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31 maio 2017

Hoje há pintura...

Pablo Picasso
Pintor espanhol
1881 - 1973
.
Jaqueline no Estúdio - 1956
in. Museu Picasso - Paris

30 maio 2017

Morrendo em espuma...

... num poema a que
António Gedeão
deu o título de
Lírio roxo.
.
António Gedeão
.
Lírio Roxo

Viajei por toda a Terra
desde o norte até ao sul;
em toda a parte do mundo
vi mar verde e céu azul.

Em toda a parte vi flores
romperem do pó do chão,
universais, como as dores
do mundo
que em toda a parte se dão.

Vi sempre estrelas serenas
e as ondas morrendo em espuma,
Todo o Sol um Sol apenas,
e a Lua sempre só uma.

Diferente de quanto existe
só a dor que me reparte.
Enquanto em mim morro triste,
nasço alegre em toda a parte.
.
António Gedeão
in."Teatro do mundo"
1958

29 maio 2017

Humor antigo...

in. "Anedota Ilustrada" nº4
de Dezembro de 1960
.

- Não tenho que me queixar, irmão! Fui completamente feliz durante 29 anos...

28 maio 2017

Há 7 anos era um escândalo...

in "Observador"
21 05 2017
16h:10m
-
Helena Matos
(...)
A gestão do monopólio da indignação está em Portugal naquela faixa em que se aglutinam o velho jacobinismo ao marxismo praticante ou transmigrado para o universos das causas. Da importância política desse monopólio temos sinais todas as semanas. Por exemplo, voltemos mais uma vez à vinda do Papa Francisco a Portugal. Comecemos pelo momento em que o Papa foi recebido pelo Presidente da República. Este recebe-o com vénia e beija-mão. O silêncio que caiu sobre esse gesto contrasta com o sururu que acompanhou outro aquando da vinda a Portugal de Bento XVI: Maria Cavaco Silva fez uma vénia ao então papa. Convém recordar que Maria Cavaco Silva não era Presidente da República, não tinha qualquer cargo oficial mas era tão só casada com o então Presidente da República. Mesmo assim esse seu gesto logo gerou indignação e artigos a criticá-la e também ao seu marido. Agora foi o próprio chefe de Estado quem na base aérea de Monte Real, no momento em que recebia outro chefe de Estado, fez uma vénia acompanhada de simbólico beija-mão. Alguém viu?

O que aconteceu entre 2010 e 2017 para que aquilo que teria sido um escândalo há sete anos fosse agora ignorado? Apenas que os monopolistas da indignação além de acharem que também os papas devem ser submetidos ao seu exame prévio, não viam, em 2010, o então Presidente como um aliado e agora vêem o seu sucessor como um parceiro. Parceiro instrumental e a prazo, mas por agora parceiro.

Mas o momento mais revelador desta espécie de bitola que desliza sobre a realidade tornando-a execrável ou aceitável consoante assim o decidem os monopolistas da indignação teve lugar quando, segundo o Público, António Costatomou mesmo conta dos filhos de João Miguel Tavares”. Independentemente do paradoxo subjacente ao facto de as escolas católicas funcionarem no dia da vinda do Papa enquanto as públicas encerram, aquilo a que nesse dia se assistiu em São Bento foi um daqueles momentos em que se percebe a mais valia do monopólio da indignação. Em primeiro lugar jamais um primeiro-ministro que não estivesse coordenado com esse sector arriscaria dizer que tomava conta dos filhos de um colunista que se sentisse prejudicado pela tolerância de ponto dada às escolas públicas pois de imediato dezenas de comissões de pais ameaçariam levar os seus rebentos para São Bento. Também não faltariam os psicólogos, sociólogos e especialistas em segurança infantil a dizer que São Bento não reúne as condições de segurança indispensáveis à guarda de crianças sejam elas três, quatro, dez ou vinte. Desde as escadas à necessidade da sesta tudo seria visto ao detalhe. Em seguida, viria a denúncia do óbvio: o primeiro-ministro só estaria por breves momentos em São Bento pois tinha compromissos inadiáveis de agenda, no caso receber o Papa, logo alguém – quem? Com que formação? Faz parte das suas competências? O que disseram os respectivos sindicatos? – teria de ficar com as crianças. Por fim, concluir-se-ia, com notória clarividência, que o primeiro-ministro era um demagogo que depois de ter querido comprar o voto dos funcionários públicos com a tolerância de ponto nem hesitava em recorrer ao populismo mais óbvio para conseguir os seus objectivos. As redes sociais não tardariam a tornar viral o lema "Com os meus filhos não!" desenhado sobre a cara do dito chefe de executivo cuja cabeça já seria pedida em altos gritos pela oposição e em sussurro pelos seus pares.

A gestão da indignação ou da ausência dela fazem parte da propaganda. Boa parte do que para aí anda de causas e causinhas são propaganda no velho sentido termo. E tal como nos velhos tempos o reverso da indignação são a bajulação e a omissão. Aparentemente espumas do tempo. Na prática factos seleccionados que nos distraem do essencial. É esse o vídeo da nossa vida e tem cenas mesmo chocantes.
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in "Observador"
21.05.2017

27 maio 2017

Eles foram meus alunos...

Numa visita de estudo a Évora 
em 10 de Março de 1967
.
Maria Joaquina Bacalhau Preguiça e
Emília Santinhos de Sousa (Vaz Pereira)

26 maio 2017

Escrito na pedra...

In. “Público
11.05.2017
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A ciência sem a religião é coxa, religião sem a ciência é cega.
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Albert Einstein
1879-1955
Físico 

25 maio 2017

Ouço cantar alguém...

No poema "Negrura" que
Miguel Torga
escreveu em
13 de Outubro de 1938,
em Coimbra.


Miguel Torga
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Negrura
.
Neste dia sem luz que me anoitece,
Que me sepulta inteiro,
Até de mim a minha dor se esquece
Para que eu seja um morto verdadeiro.
.
Chove tristeza fria no telhado
Do castelo do Sonho; nua, nua
A calçada que subo, já cansado
De tanto andar perdido nesta rua.
.
Duma olaia caíu, morta, amarela,
Qualquer coisa que foi princípio e fim;
E bem olhada, bem pensada, é ela
Aquela folha que lutou por mim...
.
Sozinho e morto ouço cantar alguém,
Mas é longe de mais a melodia...
E o ouvido que vai nunca mais vem
Trazer-me a luz que falta no meu dia. 

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Miguel Torga
in.Diário - 1ºvol

24 maio 2017

Parabéns!... 24 Maio

A Gabriela faz anos hoje!...
Muitos parabéns e um dia cheio de boas prendas.
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DrªMaria Gabriela Costa

Não passa de uma ficção...

Diário de
Vasco Pulido Valente
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Eles e Nós
Festival Eurovisão da Canção - 2

Vasco Pulido Valente

Só sexta-feira à noite percebi o que se estava a passar. O Presidente Marcelo, o primeiro-ministro, o presidente da Assembleia da República e a própria Assembleia enlouqueceram com Salvador Sobral. Não há a menor dúvida. E, para quem ainda duvide, basta ligar a televisão. Não me lembro de ver um espectáculo remotamente parecido (a Câmara dos Comuns, por exemplo, a aplaudir de pé Gardiner, Simon Rattle ou os Beatles). O populismo da classe dirigente portuguesa, toda ela, nunca desceu tão baixo. A pressa em roçar-se pela fama de um pobre cantor indefeso e desarmado mostra bem quem é esta gentinha da política, que Portugal inteiro despreza. Por um voto e um pouco de presuntiva simpatia, roubada ao próximo, vende unanimemente a sua dignidade e a dignidade das suas funções. O carácter, para ela, não passa de uma ficção. Agora sabemos quem nos governa.
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in "Observador"
21.05.2017

23 maio 2017

Morreu o actor Roger Moore...

Sir Roger George Moore nasceu em Londres, em 1927 e morreu hoje na Suissa. 
Tinha 89 anos.
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Roger Moore
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Roger Moore iniciou a sua carreira de actor em 1945. Encarnou o papel de "O Santo" numa série televisiva e substituiu Sean Connery no papel de James Bond, por sete vezes, no cinema.
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Deixou o seu nome ligado a muitos filmes, como "César e Cleópatra" (1945), "A última vez que vi Paris" (1954), "Melodia interrompida" (1955), "A maldição da pantera cor de rosa" (1983), "O rapto das sabinas" (1961) e "Fabricante de ilusões" (1968).
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Era, desde 1991, embaixador da UNICEF, tendo sido também condecorado, em 1999, como Cavaleiro do Império Britânico
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Mais uma figura da juventude que desaparece.
RIP

São quadras, meu bem... são quadras!...

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Dizes – e eu creio – que Deus fez
As almas pares, aos casais.
Há, porém, casais de três
E, às vezes, até de mais.
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Antologia de poetas + ou – da Corda
Quadras à solta
(in. “O Mundo Ri” nº97
em Março de 1960)

22 maio 2017

Portugal está na moda...

Diário de
Vasco Pulido Valente
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Eles e Nós
Festival Eurovisão da Canção
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Vasco Pulido Valente
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… hopes expire of a low dishonest decade… (W. H. Auden)

Quando, no sábado passado, Salvador Sobral ganhou o Festival da Eurovisão, toda a gente começou a dizer que “nós tínhamos ganho”, que “nós éramos os melhores” e mesmo “os melhores dos melhores”. Nem o Presidente da República, nem o primeiro-ministro escaparam a esta absurda identificação. Pior ainda: indivíduos sem a mais leve autoridade na matéria não se coibiram de explicar publicamente a natureza e qualidades da música de Luísa Sobral que acharam “simples” (não é), “diferente” (de quê?) e com tanto “sentimento” que ia “directa ao coração” (um comentário idiota e nulo). Ora, como se sabe, “nós” como entidade colectiva não contribuímos coisíssima nenhuma para o sucesso de Salvador Sobral e da irmã, e nada nos permite usar esse sucesso como pretexto para uma nova sessão de gabarolice nacionalista, que só a consciência da nossa mediocridade e da nossa miséria justifica e provoca.

Os portugueses precisam de sinais de uma importância e de uma grandeza que a realidade lhes nega. E porque sofrem dia a dia com a realidade qualquer pequena distinção lhes serve para se evadirem dela: a selecção de futebol ganha o campeonato da Europa (nós somos formidáveis); Guterres, que falhou tristemente aqui, é eleito Secretário-Geral da ONU (nós somos superiores); Salvador e Luísa Sobral ficam em primeiro lugar no Festival da Canção (nós somos logicamente incomparáveis). Isto mata. Não quero dizer que não se deva retirar um certo orgulho e um certo consolo de proezas como a de Kiev. O que digo é que o patriotismo português não se manifesta senão por transferência para um ocasional herói ou grupo de heróis. Não se manifesta porque não pode pela satisfação com o sistema de justiça, ou com a estabilidade das finanças do Estado, ou com o crescimento da economia, ou com o exemplar ordenamento das cidades. Sem diminuir o mérito dos nossos heróis, que é deles e não nosso, era bom começar por pedir que nos déssemos a nós próprios o que nos falta e o que merecemos. A expressão Portugal está na moda, que o cavaquismo inventou, é um símbolo do nosso fracasso; a glória reflectida nunc
a ajudou ninguém.
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in "Observador"
21.05.2017

21 maio 2017

Humor antigo...

n. "CanCan" nº6
05 de Julho de 1959
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- Vamos, menina, diga-me um número... O seu número do telefone, por exemplo...

20 maio 2017

Escrito no vento...

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"É fácil trocar as palavras, 
Difícil é interpretar os silêncios!
É fácil caminhar lado a lado, 
Difícil é saber como se encontrar!
É fácil beijar o rosto, 
Difícil é chegar ao coração!..."
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Fernando Pessoa

19 maio 2017

Eles foram professores do Liceu...

Armando Gomes
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Surge pela primeira vez na História do Liceu, no ano lectivo de 1921/22, como professor contratado de Canto Coral.
Tomou posse no dia 8 de Janeiro de 1922

Em 2 de Novembro de 1928, Armando Gomes é nomeado Regente Efectivo.
Nos registos consultados, o seu nome figura ainda no ano lectivo de 1952/53, porquanto foi ele quem tomou posse, por procuração passada em seu nome, pelo novo professor  de Latim e Português,  Firmino de Deus Crespo, na data  de 9 de Abril de 1953.
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Anos mais tarde, em 4 de Janeiro de 1944, ocupa interinamente o cargo de Secretário do Liceu, segundo o auto então lavrado, e volta a surgir uma nomeação idêntica a partir de 10 de Setembro de 1951, o que nos leva a pensar que ele teria ocupado aquele cargo nos anos intermédios.

18 maio 2017

Porta da traição...

é o título de um poema que
António Gedeão
escreveu em 1958.
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António Gedeão
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Porta da traição
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Quero encontrar-me com vocês
no desregrado convívio,
na balbúrduia dos cafés.

No altos bancos dos bares,
nos transportes colectivos,
nos recintos populares.

Nos corredores dos cinemas,
nos inóspitos lugares
onde se mascam problemas.

Juventude, juventude!
Fogo de santelmo vivo
num mastaréu de virtude.

Braços meus, cálices brancos,
aguardam corolas rubras
no declive dos barrancos.

Vinde, vinde, ó flor mimosa, 
ó cavaleiro Galaaz
que em dentes cerrados traz
a promessa de uma rosa.
Vinde, ó fugaz claridade,
antes que a vida vos tome
e transforme a vossa fome
em "coisas da mocidade".
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António Gedeão
in."Teatro do mundo"
1958

17 maio 2017

Escrito na pedra...

In. “Público
06.05.2015
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A experiência ensina que são pouquíssimos os que são capazes de fixar o sentido das palavras que usam.
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Jaime Balmes
1810-1848
Filósofo e teólogo espanhol

16 maio 2017

Hoje há pintura...

Francisco de Goya e Lucientes
Pintor espanhol
do romantismo
1745 - 1828
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Auto retrato (1815)
no Museu do Prado

15 maio 2017

São quadras, meu bem... são quadras!...

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Conhecem-se os frutos sãos
apalpando-os. Mas cuidado!
As brincadeiras de mãos
dão sempre maus resultados.
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"Antologia de poetas + ou – da Corda"
Quadras à solta
(in. “O Mundo Ri” nº97 – em Março de 1960

14 maio 2017

Humor antigo...

in. "CanCan" nº6
08 de Agosto de 1959
(com o traço de Dan Flowers)

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- Admito-a como secretária. O seu horário é a partir da meia-noite...

Humor antigo...

n. "Anedota Ilustrada" nº4
de Dezembro de 1960

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- Como todos sabemos, o vosso falecido tio era uma pessoa muito viajada e, assim, não se admirem...

13 maio 2017

Setubalense - 1970 - Agosto

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01 Agosto
Licenciatura
Na Universidade de Coimbra, concluiu com alta classificação o Curso de Direito, a Sr.ª Dr.ª D. Maria Margarida Cardoso Santos Vitor.
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01 Agosto
União e Futebol Comercio e Indústria
Novos Corpos Gerentes:
Assembleia-Geral:
Presidente – Rafael Emídio Croner Torres
Vice-Presidente – Raul Gamito gomes
Secretário – Domingos Tavares Roque
Secretário – José Guerreiro Costa
Direcção:
Presidente – Lourenço da Conceição
Vice-Presidente – Carlos Alberto F.Silva
Tesoureiro – Manuel Vicente Alberto Costa
Secretário – Dr. Gustavo Lima
Secretário – Manuel Felix
Conselho Fiscal:
Presidente – José Eduardo Martins
Secretário – Artur Rocha Santana
Relator – Angelo Marreiros Raimundo
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03 Agosto
Câmara Municipal
O Município recorrerá à expropriação judicial para conseguir a ligação da rua Gen. Daniel de Sousa com a Avenida Luisa Todi.
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03 Agosto
Inspector Barreto Mendes
Acaba de ser desligado do serviço, para efeitos de aposentação, depois de 50 anos de permanência nos quadros do ensino Primário.
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08 Agosto
Magistratura do Ultramar
O Sr. Dr. Custódio de Almeida Simões foi empossado no cargo de delegado de Procurador da República, na comarca do Barlavento, da Província de Cabo Verde.
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08 Agosto
Atletismo
Fernando Marques, do Vitória, bateu o record ibérico de salto à vara.
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12 Agosto
Por decisão do Conselho de Ministros foi abolido o imposto “ad valorem”, no porto de Setúbal.
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12 Agosto
A sessão nos Paços do Concelho
“Tenho a certeza de que o povo de Setúbal saberá agradecer ao Governo esta importante decisão”, afirmou o Presidente da Câmara, Dr. Constantino de Goes,
O imponente edifício municipal voltou a iluminar-se como nos grandes dias e as portas franquearam-se às pessoas que ali acorreram para saber o significado de todo aquele movimento inesperado, pois já passava das 22 hora quando começou a sessão que logo a seguir teve lugar no Salão Nobre dos Paços do Concelho.
A ela presidiu o Sr. Governador Civil, Dr. José Maria Cardoso Ferreira que teve a ladeá-lo o Presidente da Câmara Municipal, Dr. Manuel José Constantino de Goes, o presidente da Comissão Distrital da A.N.P., Dr. Elmano Alves, o Director do Porto de Setúbal, Eng. Humberto Ferreira da Cunha e o Vice Presidente do Município, Dr.João de Matos
Usaram da palavra o Dr. José Cardoso Ferreira e o Dr. Manuel José Constantino de Goes.
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19 Agosto
Uma grande cidade com falta de água.
A Câmara Municipal de Setúbal e os Serviços Municipalizados de Setúbal publicam um “Esclarecimento” dando conta da “brusca paragem da Central Elevatória de Algeruz, ocorrida no dia 17 do corrente mês.
São comunicados à população os muitos locais de abastecimento de água à cidade.
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19 Agosto
Exposição
Eduardo Gageiro expõe no Círculo Cultural de Setúbal.
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19 Agosto
Vitória FC
A experiência da iluminação no Estádio do Bonfim, com a presença dos órgãos de informação, constituiu assinalável êxito.
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22 Agosto
A falta de água
Só a competência e boa vontade dos que trabalham na firma Coelho & Lopes, Ldª, tornou possível resolver o grave problema num curto espaço de tempo.
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22 Agosto
Acabam de ser nomeados despachantes para o Quadro Aduaneiro de Setúbal, os setubalenses Srs. Luis Filipe Gomes e Jorge Raposo.
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24 Agosto
Estádio do Bonfim
Houve luz, alegria e futebol no magnífico estádio do Bonfim, na noite do passado sábado (22 de Agosto)
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26 Agosto
Câmara Municipal de Setúbal
“Abastecimento de água à cidade.”
Normalizado o abastecimento, o Município esclarece a população sobre o que se passou.
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29 Agosto
Óbito
Faleceu ontem, o Sr. Carlos Homem de Figueiredo, de 78 anos, natural de Gouveia. Era antigo comerciante e residia há longos anos nesta cidade.
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31 Agosto
Falecimento
Capitão Aguiar Basto
Faleceu ontem na nossa cidade, o Sr. Capitão de Mar e Guerra, José Manuel de Castro e Sousa Aguiar Basto, de 66 anos, natural de Santa Maria da Feira (Beja)
Foi Capitão do Porto de Setúbal.

12 maio 2017

São dois braços abertos...

Num poema que 
Miguel Torga 
escreveu em 
em 4 de Abril de 1936
em Vila Nova
.

Miguel Torga
.
Imagem
.
Este é o poema de uma macieira.
Quem quiser lê-lo,
Quem quiser vê-lo,
Venha olhá-lo daqui a tarde inteira.
.
Floriu assim pela primeira vez.
Deu-lhe um sol de noivado,
E toda a virgindade se desfez
Num lirismo fecundado.
.
São dois braços abertos de brancura;
Mas em redor
Não há coisa mais pura,
Nem promessa maior.
.
Miguel Torga
in."Diário I"

11 maio 2017

Sim, são os mesmos...

São os mesmos, são.
Em 2016, o governo perdoou quase 170 milhões em impostos às grandes empresas.
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Luis Campos Ferreira
publicou este texto hoje,
dia 11 de Maio de 2017
no CM.

Luis Campos Ferreira
.

Não há dia que não caia mais uma máscara à esquerda que nos governa. Ficou-se agora a saber que, em 2016, o governo socialista, com a bênção do Bloco de Esquerda e do PCP, perdoou quase 170 milhões de euros em impostos às grandes empresas, ao abrigo do Plano Especial de Redução de Endividamento ao Estado (PERES). E no programa de reavaliação de activos, onze empresas abarbataram-se a cerca de 80% dos benefícios, sendo que dois terços desses benefícios foram direitinhos apenas para cinco empresas. Até parece que são medidas à medida, não é? Consegue encontrar, aqui, alguma semelhança com aqueles partidos que, quando estavam na oposição, passavam a vida numa gritaria infernal a invectivar contra as grandes empresas e contra os governos de direita que os protegiam? Pois, eu também não consigo. Bloco e PCP estão a experimentar o próprio veneno e estão a gostar, apesar de fazerem má cara para inglês ver. Esta gente calou-se. Vendeu-se. Deslumbrou-se com o poder. E não são mais do mesmo. Berram uma coisa e fazem o seu oposto. Para quem todos os dias é massacrado com a prensa fiscal em que vivemos, o descaramento deste governo e a postura política sonsa dos bloquistas e comunistas deviam envergonhar o mais lateiro esquerdista dos muitos que hoje já perderam qualquer pingo de vergonha na cara. Estes são os mesmos que caucionam as políticas do governo que têm deteriorado o Serviço Nacional de Saúde e que, em dia de greve dos médicos, vão para os hospitais como se estivessem do mesmo lado da barricada dos que protestam e reclamam. Estes são os mesmos que se armam em paladinos dos serviços públicos e assistem de camarote à sua delapidação diária. Estes são os mesmos que faziam e aconteciam contra as "imposições imperialistas" da Comissão Europeia e que vão muito além das exigências em termos de défice. Serão, de facto, os mesmos? São, são. Apenas com menos máscaras.
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Luis Santos Ferreira
Colunista do CM

Escrito no vento...

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"Abril ofereceu as liberdades mas esqueceu-se de criar cidadãos."
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Antonio Ramalho Eanes

10 maio 2017

Estatísticas...

Esta manhã, às 10h30m, as estatísticas
relativas às últimas 24 horas, mostravam
os seguintes valores, no que respeita às
visualizações do blogue "memoriarecenteeantiga"



Rússia                  650
Estados Unidos    281
Portugal              168
Alemanha             26
Brasil                      8
China                      8
Reino Unido            5
Holanda                  2

Recordações...

Em 10 de Agosto de 1974
no Hospital do Outão.
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A Gi e o JMiguel

09 maio 2017

VPV

Diário de
Vasco Pulido Valente
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Administração Pública
A compressão de Portugal
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Vasco Pulido Valente
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hopes expire of a low dishonest decade… (W. A. Auden)

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Catarina Martins comunicou ao povo deslumbrado que não havia liberdade sem igualdade. Em 1793 Robespierre disse exactamente o mesmo e começou logo a cortar cabeças. A nossa Catarina, na sua imensa moderação, ainda não cortou a cabeça a ninguém. Mas sempre vai espicaçando o governo e o Presidente da República para tornarem Portugal inabitável e paralítico. As criaturas que hoje nos governam não podem ver um tostão a ninguém. Marcelo anda por aí a fazer propaganda contra os gestores que ganham muito, e suponho que está a chocar uma lei para acabar com essas imundas sanguessugas dos pobres. Pensa ele que se trata de uma questão de moralidade. Pensa mal. Do que se trata é da nobre inveja lusitana e do horror por qualquer manifestação de inteligência, habilidade e saber. A igualdade também não entra nesta sopa turva.

Se entrasse ficava por esclarecer por que razão o Estado se preocupa tanto com os funcionários públicos, com as carreiras dos funcionários públicos e com os salários dos funcionários públicos. Mais: não há nenhum princípio, reconhecido ou inventado, que obrigue o contribuinte a garantir a segurança de emprego a quem quer que seja; estas ansiedades reflectem sobretudo o ideal de uma vida sem obrigações, nem sobressaltos, que não implica qualquer espécie de competição e em que a antiguidade se venera e premeia. Nada que não apeteça a uma actriz, originária do teatro subsidiado e aos fantasmas da universidade, que gostam muito de dar aulas, mas nunca publicaram nada que se lesse.

Esta compressão de Portugal – que as leis do trabalho se destinam a completar – deixa de fora o essencial: as virtudes de uma sociedade produtiva, capaz de se adaptar à mudança do mundo. A propriedade, o lucro, o risco, a invenção, e a ruptura com os métodos tradicionais não se encontram em indivíduos com protecção estatal e corporativa. Talvez se encontre nos precários que não querem um contrato perpétuo e a quem não interessa em especial o respeito do Portugalinho que o dr. António Costa laboriosamente nos prepara. As coisas – principalmente a imprensa e a televisãocomeçam a adquirir aquele tom uniforme e ruço, típico da tropa e do socialismo.
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in"Observador"
07.05.2017

08 maio 2017

Fotografias de Setúbal...

Esta praia está na moda...
Fica na Arrábida
.
Galapinhos
entre as praias de Galapos e dos Coelhos,
com a Pedra da Anixa ali ao fundo

07 maio 2017

No Dia da Mãe...

...uma bela recordação.
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Maria Mendes de Matos
1902 - 2000

06 maio 2017

Foi uma hora triste...

Num poema que
Miguel Torga
escreveu em
14 de Agosto de 1939,

na Figueira da Foz
.
Miguel Torga
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Breve desilusão

Esta pequena hora,
Sem o teu vulto, sem a tua espera,
Foi uma hora triste:
Foi como quando se acorda em primavera
Já quando a primavera não existe.
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Miguel Torga
in. "Diário - vol I"

05 maio 2017

Eles foram professores do Liceu...

Galiano Esteves Vieira de Abreu

Galiano de Abreu
.
Foi professor no Liceu a partir do ano lectivo de 1920/21, tendo assinado o seu primeiro auto de posse em 12 de Outubro de 1920, como professor provisório do 6ºGrupo (Sciencias Naturais).
No ano seguinte, encontrámos pela primeira vez, a designação de “Liceu Bocage”, no auto de posse que este professor assinou em 26 de Setembro de 1921, posse essa que, curiosamente o coloca a reger nas disciplinas do 2º (Francês) e 5º Grupos (Geografia).
No ano lectivo de 1921/22, o Liceu parece ter adoptado o nome de “Liceu Bocage”, caindo assim a designação “Liceu Nacional de Bocage”.
No ano lectivo de 1922/23, Galiano de Abreu foi empossado como professor do 5ºGrupo, no dia 25 de Outubro de 1922 e, no mês seguinte, em 9 de Novembro, toma posse como Médico Escolar do Liceu, cargo que acumula com o de professor.
Nos anos seguintes, de 1923/24 e de 1924/25, volta a ser empossado como Médico Escolar.
Nos registos referentes aos últimos quatro anos, ou seja, de 1924/25 a 1927/28, Galiano de Abreu foi empossado como professor provisório, para reger as disciplinas do 6ºGrupo (Ciências Naturais).
O Dr. Galiano de Abreu foi um médico conceituado, que conheci nos últimos anos de vida. Nasceu em Setúbal, na freguesia de Santa Maria da Graça, em 3 de Dezembro de 1881 e faleceu na freguesia de S.Julião, em Setúbal, no dia 14 de Junho de 1969. Viveu os seus últimos tempos num prédio bem próximo do Liceu, em frente ao meu, na Av. Rodrigues Manito, onde fui seu vizinho até que a morte o chamou.
Foi médico radiologista, tendo tirado a especialidade em Paris (Sorbone). Foi interno nos Hospitais de Lisboa e médico no Hospital de S.Bernardo em Setúbal.
Na 1ªGuerra Mundial, foi tenente no Corpo Expedicionário Português.
.
NB - 
O Dr.Galiano de Abreu era Avô materno do António José Alçada, antigo aluno do nosso Liceu, na década de 70, a quem agradeço o envio destas fotografias:

Dr.Galiano de Abreu, em 1935

Dr.Galiano de Abreu, 
tal como o conheci, em 1960

04 maio 2017

Humor antigo...

in. "CanCan" nº6
20 de Agosto de 1959
(com o traço de Peñarroya)

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- A Gisela seria uma rapariga encantadora se os rapazes que se fixam nela olhassem um bocadinho para nós...

03 maio 2017

Escrito na pedra...

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In. “Público
11.03.2017
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O optimismo é a fé em acção. Nada se pode levar a efeito sem optimismo.”
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Helen Keller
1880 - 1968
educadora 

02 maio 2017

Hoje há pintura...

Botticelli, Sandro
Pintor italiano renascentista
1445 - 1510
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Pallas e Centauro (1482/83)
Galeria de Uffizi - Florença

01 maio 2017

Eles foram meus alunos...

...no ano lectivo de 1959/60
quando frequentavam o 4ºAno do Curso Liceal. 
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Da esquerda para a direita: José Manuel Mira, António Pedro Madeira Carmona, Justino António Teles Marques, António Manuel Cunha Bento e José Selão Domingues Barbosa.