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30 abril 2013

São quadras, meu bem!... São quadras...

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Dizes - e eu creio - que Deus fez
as almas pares, aos casais.
O que há é casais de três
e, às vezes, até de mais
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in. "Antologia de poetas + ou - da Corda"

29 abril 2013

Os "Livros de Despedida"...

Da autoria de  Luis Marçal Grilo
em 1956/57
a caricatura da
Rafael Gamas.
Rafael Agostinho de Azevedo Gamas

28 abril 2013

Humor antigo...

in. Mundo Ri
Novembro/1961
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- Carta de condução não tenho. mas se quiser ver a minha licença de isqueiro...

Escrito no vento...

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“As grandes mentes discutem ideias, as médias discutem coisas e as pequenas discutem pessoas.”
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Kalil Cebran Kalil

27 abril 2013

A noite é muito escura...

... um poema de
Alberto Caeiro
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Alberto Caeiro


É noite.
A noite é muito escura. Numa casa a uma grande distância
Brilha a luz duma janela.
Vejo-a, e sinto-me humano dos pés à cabeça.
É curioso que toda a vida do indivíduo que ali mora, e que não sei quem é,
Atrai-me só por essa luz vista de longe.
Sem dúvida que a vida dele é real e ele tem cara, gestos, família e profissão.

Mas agora só me importa a luz da janela dele.
Apesar de a luz estar ali por ele a ter acendido,
A luz é a realidade imediata para mim.
Eu nunca passo para além da realidade imediata.
Para além da realidade imediata não há nada.
Se eu, de onde estou, só veio aquela luz,
Em relação à distância onde estou há só aquela luz.
O homem e a família dele são reais do lado de lá da janela.
Eu estou do lado de cá, a uma grande distância.
A luz apagou-se.
Que me importa que o homem continue a existir?

Alberto Caeiro,

in "Poemas Inconjuntos"
Heterónimo de Fernando Pessoa

26 abril 2013

Os "Livros de Despedida"...

Da autoria de  Amado Ramos Estriga
em 1959/60
a caricatura da
Isabel Carriço

Maria Isabel Bastos Carriço

25 abril 2013

25 de Abril...

Castelo Branco, em 25 de Abril de 1962
A Gi fazia anos hoje.
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Margarida Maria Macedo Mendes de Matos

24 abril 2013

Solidão...

... um poema atribuído a Francisco Buarque de Holanda

Francisco Buarque de Holanda.
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Solidão

Solidão não é a falta de gente para conversar, namorar, passear ou fazer sexo... Isto é Carência.

Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência de... entes queridos que não podem mais voltar...
Isto é Saudade.

Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe, às vezes, para realinhar os pensamentos...
Isto é Equilíbrio.

Solidão não é o claustro involuntário que o destino nos impõe compulsoriamente para que revejamos a nossa vida. 
Isto é um princípio da natureza.

Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado...
Isto é Circunstância.

Solidão é muito mais do que isto.

Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos em vão pela nossa alma...

Francisco Buarque de Holanda

23 abril 2013

Escrito no vento...

“A ordem é o prazer da razão: mas a desordem é a delícia da imaginação”.
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Paul Claudel

22 abril 2013

Castelo de...

Belver
20 04 2013

Junto da margem direita do rio Tejo

21 abril 2013

Os "debates"...

É já de ontem o artigo de Vasco Pulido Valente que aqui reproduzimos, e ao qual ele deu o título “Os dois “debates” da televisão”
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Com a mordacidade do costume VPV continua igual a si próprio.

Vasco Pulido Valente
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As televisões (sete ou oito canais) têm agora dezenas de programas de debate, com centenas de salvadores, incluindo – não se sabe porquê – o Herman José, sob o pseudónimo de Ana Gomes, a mulher que mais grita em Portugal. Isto seria normal, se os debates não fossem sempre só dois da RTP à CMTV, apesar da profusão de sábios que tentam ilustrar e esclarecer. Ao fim de algumas semanas já se repetem todos, sem que se perceba esta estranha multiplicação de falatório em pessoas, com livre arbítrio e alguns neurónios no cérebro.
Com tantas faculdades de “comunicação social” devia haver um grupo de investigação para descobrir a origem deste fenómeno, manifestamente típico do génio do indígena e – suspeito – com grandes possibilidades de exportação, pelo menos, para a Venezuela.
O primeiro debate versa sobre a “austeridade”. Os mandatários de Pedro Passos Coelho e de Vitor Gaspar insistem que a ”austeridade” é necessária e o único caminho para tirar Portugal dos sarilhos e da condição básica para começar uma política de crescimento económico e “combater o desemprego” (um eufemismo incompreensível).
A oposição, pelo contrário acha que a “austeridade” está a criar desemprego e a desfazer o “tecido económico” do país, propondo uma “renegociação” com a troika (sem explicar precisamente sobre o quê) e sem a menor ideia se a troika aceitaria esse plano salvífico e perspicaz. Nessa altura, o “debate” costuma degenerar num arraial de feira, em que o moderador se desespera e ninguém ouve o que o próximo está a dizer, de resto com imensa razão, porque o próximo é um agente do mal e do estrangeiro.
Para se distrair, o cidadão comum pode passar para o canal ao lado e tornar a ver o espectáculo com outras caras.
O segundo debate versa sobre o “consenso”, que ninguém se deu à excessiva franqueza de explicar exactamente em que consiste. A troika quer o consenso, por motivos que não se compreendem e que, de qualquer maneira, não convém que a ralé conheça. Como a troika quer, de quando em quando o governo conversa com o PS ou manda uma cartinha ao dr. Seguro, com o propósito de exibir a sua obediência e magnanimidade; e o PS, que se acha “enxovalhado" e “humilhado”, responde com duas pedras na mão. Aqui, chega a altura de o PSD também se sentir “humilhado” e “enxovalhado” e de se cobrir dignamente com a dignidade do Estado. Sucede, ainda por cima, que o PS nunca aceitará a política do PSD, nem o PSD a do PS (ver primeiro “debate”). E é assim que com meia dúzia de horas de “debate” por noite a nata do nosso querido país pratica a democracia e, com dificuldade, vai educando a ralé.

Humor antigo...

in. "O Mundo Ri"
1960
- Deixa-me ir sentar só um minutinho...


20 abril 2013

As Bonecas de Don Flowers

Humor antigo
com o traço de
Don Flowers

- Se não gostas da voz dela, posso baixar o som...

19 abril 2013

Escrito no vento...

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“Recorda que no dia em que nasceste todos riam e só tu choravas. Vive a tua vida de tal maneira que quando morreres todos chorem e só tu rias.”
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Provérbio persa

18 abril 2013

Farmacêuticos...

Medicamento português para Parkinson
começa a ser vendido no Japão

O Laboratório farmacêutico português BIAL anunciou hoje ter assinado um contrato de licenciamento exclusivo com uma empresa jaaponesa para o desenvolvimento e comercialização no Japão de um novo tratamento para a doença de Parkinson
Esta é a primeira vez que a empresa concretiza um acordo de licenciamento para o Japão, que é o terceiro maior mercado farmacêutico, depois dos Estados e da União Europeia.
Depois da comercialização do Zebinix (acetato de eslicarbazepina) para o tratamento da epilepsia, já disponível na maioria dos mercados europeus, o Opicapone é o segundo produto de investigação BIAL a ser licenciado.
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António Portela, CEO da BIAL

António Portela, CEO da BIAL, considera que este é "um momento histórico, significativo e de grande satisfação para toda a equipa".
"Nós fomos capazes de criar e desenvolver um segundo medicamento de investigação própria, confirmando as nossas capacidades científicas e técnicas e criando confiança na sustentabilidade do nosso projecto de I&D", sublinhou.
O CEO da BIAL acrescentou que depois deste licenciamento para o mercado japonês, a empresa deve concentrar-se em "encontrar os parceiros ideais para os EUA e a Europa".
Com este acordo de licenciamento, a farmacêutica japonesa ONO fará à BIAL um pagamento inicial, a que acrescem novas parcelas no seguimento do desenvolvimento deste fármaco no Japão e da sua performance comercial.
Com sede em Osaka, a ONO é uma empresa farmacêutica de investigação orientada para o desenvolvimento de medicamentos inovadores em áreas específicas.
A BIAL explica que o Opicapone encontra-se em fase III de ensaios clínicos (testes confirmatórios que visam provar a eficácia, determinar a tolerabilidade e a segurança do futuro medicamento). Está a ser desenvolvido como terapêutica adjuvante da levodopa, fármaco de maior eficácia na terapêutica sintomática da doença de Parkinson. Depois de finalizados os ensaios de fase III, seguir-se-á o registo junto das autoridades regulamentares e a posterior aprovação para introdução no mercado.
"Com a evolução da doença, os doentes de Parkinson desenvolvem o fenómeno "wearing off" (deterioração de fim de dose), em que a duração do efeito da levodopa é diminuída. Para responder ao "wearing off" é utilizada terapêutica adjuvante para manter ou aumentar o efeito da levodopa", refere a empresa.
Nos estudos clínicos, o Opicapone demonstrou "um aumento na exposição sistémica da levodopa e demonstrou uma ação de longa duração sobre os inibidores de COMT (catecol-O-metiltransferase), de toma única diária", acrescenta.
A doença de Parkinson é uma doença degenerativa do sistema nervoso central caracterizada pela presença de bradicinesia (lentificação dos movimentos), trémulo, rigidez muscular e alterações posturais.
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cfr. Sol online
18 Abril 2013

O Armando da Conceição...

...prestou um bom contributo com este "apontamento" que agora me envia.
Já tinha lido este teu trabalho que, desta vez, vem mais completo.
Obrigado por estas tuas informações... Pareces mesmo um economista de raíz!...
O Eng.Armando Henriques da Conceição
(Natural do Estreito - Concelho de Oleiros)

Caro João José,
Escreveste no teu “blog” um extracto do Público que abaixo reproduzo. É um tema em que tenho meditado muitas vezes e com o qual concordo plenamente.  O que nos espera,  ..... não sei, mas que não vem aí coisa boa, acho que não. Os partidos são incapazes de resolver o grande problema da alhada em que eles próprios nos meteram, com as suas ganâncias,  sede de poder, irresponsabilidade, para não falar de outras coisas mais sérias e condenáveis. A alternativa de ditadura, também não será muito agradável. Mas entre os males de um ou do outro sistema, não sei qual será o pior. Nós tivemos a experiência de viver nos dois. E se havia coisas desagradáveis antes do 25 de Abril, hoje também há muitas que não são nada do meu gosto, e que às vezes até me dão saudades dos outros tempos. Há dias enviei-te um gráfico que fiz, não sei se chegaste a vê-lo. Tinha algumas gralhas e fiz recentemente as correcções  devidas. Reenvio-te hoje em três versões ( para o caso de dificuldades em abrí-lo em alguma delas).
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A última versão do gráfico
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Mostra a evolução da Dívida Pública Portuguesa em percentagem do PIB, de 1850 a 2012. Mostra também os governos que foram responsáveis por essa evolução, bem como bancarrotas no mesmo período, anteriores à situação actual, bem como políticas e causas associadas aos períodos em que aquele índice foi superior a 60%, limite considerado aceitávcel e sustentável. Làse pode ver o que os regimes de partidos têm feito antes e depois da ditadura que durou de 1926 a 1974. A ditadura endireitou as contas e no final começou já o crescimento. Foi nessa altura que se construíram os hospitais de Santa Maria e de São João, bem como a ponte Salazar. Esse mesmo crescimento continuou depois , porque havia o ouro acumulado e vinha muito dinheiro da Europa. Mas os partidos encarregaram-se  de dar cabo de tudo e agora estamos onde estamos. Isto é uma análise muito sucinta e resumida. Muito mais coisas haveria a comentar, a favor e contra cada um dos regimes. Nós sabemos isso. Havia a miséria, o analfabetismo, a censura, a perseguição política, etc. Mas a corrupção e roubalheira levadas a cabo pelo poder constituído, se hvia, hoje  são de longe muito maiores e mais escandalosas. A violência com roubos e assaltos que hoje nos aflige não se vivia naqueles tempos. Os tribunais eram mais rápidos a decidir, e, tirando  as questões “políticas”, as decisões eram mais justas também. Hoje a justiça é uma palhaçada.  E muito mais haveria a ponderar. O grande problema é que não há estadistas, capazes de ver a longo prazo e governar orientados por essa visão. Hoje a visão é muito curta, apenas o tempo que nos separa das próximas eleições, que é preciso ganhar, a todo o custo. Quem vai pagar, não importa. Vão ser as “desgraçadas” gerações dos nossos filhos e netos. E a nossa também: começou já a pagá-las, e de que maneira!Envio-te também o texto que fiz acompanhar com o envio deste gráfico.
Se quizeres fazer-me algum comentário ou crítica, podes “descascar” à vontade.  Quer concordes ou discordes, até te agradeço. Mas só se quizeres.  
Um abraço,
Armando Conceição
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Junta-se um gráfico que preparei sobre a EVOLUÇÃO DA DÍVIDA PÚBLICA PORTUGUESA (EM % DO PIB), desde 1850 a 2012. Está desenhado em várias cores, para distinguir os “governos”  responsáveis ao longo do tempo. Pesquisei e procurei também resumir as causas e/ou políticas que originaram os valores da Dívida acima dos 60% do PIB, valor considerado como aceitável e sustentável a não ultrapassar, na Europa e outras regiões do planeta, por se tornar “perigoso”. Assinalei também os dois casos de “bancarrota” verificados no período considerado, anteriores à nossa crise actual (1852 e 1891 – 1892). As causas da primeira são anteriores ao período em análise. Mas entre outras, essas causas devem-se a consequências próximas e remotas da guerra civil (1832 – 1834) entre miguelistas e liberais, à revolta da Maria da Fonte e à guerra da Patuleia que se lhe seguiu (1846 – 1847), e ainda ao “desgoverno” resultante de lutas pelo poder, caciquismo, inexperiência de vivência em democracia, etc. As causas da segunda bancarrota devem-se ao grande implemento dado por Fontes Pereira de Melo aos transportes ferroviários, à criação de infra-estruturas e transportes ferroviários, rodoviários e telégrafo eléctrico, sem as quais não seria possível desenvolver uma industrialização moderna como havia já na Inglaterra, Alemanha e França. Depois de inaugurado em 1856 o primeiro trecho de via férrea entre Lisboa e Carregado, num total de 36 Km (construído entre 1853 e 1856), construiu ainda um total de 2153 km de via, até 1886, montante que representa 60% do total que viria a ser construída na centúria  1856 – 1956  (3616 km).  As estradas construídas (antes, praticamente só havia caminhos velhos),  procuravam fazer a ligação das estações de caminho de ferro às povoações mais afastadas. O telégrafo eléctrico foi fundamental para o bom funcionamento do tráfego dos comboios.
Era uma situação bem diferente da actual. Agora, construíram-se auto-estradas em excesso, comprometeu-se muito dinheiro em PPP’s e TGV, além de se terem atribuído apoios sociais e aumentos da função pública, não digo desnecessários, mas,  não havendo dinheiro para pagá-las,  tudo teve que ser feito à custa de empréstimos, quando a barreira dos 60% da dívida pública em relação ao PIB já tinha sido ultrapassada. Também houve a crise do “Lemon Brother’s” a influir, mas não foi só, como muita gente  tem pretendido justificar. É certo que outros países também fizeram políticas semelhantes, embora em menor escala do que a nossa, e que tentam justificar-se dizendo que foi a CEE que incentivou. Fomos pois “os bons alunos“, como temos sido em sucessivos governos desde há pelo menos duas décadas.  A realidade é que não precisamos de “bons alunos” deste género. Faltaram-nos verdadeiros ESTADISTAS, capazes de visualizar as necessidades do País  a longo prazo (20 a 50 anos) e estabelecer políticas no sentido de resolver essas necessidades.  O que tivemos e continuamos a ter são governantes, por vezes bem “espertos”, de horizontes  eleitoraleiros com um período máximo de visão futura de 4 anos. E é pena !  
Há que referir que grande parte da  crise actual  deve-se  também, e muito, à ganância dos mercados, bancos e grande capital, que não olham a meios para atingir os fins. Isto sempre à custa da classe média e da menos favorecida, que sofrem na pele uma exploração inaceitável, imoral e criminosa. Mas os governos têm também uma grande responsabilidade, porque actuam muitas vezes em conluio nesta exploração com a qual estão comprometidos.  
Não se pode é atribuir  a culpa só a esta exploração gananciosa. Há que ter bom senso e não fazer asneiras internas como as atrás denunciadas. A culpa não é só de um dos lados, reparte-se. Mas cada lado insiste sempre em atribuí-la ao outro recusando-se a reconhecer os próprios erros. O que é pena!
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Então, Armando?!...Depois disto, o que é que tu querias que eu acrescentasse?!!!...

17 abril 2013

Humor antigo...

... com o traço de
Vilhena
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- Se jogo futebol, é porque jogo futebol!... Se subo às cadeiras, é porque subo às cadeiras!... Se puxo o rabo ao gato, é porque puxo o rabo ao gato!... Se atiro setas à tia Amélia, é porque atiro setas à tia Amélia!...

16 abril 2013

Os "Livros de Despedida"...

Da autoria de Tomás Mateus
em 1935-36
a caricatura do
Eng.Manuel Abreu Riscado
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Eng.Manuel Abreu Riscado

15 abril 2013

Hoje, o Google...

...homenageou um mito.
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Creio que os alunos do ensino secundário já deixaram, há muito tempo, de ouvir falar dele...
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Leonhard Euler nasceu na cidade de Basileia, na Suíça, no dia 15 de Abril de 1707, tornando-se num dos mais proeminentes matemáticos do século XVIII, graças a importantes descobertas.
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Leonhard Euler

 A obra de Leonhard Euler, em matemática e na física, é hoje reconhecida também com diversos tópicos baptizados com o nome de Euler: a função de Euler, a equação de Euler e a fórmula de Euler.
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Era um “nome sagrado” quando se iniciava o estudo da Cristalografia no ensino secundário. Toda a gente tinha de compreender o que era a “igualdade de Euler” (leia “óiler”, sff). Em qualquer cristal:
 A soma  do número de faces mais o número de vértices é igual ao número de arestas mais dois."
F + V = A + 2
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Guia de Trabalhos Práticos de Ciências Naturais - 6ºano
A igualdade de Euler
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O trabalho deste matemático hoje homenageado versou inúmeras áreas e é considerado, por múltiplas vezes, como a primeira referência escrita de diversas questões e problemas matemáticos.
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Euler faria hoje 306 anos.

Como diria...

... o saudoso Amigo Dr.José Carlos Sequeira Lopes, "ele está demente"!!...
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Li "isto" na edição  Fim de Semana, do jornal "i", 
saído em 13 de Abril de 2013...
...E não quis acreditar no que lia!...
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O Ex-primeiro Ministro, Dr.Mário Soares
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São palavras de um "terrorista" que devia ter mais cuidado com as palavras que profere.
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Vai sendo tempo de alguém controlar as palavras deste Senhor... que já não tem o discernimento para as proferir com o cuidado necessário... E é, de facto, uma pena termos de assistir ao fim inglório de uma personagem que teve um papel significativo no post 25 de Abril...
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E a imprensa que está instalada até chora por "coisas" destas!...
Poupem o Homem!!... Please...

Escrito no vento...

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Se quiserem que algo se faça, encarreguem disso uma pessoa acupada”.
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Provérbio chinês

14 abril 2013

Um aviso...

... no Editorial do Público
hoje, domingo, 14 04 2013

(Apenas um pequeno excerto.)
(...)
Ainda que em Portugal a existência de um Governo com maioria afaste um cenário de bloqueio, ainda que a partilha da UE afaste para já o golpismo, os sinais para o futuro estão longe de ser promissores. As tensões no seio dos partidos que sustentam o Governo e o abandono por parte do PS do acordo sobre o ajustamento ameaçam tornar as próximas legislativas num jogo de resultado incerto. Os episódios das últimas eleições em Itália ou na Grécia podem repetir-se em Portugal.E na Espanha.
A exclusividade do discurso económico sobre a crise tem de começar a ser matizada pelos seus impactes nas democracias. Se as democracias são incapazes de responder às expectativas dos cidadãos, a sua legitimidade vai-se. Como a política tem horror ao vazio, sabe-se o que vem a seguir.
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Para meditar um pouco...

As Bonecas de Don Flowers

Humor antigo
com o traço de
Don Flowers
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- Porque é que você quer o número do telefone da minha casa?! Eu estou aqui!!...

13 abril 2013

13 de Abril...

... comemora-se hoje o dia do Beijo.
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Em 13 de Abril de 1956 passei a tarde na Pastelaria Versailles...

Estou em falta...

...porque não agradeci, na altura devida, a oferta deste livro que a autora , Maria da Conceição Rocha, teve a amabilidade de me enviar.
"Raízes da Beira Baixa" é um livro cheio de interesse que relata costumes e vivências de uma população que viveu fechada durante tempos infindos, perdida nos confins de uma serra agreste e de um isolamento muito duro de vencer...
Diz a autora que "o local onde nascemos e crescemos marca qualquer um de nós não só pelo facto de lá termos nascido, mas porque foi nele que nos formámos e é nele que encontramos as nossas raízes que caracterizam e enriquecem cada um..."
..."o passado cultural é determinante para o colectivo da sociedade onde está inserido, é de somenos importância a dimensão populacional do local. Pelo que, acreditamos que o contar e o reviver um passado cultural mantem viva a memória desse povo, permite reorganizar e melhorar o presente, e reforçar laços preservando uma identidade que cada um transporta de modo a que a memória nunca se apague."

 Maria da Conceição Rocha
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Maria do Carmo Rocha nasceu em 6 de Dezembro de 1949, no local da Póvoa da Ribeira situado num vale formado entre a serra do Mouradal, pertencente ao Concelho de Oleiros e Distrito de Castelo Branco
Ali cresceu e passou a adolescência com experiências vividas que marcaram para sempre o seu percurso de vida.
Saíu da aldeia para seguir enfermagem. Grande parte do seu percurso profissional foi feito no local onde as pessoas vivem e trabalham isto é na comunidade, motivo pelo qual sempre lidou com histórias de vida, usos e costumes que são determinantes na saúde e sobre os quais aprofundou conhecimentos e competências.

 "Raízes da Beira Baixa"
Ed. Papiro Editora//2007
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Obrigado pelo presente...
e obrigado pela simpatia,
D.Maria da Conceição Rocha

12 abril 2013

Hora...

...um poema de
Sophia de Mello Breyner
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Sophia de Mello Breyner Andresen

Hora
Sinto que hoje novamente embarco
Para as grandes aventuras,
Passam no ar palavras obscuras
E o meu desejo canta --- por isso marco
Nos meus sentidos a imagem desta hora.

Sonoro e profundo
Aquele mundo
Que eu sonhara e perdera
Espera
O peso dos meus gestos.

E dormem mil gestos nos meus dedos.

Desligadas dos círculos funestos
Das mentiras alheias,
Finalmente solitárias,
As minhas mãos estão cheias
De expectativa e de segredos
Como os negros arvoredos
Que baloiçam na noite murmurando.

Ao longe por mim oiço chamando
A voz das coisas que eu sei amar.

E de novo caminho para o mar.

11 abril 2013

Mário Brandão...

Recebi, em fins de Janeiro último, um mail que me encheu de esperança pois abria-me o caminho para reencontrar um Amigo que não via há muitos... mas mesmo muitos anos!.
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"Boa Tarde
Sou filha do Tenente Coronel Mário Brandão, e gostei muito de ler a notícia que escreveu sobre o meu pai. O meu e-mail é : xxxxxx @ ooooo.yyy se me quiser responder.
Atentamente
Maria Adelaide  Galhardo Brandão Rodrigues dos Santos"
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Claro que eu quiz responder...

DrªMaria Adelaide Galhardo Brandão Rodrigues dos Santos
Directora da Biblioteca Municipal de Penafiel

Olá, D.Maria Adelaide
Com toda a certeza, não faz a mais pequena ideia da emoção que senti ao ler as palavras que ontem me enviou…
Fui Amigo de seu pai, o Mário Brandão, com quem convivi de perto, durante dois anos, na JUC da rua da Cedofeita.
A vida desandou para todos nós, naquela época de 1956/58, cada um tomou o seu rumo e o certo é que nunca mais tive notícias dele, nem do seu tio José da Paz desde essa altura…
E já lá vão 55 anos.
Há dois ou três anos, encontrando aqui em Setúbal um antigo aluno meu que esteve muito tempo radicado em Macau, ouvi-o mencionar o nome de um médico que ali tinha conhecido.
Esse médico tinha o “estranho” nome de José da Paz… um nome muito pouco comum.
E logo me lembrei do nome do seu tio… Como o mundo continua a ser muito pequeno, a conversa continuou e veio a terminar com a certeza, da minha parte, que eu e esse meu antigo aluno estávamos falando da mesma pessoa.
Creio que foi esse antigo aluno que me deu a notícia de ter já falecido esse médico que ele tinha conhecido em Macau…
Foi o seu primo José, a quem me dirigi por e-mail, que me confirmou uns dias mais tarde que, na verdade, se tratava de seu pai.
Nessa mesma “comunicação” ele fez o favor de me convidar para assistir ao lançamento do livro onde narra a história vivida pelo Zé da Paz, em Moçambique… o Anjo Branco.
A ideia de poder rever, nessa altura, o Mário Brandão levou-me a não faltar ao encontro marcado na Sociedade de Geografia de Lisboa. Não tive sorte… O seu Pai não pode estar presente.
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Gostaria de poder contactar com ele e recordar esses tempos antigos de tão boa memória…
Gostaria de saber como ele é agora, ao fim destes anos todos… A imagem com que fiquei dele é a de um jovem de vinte e poucos anos. Neste momento, creio que bem poderíamos passar um pelo outro sem que nos conhecêssemos… Mas o Mário Brandão que ficou na minha mente é o Mário Brandão de Penafiel que tinha vinte anos e esbanjava a boa disposição que “fabricava” constantemente. Algumas das suas “ideias” mirabolantes resultavam em boas gargalhadas e ainda hoje as lembramos quando calha recordar, com meu irmão Olímpio, esses bons velhos tempos no lar da JUC, da Cedofeita.
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Fico à espera de um contacto com ele e fico-lhe muito grato, a si, pela ideia de me ter enviado esta mensagem recordando um bom Amigo que tive no Porto
Com a maior consideração
jjmatos
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Ia decorrido metade do mês de Fevereiro recebi um novo contacto que, desta vez me desesperou...
"Procedo ao envio de uma notícia que saiu nos Jornais locais, relativa ao falecimento do meu pai."
 
O Mário Brandão da JUC
numa foto de há poucos anos
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 Esta foto ilustrava a notícia da sua morte num jornal de Penafiel.

"Faleceu em Penafiel no passado dia 3 de Fevereiro de 2012, com 74 anos de idade, o Tenente-coronel Mário Alfredo Brandão Rodrigues dos Santos.
Uma das maiores dores, é a separação de pessoas de valor que naturalmente admiramos, e é humano sofrer com essa morte física quando nos tiram alguém com dedicação à vida por uma causa justa..."
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Conformado com a notícia entrei em contacto com a filha do Mário Brandão enviando-lhe uma pequena mensagem onde lhe expressava o meu sentimento:
"Fiquei pesaroso quando soube que o encontro com o seu Pai já não pode ser "cá em baixo"... Dei comigo a chorar quando li a notícia que me enviou... Mais uma figura boa que se cruzou com a minha juventude partia, sem me dar hipótese alguma de voltar a vê-lo, de dar-lhe um abraço, de recordar com ele dois belos anos que passámos naquele casarão da rua da Cedofeita." 
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Duas fotografias que aqui reproduzi em 17 de Dezembro de 2010, ao recordar as instalações do Lar da JUC, estiveram na raíz desta aproximação. Creio que já depois da morte do Pai, a DrªMaria Adelaide foi dar com uma fotografia antiga em que este estava acompanhado por dois colegas e amigos que com ele se davam mais de perto: eram os seus companheiros de quarto, Olímpio e João José Matos.
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O Olímpio, o Mário e o jjosé 
na nesga de telhado que servia de "parapeito"
à janela do quarto que ocupavam, no último piso
do velho edifício da rua da Cedofeita

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Um recanto de estudo com as secretárias.
A "papelada" colada na parede era obra do Mário Brandão... desenhos orientados das mais diversas maneiras e, até, de cabeça para baixo! Também havia desenhos daqueles, colados no teto!!...
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Na parede oposta a esta, naquela onde as cabeceiras das camas se encostavam, havia uma imensidade de "campas" de mosquitos... Com frequência tínhamos a companhia destes "dípteros" inqualificáveis que não se limitavam a "chuparem-nos" o sangue, mas faziam também aquele zumbido "infernal" que não nos deixava entrar no sono.
Era então que o Mário Brandão começava a "refilar". Acendia a luz, pedia ajuda aos parceiros que também não dormiam com "aquela música"  e eis-nos todos, de travesseiro na mão (ou qualquer "arma" mais apropriada. como um qualquer sapato que estivesse ali à mão ou mesmo as sebentas, que até podiam ser de Álgebra ou de Zoologia Sistemática...).
A caçada só terminava quando não se ouvisse o mais pequeno zumbido! E a parede por cima das nossas cabeças... ficava cheia de "cadáveres" ensanguentados!
Uma parede branca manchada com o sangue "fresco" que aqueles "pequenos Vampiros" nos tinham sugado momentos antes.
Depois, o Mário ia buscar a caneta e fazia um círculo à volta de cada mosquito "abatido"... Junto ao círculo desenhava uma cruz e por baixo da cruz escrevia quase sempre uma efeméride... Mosquito abatido no dia tal às tantas horas! Havia ordem para que as irmãs que tratavam da arrumação do Lar não limpassem aquele campo de batalha e, ao fim de alguns tempos, eram às dezenas as "campas" que preenchiam a parede junto à qual ali dormíamos...
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Não havia "cão nem gato" que visitasse o lar da JUC que não fosse levado ao nosso quarto para se rir com as anedotas espalhadas pelas paredes e pelo teto e para ver o "vasto cemitério" dos mosquitos.

Dezembro de 1965 - Em Macau

Em 1958, o Mario Brandão já tinha a mesma figura e
é assim que recordo o Amigo, que nos deixou há um ano.
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Está descansado, Mário Brandão, que eu não vou dar com a lingua nos dentes sobre as caçadas aos ratos pequeninos que visitavam o nosso quarto, deslocando-se ao longo dos roda-pés, nem das latas vazias de Ovomaltine onde os fazias cair sem esperança de retorno... E muito menos vou referir o que lhes sucedia após o "julgamento".
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Tenho pena de não ter fixado em fotografia alguns destes episódios que a memória me recorda! Ainda não havia máquinas digitais e a minha Kodak utilizava rolos só com oito fotografias. E eram caros...
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Vai comprido este texto e há ainda muitas coisas para recordar. Vou terminar aqui, mas com a promessa de voltar ao mesmo tema dentro de algum tempo... Não vou esquecer!