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31 julho 2021

In “Público
31.07.2021
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Deve-se consideração aos vivos; aos mortos apenas se deve a verdade.
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Voltaire
1694-1778
escritor e filósofo francês.

28 julho 2021

A pintura de Graça Lagrifa...

Foi Graça Lagrifa quem escreveu:
"@emtiaazhussain, foto referência Paquistão, país de origem da garotinha que hoje me serviu de modelo. É de Chanda Valley/ Baltistão."
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A "garotinha" de Chanda Valley 

26 julho 2021

Hoje, na 1ªpágina dos jornais...

 ...é só Otelo.
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Toda a imprensa 
parece ter medo de falar 
de um homem que 
fez muito mal ao país.
Falam muito sobre o seu passado positivo 
mas 
omitem quase tudo o que de mal ele fez aos cidadãos portugueses.
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Nem lhe reproduzo aqui
qualquer tipo de fotografia
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Mas acho que devo assinalar o óbito deste "indivíduo" com o pequeno extracto da entrevista que o "Jornal i" publica hoje feita a Manuel Castelo-Branco, filho de uma das vítimas deste "libertador"... de Portugal 
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Assinado por Henrique Pinto Mesquita, 
o texto tem por título "
Otelo e as FP25.
E logo a seguir em sub-título: 
"Era um homem profundamente mau"
(...)
Em dada altura, é feita uma pergunta ao entrevistado Manuel Castelo-Branco:
- "Escreveu no Facebook que durante muitos anos não sabia como reagir a este dia. O que sente?"
- É um dia de memórias, e um dia em que me lembro de todo o sofrimento que senti ao longo da minha vida. Desde o dia em que o meu pai morreu, desde o dia em que desci à rua e vi o meu pai numa poça de sangue, reconhecendo-o pelo padrão do casaco. Desde o dia em que vi a memória do meu pai ser absolutamente violada, porque para o terrorismo a vítima era responsável pela sua própria morte e havia que condena-la. No caso do meu pai, eram as condições das prisões, no caso de outros empresários eram os salários em atraso.. A vítima era sempre responsável  pela sua própria morte, e não aqueles que o tinham executado. Depois assistimos à Amnistia, que foi uma total  injustiça com as vítimas. Depois a própria indemnização. Foi surreal o que se pagou ás vítimas: 43 vezes menos para cada família de vítima do que aquilo que o Governo pagou ao ucraniano morto no SEF. Esta é a realidade. Não nos esqueçamos que o próprio Otelo enriqueceu com o dinheiro dos assaltos. Fez uma empresa com o seu advogado Romeu Francês e com Mota LIz - chamada Roteliz - algo que, aliás, está bem descrito nas suas biografias, tudo isto é patético e surreal. Hoje, de facto, não é um dia particularmente feliz para mim. É um dia de memórias, de dor, de sofrimento em que me lembro do meu pai, do bebé Nuno Dionísio, lembro-me do Alexandre Souto, assassinado de braço dado com a filha, do Henrique Agostinho, assassinado no Cacém, Há uma série de vítimas que me vêm à memória. É um dia particularmente duro para mim. Não é um dia que abra uma garrafa de champanhe a comemorar a morte de alguém. Aliás a morte de uma pessoa não me trás felicidade. Para mim é um capítulo que se encerra, apenas isso. Mas não me venham dizer que o Otelo não pertenceu às FP25, ou que, como eu hoje ouvi, que as FP25 foram "uma aventura". Não foram uma aventura, foram um grupo terrorista particularmente mortífero em Portugal. "
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Esta é a verdade que "muitos têm pretendido esconder"...

25 julho 2021

Os pilares da sociedade...

Num artigo assinado hoje,
pelo prof. Catedrático
António Galopim de Carvalho.
no jornal "Público".
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António Galopim de Carvalho
numa deslocação ao Liceu de Setúbal onde conversou com os alunos. 
Aqui acompanhado por sua uma antiga aluna
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Os pilares da sociedade... são os Professores!...
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"Devo começar por afirmar que não estou aqui para agradar ou desagradar a quem quer que seja. Estou apenas a revelar a análise que faço de um problema nacional que sempre me preocupou. Em tempo de férias e a meio de uma pandemia e de uma pré-campanha eleitoral sem qualidade no conteúdo e na forma, desejo saudar os professores (sem esquecer os educadores) das nossas escolas e reafirmar que os considero entre os mais importantes pilares da sociedade e, uma vez mais, dizer a governantes e governados que é necessário e urgente restituir-lhes a atenção, o respeito e a dignidade que a liberdade e a democracia lhes retiraram.

É verdade que dispomos de um parque escolar como nunca houve, é verdade que temos escolas em número suficiente para acolher a totalidade da população em idade escolar é verdade que foi institucionalizado o ensino obrigatório e gratuito até ao 12ºano e é verdade que se democratizou o ensino, mas só na letra da lei. Basta comparar as posições relativas das escolas públicas e privadas nos agora chamados "rankings" (uma maneira desnecessária de dizer classificações).

Ao longo destes anos , verifiquei que:
- A preparação científica e pedagógica dos professores não tem sido devidamente testada, através de processos de avaliação a sério, criteriosamente regulados, por avaliadores devidamente credenciados;

- Como no antigamente, a par de bons, muito bons e excelentes professores, muitos deles desmotivados, outros, francamente maus, instalados na confortável situação de emprego garantido até à reforma;

- Os sindicatos, nivelando, por igual e por baixo, os bons e os maus professores, tem grande responsabilidade numa parte importante da degradação do nosso ensino público;

- Os livros e outros manuais de ensino repetem-se acriticamente, com discursos estereotipados, em obediência, a programas mal pensados, levando ou, melhor, obrigando os professores, não a ensinar e formar homens e mulheres conscientes do mundo e da sociedade onde vivem, mas a "amestrar" alunos a acertar nos questionários de exames, por vezes autênticas charadas;

-As sucessivas tutelas parecem estar mais interessadas nas estatísticas do que na qualidade do ensino;

- Os programas oficiais amarram os professores, não lhes dando tempo para, como alguém disse, "divagações desnecessárias"

- Os professores estão sobrecarregados com tarefas administrativas e outras de que deveriam estar rigorosamente libertos;

-Os professores estão mal pagos e muitos deles vivem longe das famílias ou perdem horas nos caminhos diários de ida e volta a casa e a contarem os tostões.

- Em finais de 2015, na cerimónia da entrega do Prémio Manuel António da Mota, no palácio da Bolsa, no Porto, o primeiro-ministro disse: " De uma vez por todas, o país tem de compreender que o maior deficit que temos não é o das finanças. O maior deficit que temos é o deficit que acumulámos de ignorância, de desconhecimento, de ausência de educação, de ausência de formação e de ausência de preparação". Palavras sábias, mas que não passaram disso.. A verdade é que continuamos na mesma, cada vez com mais futebol e, agora, entretidos a tempo inteiro, dos pais aos filhos crianças, a dedilharem nos telemóveis.
Quem não vir esta realidade ou é "cego" ou "tapa os olhos".
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É, pois, urgente olhar para esta realidade e haver vontade política (despida de constrangimento partidários) para promover uma profunda avaliação e consequente reformulação de uma "máquina ministerial" poderosa e nebulosa, de há muito instalada."
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in. "Público"
24 de Julho de2021
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NB: foi no ano de 2016, em 3 de Junho, que Galopim de Carvalho "palestrou" para os alunos da nossa Escola. Terminada a sessão,  até deu para uma "sardinhada" na Fonte Nova.
Fui colega e sou Amigo do Prof. Galopim de Carvalho, desde a década de 50, nos tempos em que ambos frequentámos a "velha" Faculdade de Ciências, ainda na Politécnica. Creio que ele já nessa altura, finalista do seu Curso, era também já assistente, ou do Prof. Carlos Teixeira ou do Prof. Torre da Assunção. Um alentejano de gema que, como quase ninguém se recorda, era irmão do célebre cantor que foi Francisco José.

Fernando Medina entra aqui...

...num "apontamento" da historiadora
M. Fátima Bonifácio
aa sua crónica de 24 de Julho,
no "Público".
M. Fátima Bonifácio
.
(...)
Fernando Medina entra aqui. Medina parece um medroso, algo visível até na sua linguagem corporal, mas afoito quando se trata dos seus interesses. Deu-se a conhecer logo no início do seu primeiro mandato, quando "decretou" que o miradouro de S.Pedro de Alcântara corria risco iminente de ruir. Com esta justificação, em si mesma legal, adjudicou à Teixeira Duarte as obras urgentes sem concurso público. Mas esqueceu-se de bloquear a burocracia camarária, que, como é de regra solicitou ao Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) uma inspecção ao estado do miradouro. Grande bronca: O LNEC fez o seu trabalho e elaborou um relatório em que concluía não haver nenhuma situação de emergência: São Pedro de Alcântara estava, por enquanto, de boa saúde. Logo, o ajuste directo não tinha fundamento legal. 
Soube-se depois de uma "trapalhada" daquelas em que a política portuguesa é fértil: alguém relacionado com a Teixeira Duarte vendeu a Medina um apartamento com 200.000 euros de desconto. Afinal, a urgência era esta.

Este episódio define um carácter, o carácter de Fernando Medina. Ainda "compreendo" quando alguém se vende por muitos e muitos milhões; mas por 200.000 euros?! Depois disto, podemos confiar nas prioridades de Medina para Lisboa? São verdadeiras prioridades ou meras conveniências pessoais? Ninguém sabe.

Mas, a favor do que em minha opinião é uma falha de carácter de Medina, sabe-se outra coisa, de uma natureza diferente mas não menos grave, pelo contrário. Para quem não andasse completamente a dormir na forma, há anos que a figura de Luis Filipe Vieira suscitava suspeitas quanto à sua limpeza de mãos. Aquando da renovação do seu mandato à frente do Benfica, há cerca de um ano, Fernando Medina -- para não falar no primeiro-ministro -- integrou garbosamente a comissão de honra da candidatura de Vieira.. Depois, aconteceu o que toda a gente sabe: o escândalo financeiro protagonizado pelo outrora excelso Luís Filipe Vieira. A comunicação social interpelou Medina: como pudera ele abrilhantar de honra de Vieira, um indivíduo suspeito aos olhos de meio mundo? A resposta não podia ter sido mais infeliz, mais fosca, mais timorata: de nada sabia a respeito do presidente do Benfica até ao escândalo acabado de desenterrar, e, é claro, se tivesse sabido jamais teria integrado a comissão de honra dele. Em suma: foi muito pior a emenda do que o soneto. Note-se que, como delfim ou pretendente a delfim de António Costa, Medina nem hesitou em se safar pelo seu lado, deixando o primeiro-ministro a descoberto.
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in. "Público"
24.07.2021

Ao contrário do que acontecia...

... na Floresta de Sherwood,
o Robin dos Bosques cá do Sítio, 
rouba aos pobres para dar aos Ricos!!!...
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O verdadeiro Robin Hood 
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É uma notícia que corre na net que, para tal, me chama a atenção.
"Fisco fica com 26 mil euros do forcado paraplégico.
Ajuda a Nuno Carvalho pagou 13% de IVA e 10% de Selo"

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e a notícia era acompanhada pelo comentário do Leitor:
"Até a uma ajuda anónima de milhares de pessoas solidárias com Nuno, eles vão "pescar" mais dinheiro!! Vergonha!"
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Mas aqui não se trata propriamente de uma "pesca"... Trata-se, isso sim, de um roubo feito pelos actuais Robins, mas à imagem e semelhança dos mais "valentes" gangsters... cuja imagem, aos poucos, se foi transformando na minha mente... Hoje vejo-os assim, os "nossos" Al Caponezinhos que nem das polícias têm medo.
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Um Robin Hood dos nossos tempos
O chapéu também é verde... já só lhe falta a peninha...
Ah!... o arco das setas também já é diferente. Modernices...

Os Robins actuais são levemente diferentes... disfarçam um pouco mais o seu aspecto mas já não conseguem esconder aquilo que são. Uns ladrões!...
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NB - Muita é a sorte do Nuno Carvalho, por ter Amigos capazes de o ajudarem a "dar a volta por cima". Que bem carente está...
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Quantos milhares de Nunos escondem os seus dramas e a complicação das suas vidas, por aí, em qualquer sítio atrás desta crise que eles próprios, os actuais Robins, já não são capazes de resolver?!...
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NB - Publiquei este post há já muitos anos... Parece que foi ontem! Quase nada mudou...

24 julho 2021

Curiosidades...

Há muito tempo que não consultava esta estatística.

Nos últimos 30 dias, este blogue foi visto por muita gente...
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Estados Unidos - 39100
Suécia - 7640
Portugal - 3240
India - 545
França - 317
Indonésia - 224
Brasil - 178
Alemanha - 130
Japão - 82
Outros - 198
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Nada mau...

23 julho 2021

Comentários...

 ... que Antigos Alunos do Liceu de Setúbal
escreveram após leitura de um post que publiquei
em 18 de Novembro de 2010, após um 
Almoço de Confraternização
realizado no restaurante "Zé do Nabo"
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José António Cabrita disse...
"Que maravilha, Professor Matos. Muito obrigado. Mesmo que me tivesse baptizado de Joaquim!
Um abraço e até ao próximo, em 4 de Fevereiro de 2011.
" (peço desculpa pelo lapso cometido...)
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José António Cabrita (em 2010)
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José António Cabrita 
(in illo tempore)
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António Luis Claro Correia disse:
"Grande categoria de gente e de fotos :)
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António Luís Claro Correia (em 2010)
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António Luís Claro Correia
"naqueles tempos..."
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O Carlos Pais disse...
"Dr. Matos,
Embora já tenha comentado o jantar noutro apontamento, queria acrescentar que muito agradeço os comentários sobre a minha irmã. Fiquei muito satisfeito e só é pena já não estar entre nós uma outra pessoa que muito a admirava e de modo recíproco ela também. estou a referir-me ao Dr. Maurício, como deve calcular. Ele certamente também gostaria de ter estado presente nesta confraternização. De facto a minha irmã é especial, uma mulher com muita fibra e que luta pelos seus objectivos. Só assim se consegue chegar ao patamar que ela atingiu.
Muito obrigado.
Carlos Pais"
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O Carlos Pais é irmão de uma das melhores alunas que eu tive como Professor: a Teresa Pais, agora conhecida por Profª.Drª Teresa Diniz

O Carlos Pais, de pé...
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... e a irmã Teresa numa foto de Maio de 1994, com a Helena Horta
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...e a última fotografia que tenho da Prof.ª Dr.ª Teresa Diniz:
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A Teresa também comunicou comigo: 

"Caríssimo Amigo Dr Matos
Muito obrigada pelas fantásticas palavras a meu respeito. Fiquei muito sensibilizada. Mas a minha vida profissional ensinou-me que os bons professores fazem bons alunos, e nesse ano longínquo tivemos o privilégio de o ter como professor. Também gostaria de lembrar aqui o Dr. Maurício que nesta área também me marcou.
Acho que fui para Biologia por causa dos dois e felizmente até hoje que o bichinho do "prazer da descoberta" ainda se mantem. Gostei imenso de ver fotos que não conhecia, onde ainda tenho cabelos pretos.
Quando houver o próximo almoço/ encontro de memória tentarei participar.
Um grande abraço
Teresa Pais, mais conhecida pela Maria Teresa Dinis
"
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Há um comentário de uma outra aluna:
Ana Maria Martins disse...
"Também fui sua aluna e colega do Zeca e da Carolina. Gostei de os ver após algumas décadas. Obrigada, professor. Gostei de ver os meus colegas, Zeca e Carolina. Fomos da mesma turma nos 6º e 7º anos. Já não os vejo há tanto tempo. Obg pelas fotos."´
A última mensagem surge da Hélida Pais, do Barreiro, que não foi minha aluna mas sim do Dr. António Maurício.
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Em 1ºplano, à esquerda, a antiga aluna
Hélida Maria dos Santos Pais
(aqui com o José Eduardo Martins e com a Carolina Pena.
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"Sr. Dr. Matos
Muitos de nós que estiveram neste jantar não foram seus alunos mas, naquele tempo, todos tínhamos referências do Sr. Dr. Matos como um professor extremamente competente, sociável e justo. Foi muito agradável revê-lo a si, com excelente aspecto, e aos meus antigos colegas já que, de alguns, nos distanciavam mais de 40 anos. É obra. Deu direito a gargalhadas, a abraços fraternos, a muita alegria e emoção. A ideia de colocar as fotos dos "seus" meninos/as foi brilhante e só atesta a elevação de um professor que, após tantos anos, ainda conserva nos pertences e no coração as memórias destes miúdos que ajudou a crescer. Não posso igualmente deixar de lhe agradecer as palavras que dirigiu à minha cunhada Teresa, bem merecidas, pois essa aluna brilhante é, sem dúvida, uma grande mulher. Uma competência sem limites jamais afectada pela presunção e pela vaidade. Enquanto família, orgulhamo-nos muito dela. Ainda uma palavra de muita saudade para todos os grandes professores que, no Liceu Nacional de Setúbal, através dos tempos, nos formaram com valores e princípios que hoje, homens e mulheres, a maioria já com estatuto de avós, muito nos honram e enobrecem. Neste lote ficaram no meu coração nomes e figuras de qualidade superior como o meu querido amigo Dr. Maurício, a Dr.ª Joana Meira, a Dr.ª Clotilde Botelho, a Dr.ª Ausenda, a Dr.ª Maria José Condeço, o Dr. Monteiro, a Dr.ª Manuela David Gomes e tantos outros cujos nomes a memória já atraiçoou. Lá estaremos, se Deus quiser, no próximo dia 4 de Fevereiro para o abraçar de novo a si, tal como aos colegas agora presentes e a muitos outros que, seguramente, irão aparecer. Uma das grandes certezas que a vida me ensinou é que a amizade, cúmplice e fraterna que construímos com os colegas do liceu nunca ficou perdida no tempo e seguirá connosco até sempre.
Mais uma vez muito obrigada pela agradável romagem de saudade que nos tem permitido fazer através do seu Blog e que já correu meio mundo, onde estiver um aluno do LNS.
Hélida Maria Santos Pais.
.
Comentários e opiniões que nos sensibilizam a alma e nos deixam mais felizes... 

20 julho 2021

Fotografias com história...

Foi em 10 06 1994
numa 
Romagem de Saudade
do
Liceu de Castelo Branco
que sucedeu este encontro

José Tavares, João de Matos, Olímpio e Guida
Todos frequentaram o nosso 
Liceu de Nun'Álvares
nos finais da década de 40.

19 julho 2021

Escrito na pedra...

 In “Público”

18.07.2021
.
Quando se ouve má música, tem-se o direito de afogá-la em conversa.
.
Oscar Wilde
1854-1900
poeta e dramaturgo.

18 julho 2021

Tu foste mais feliz...

... num poema a que o autor
Alexandre O'Neill
deu o nome de 
Hah!
.
Alexandre O'Neill
.
Há a mulher que me ama e eu não amo.
Há as mulheres que me acamam e eu acamo.
Há a mulher que eu amo e não me ama nem acama.

Ah essa mulher!

Tu eras mais feliz, Apollinaire.
montado num obus, voavas à mulher.
Tu foste mais feliz, meu artilheiro.
tiveste amor e guerra.

Eu andei pra marinheiro,
mas pus óculos e fiquei em terra.

Upa garupa na mulher que me acama,
que a outra é contigo, coração que bem queres
sofrer pelas mulheres...
.
in:
De ombro na ombreira,1969

16 julho 2021

Humor antigo...

 ...com o traço de 
Oziouls
.
- Mas que dia mais azarento!... Quebrei o jarrão de porcelana, 
caíram-me as malhas das meias e agora...tu!...

13 julho 2021

Em 3 de Março de 1951...

 ... no Jardim dos Loureiros, no Parque de Castelo Branco.
Foi num sábado. 
Ainda havia aulas nos sábados de manhã... 
e de tarde, com as actividade da Mocidade Portuguesa.
.
.
Na 1ª fila, de joelhos, o Tó Zé Pires Antunes, a Maria Rosa Ribeiro Ramos (a "Rosita do Pombalinho"), a Maria Emília Lopes Esteves (a "inconquistável") e a Susana Vaz Oliveira (a "Susana da Lousa").
Na outra fila, de pé,  o Carlos Vieira dos Santos, o Raúl Antunes Capelo, o Augusto Gomes, o João Romão Esteves, o Joaquim Morgado Fernandes Carmona, a Maria Irene Silva Lopes, a Georgina Lourenço, a Maria Isabel Nunes de Sousa (a Belinha), a Maria Regina Bidarra Gomes, o Virgílio Lopes Vaz, o jjmatos, a Maria Joaquina Afonso Goulão, a Maria José Fazenda Coelho, e a Irene de Oliveira Rodrigues.
.
Alguns "já não andaram por cá..."
Outros, já não os vejo há muito tempo...
Passaram entretanto setenta anos... mas é sempre bom recordar estes Amigos de sempre, o que fazemos com uma enorme saudade dos tempos em que convivíamos diariamente naquele Liceu que tanto "nos ajudou a ser gente"...

12 julho 2021

Humor antigo...

...com o traço de 
Don Flowers.
.

- Calma, Fernando! Como é que tu achas 
que eu vou escrever isso no meu diário ?!

11 julho 2021

O Juramento árabe...

 ... um belo poema de
Gonçalves Crespo


Gonçalves Crespo
1846 - 1883
.

O Juramento árabe.

Baçus, mulher de Ali, pastora de camelas,
Viu de noite, ao fulgor das rútilas estrelas,
Vail, chefe minaz de bárbara pujança,
Matar-lhe um animal. Baçus jurou vingança,
Corre, célere voa, entra na tenda e conta
A um hóspede de Ali a grave e inulta afronta.

“Baçus, disse tranquilo o hóspede gentil.
Vingar-te-ei com meu braço, eu matarei Vail”.

Disse e cumpriu.
Foi esta a causa verdadeira
Da guerra pertinaz, horrível, carniceira
Que as tribos dividiu. Na luta fratricida,
Omar, filho de Anru, perdera o alento e a vida.

Anru, que lanças mil aos rudes prélios leva,
E que em sangue inimigo, irado, os ódios ceva.
Incansável procura – e é sempre em balde – o vil
Matador de seu filho, o tredo Mualhil
Uma noite, na tenda, a um moço prisioneiro,
Recém-colhido em campo, o indómito guerreiro
Falou, severo, assim:
“Escravo, atende e escuta:
Aponta-me a região, o monte, o plaino, a gruta,
Em que vive o traidor Mualhil, diz a verdade;
Dá-me que o alcance vivo, e é tua a liberdade!”

E o moço perguntou:
“É por Alá que o juras?”
“Juro” – o chefe tornou.
“Sou o homem que procuras!
Mualhil é o meu nome, eu fui que espedacei
A lança de teu filho e aos pés o subjuguei!”
E, intrépido, fitava o atónito inimigo.

Anru volveu: “És livre, Alá seja contigo!”
.
In “Nocturno

10 julho 2021

Recordações...

Em 25.04.1982
no dia dos seus 20 anos
.
             GI      

09 julho 2021

Um herói português...

Li esta manhã,
dia 9 de Julho
no "Jornal i",
num artigo assinado pelo jornalista
António Luís Marinho
.
Vice Almirante Henrique Gouveia e Melo
.
(...)
"Não posso afirmar com certeza absoluta, mas quase garanto que, entre a maioria dos países da União Europeia, por exemplo, o vice-almirante é um dos mais mediáticos coordenadores da campanha de vacinação.
E porquê?
Sem querer desvalorizar o seu trabalho e, sobretudo, a sua óbvia competência, o problema é que estamos cada vez menos habituados à competência no exercício do serviço público. E, associado a isto, a discrição.
Apesar de já ter dado algumas entrevistas, o que é natural, Gouveia e Melo não tem necessidade de se colocar em bicos dos pés, à espreita de qualquer cargo que venha a seguir.
E esta é uma vantagem real.
Não estando na cabeça do vice-almirante, parece-me natural que, uma vez terminada a sua missão, queira regressar a casa calmamente à sua vida anterior.
No entanto, já se erguem vozes que o projetam para a Presidência da República. Veremos o que acontece.
A verdade é que, para se ser herói, em Portugal, basta cumprir com competência e honestidade uma missão.
E não é pouco, infelizmente, nos conturbados dias que correm."
.
by António Luís Marinho
in "Jornal i"
.
NB:
Deixei apenas um pequeno excerto do texto que li... 
... e peço a quem o tenha lido também que não tente fazer comparações entre a capacidade, a competência e a honestidade deste Homem e qualquer dos membros do "maravilhoso" governo da treta que temos à frente dos nossos destinos... 

Fez há dias 70 anos...

 ...esta notícia que passou agora pelos meus olhos.
.
Foi no "Setubalense" do dia 25 de Junho de 1951.
.
Dizia assim:
"Baptizado
Na Paroquial Igreja da Anunciada, realizou-se ontem às 12 horas
o baptizado do pequenino 
António Aurélio Pestana da Silva
(foi madrinha a D. Fernanda do Carmo Carnot).
.
O "pequenino" é hoje assim:
.
O  "pequenino" António Aurélio (actual)
.
... mas também já foi assim, em 1961/62 quando entrou no Liceu:

O António Aurélio
Caloiro no 1ºAno Turma A
de 1961/62
.
NB - Oh! António Aurélio vais desculpar este meu "atrevimento"...
mas não resisti a esta passagem dos anos... tão rápida

08 julho 2021

Uma vida...

Férias Grandes em Oleiros
Agosto/1947
.
Futebol na Torna 
(no local onde hoje está instalado 
o Hotel de Santa Margarida)
c/ o Acácio, o Zeca e, cá em baixo, o Quim e eu.

07 julho 2021

São quadras, meu bem... são quadras!...

.
Cautela, ninguém se gabe
De ter tudo o que lhe apraz
Quem não tem nada é que sabe
a falta que tudo faz.

06 julho 2021

Os "Milionários da Figueirinha"...

 ... um Clube que já desapareceu há muitos anos.
.
Foto de Julho/1955.
Na 1ªfila: João Salgueiro, José Rica, Victor Dias, José Luís Nascimento, Rui Ramos Reynauld e Humberto Arôcha.
De pé: Abílio Albuquerque, Luis Sobrinho, Victor Hugo Delgado, Manuel Pereira, Jaime Faria e Rolão.

05 julho 2021

Fartinhos disto tudo...+

 na página 3 do
"Público"
de 4 de Julho
da autoria de
Carmen Garcia
.
Carmen Garcia
(que também é enfermeira...)
.
Apenas transcrevo três excertos do seu artigo, no suplemento P2, de ontem:
.
"Não devia ter mais de metro e meio a primeira utente que entrou para ser testada na manhã de quarta-feira e que, ao cumprimentar-me com um muito pouco singelo "estou fartinha desta merda toda", me arrancou do estado de sonolência típico da primeira hora da manhã. Olhei para ela com atenção à procura de uma pista sobre a sua idade, mas a cara miudinha quase totalmente coberta pela máscara cirúrgica não me permitiu chegar a grandes conclusões. E foi aí que olhei para a ficha de inscrição e vi que, na data de nascimento, constava um curioso 29-11-29, que me indicava que aquela senhora franzina e zangada, sentada na cadeira de testagem, tinha nascido na mesma terça-feira em que se iniciou a Grande Depressão, E se há coisa em que acredito é que a partir dos 90 anos se adquire uma espécie de imunidade diplomática que isenta as pessoas de filtrarem o que dizem para lá de um padrão mínimo".
(...) 
Reparem, não tenho nada contra Graça Freitas, mas acho inaceitável que comunique há tantos meses com os portugueses no mesmo tom que a minha mãe usa para ensinar o meu filho mais velho a atar os sapatos e que se assemelha muito a um "faz lá isto para seres um lindo menino crescido". E ninguém me tira da cabeça que é esta comunicação errante, paternalista e desestruturada que tem feito engrossar as fileiras do negacionismo e que tem alimentado a retórica de quem não consegue deixar de achar que o seu umbigo é o centro do mundo.
Sei zero sobre comunicação profissional, entenda-se. Mas há mais de 11 anos que faço diariamente educação para a saúde e posso assegurar que a maioria das pessoas entende bastante bem o que lhes explicamos  desde que tenhamos o cuidado de utilizar  uma linguagem adaptada. É evidente que não vou perder tempo a explicar a um utente analfabeto de 90 anos o que significam ARN mensageiro ou vector viral. Mas garanto que é possível explicar-lhe o funcionamento da vacina, o que pode esperar após completar o esquema vacinal e o que sabemos até agora sobre cada uma das vacinas e a sua eficácia contra as diferentes variantes do vírus.
(...)
Os últimos dias têm sido novamente mais trabalhosos e começa a ouvir-se um sussurro de que, a continuar assim,  muitos profissionais de saúde vão ter as férias em risco. Por aqui notamos um aumento  na testagem e no número de positivos  se, felizmente, ainda se sentir um aumento de carga  para o SNS. Mas era importante que a DGS falasse agora. Era importante que se investisse  a sério nessa comunicação e que, finalmente, se deixassem cair os paternalismos e o medo de assumir falhas.
Porque no fundo, tal como a senhora pequena e franzina que nasceu na sexta-feira negra, estamos todos , mas mesmo todos, muito "fartinhos desta merda"...
.
in. "Público"
04.07.2021

03 julho 2021

Nunca viram um cão...

 Num poema que 
João Augusto Mendes
(João Calceteiro)
publicou em 04.09.1989
.
João Calceteiro
.
Que raio de mania aquela, 
Já perto do lusco fusco,
A menina Gabriela
Passear preso na trela
O seu cãozinho, o Farrusco. 
.
É uma moça engraçada, 
Vinda há pouco de Lisboa.
Sempre, sempre bem trajada
Que apesar de ser criada 
É melhor do que a patroa.
.
Porém, numa tarde amena
Pôs-se o Farrusco a puxar.
Valha-nos Santa Açucena,
Lá foi a pobre pequena 
Toda de patas ao ar.
.
Após socorro pedir,
Coitada ninguém lhe liga...
Viu dois magalas a rir
Por terem visto cair
As cuecas à rapariga.
.
A pobre quase desmaia
E para maior castigo
Um ventinho lhe deu vaia
Fazendo subir-lhe a saia
Até juntinho ao umbigo.
.
Já os seus pés lhe obedecem
A fugir, dizendo então:
-- Eu bem sei o que merecem,
Palermas até parecem...
Que nunca viram um cão.
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João Calceteiro
in. "Asas de gaivota" . 1989

02 julho 2021

Parabéns!... 2 de Julho

A Madalena faz anos hoje.
Desejo um belo dia de aniversário para a minha neta… na companhia da sua "tropa pequena" e também da maior.
Beijinhos.
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Maria Madalena Matos de Oliveira Constantino