova de Lisboa. Voltaria a ser pioneiro, em matéria de bioética, tendo exercido o cargo de presidente do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida entre 1996 e 2001. Já este ano, publicou o livro Da Genética à Bioética. O prémio de cultura, que leva o nome de outro jesuíta - Manuel Antunes foi professor da Faculdade de Letras de Lisboa e distinguiu-se pela sua vasta cultura humanista - foi instituído pelo Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, da Igreja Católica. Pretende distinguir pessoas que, na sua actividade, estabelecem diálogo entre a fé e a cultura. No ano passado, o poeta Fernando Echevarría foi o escolhido. O júri decidiu este ano escolher Luís Archer, caracterizando-o como homem de ciência e grande humanista. A cerimónia decorre, a partir das 11h30, na Universidade Católica, em Lisboa.
In' Público 27.11.2006
by António Marujo
Sem comentários:
Enviar um comentário