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30 junho 2008

As "bonecas" de Don Flowers...

Humor antigo
com o traço de
Don Flowers

- Ele: Que tal, passar a tarde no Inferno?!...

28 junho 2008

As minhas turmas... 7ºD - 1967/68

7ºAno - Turma D
em 1967/68

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Fui professor desta turma
em Ciências Naturais

Arminda Borginho Cecílio
Cecília Bravo Pinto Cruz
Elisabete da Costa Saraiva
Ermelinda de Moura Pais
Fernanda Maria Mansinho Batista
Isabel Inácio Cordeiro
Lucrécia Mendes Cravinho
Mabel Maria Oliveira Mota
Maria Aida Costa e Silva

Maria Antonieta Nogueira Valido
Maria Bárbara Santos Silva
Maria Fernanda Cabrita Lopes
Maria Helena Mira António
Maria Irene Batista Neto
Maria Julieta Rosa da Silva
Maria Luisa Rala Acabado de Sousa
Maria Manuela Ferreira Martins
Maria Manuela Marinho de Carvalho


Natália Maria Guerreiro Viegas Barroso
Rosa Dulce Pires Estevens
Virgínia Jesus Rufino Buchinho
Vitória Soares Tomás

27 junho 2008

A Balança de Joly

Determinação da densidade de um mineral

A densidade é uma relação entre o peso de um corpo e o seu volume:

...................... D= P/V

. O funcionamento da Balança de Joly é baseado na Lei de Hooke que nos diz:
"Dentro dos limites da elasticidade, a deformação sofrida por um corpo elástico é directamente proporcional à força deformadora."


A balança de Joly possui um sistema de pratos suspensos numa mola da aço, em forma de hélice, que se deforma proporcionalmente ao peso dos corpos que neles se colocam.

Um dos pratos, o superior, situa-se acima do nível da água enquanto o inferior fica sempre mergulhado na água de um copo de vidro colocado na plataforma do aparelho.


Esquema da Balança de Joly


1ªleitura - L1 Com os pratos da balança vazios


2ªleitura - L2 Com o Corpo no prato superior - O valor da deformação da mola é proporcional ao peso.


3ªleitura - L3 Colocado no prato inferior, mergulhado na água, o corpo sofre uma impulsão vertical, de baixo para cima igual ao peso do líquido deslocado (seg. Princípio de Arquimedes.)
A deformação da mola será então proporcional ao volume do corpo e, do mesmo modo, proporcional à impulsão



D = L2 - L1 / L2 - L3 ou seja D= P/V

no caso presente,

L2 - L1 = 23,0 - 21,5 = 1,5 (valor proporcional ao Peso)

L2 - L3 = 23,0 - 22,0 = 1,0 (valor proporcional ao Volume)

ou seja D = 1,5/1,0 = 1,5


Foi "isto" o que um grupo de alunos do 7ºAno do Liceu de Castelo Branco, após um treino de "dissecação de animais" que durou uma manhã quase inteira, foi pedir à DrªJulieta Neves que voltasse a explicar-lhes...
Estávamos a 24 de Junho de 1953... A Prova Prática do exame de Ciências Naturais estava mesmo à porta!... Realizou-se na manhã do dia 26 de Junho e para nada me valeram os treinos da ante-véspera... No entanto não deixei de ter sorte. Saíu-me a identificação de um Pica peixe (Alcedo hispida, Lin) e a identificação de uma lâmina com "tecido ósseo". Foi canja!...

26 junho 2008

Museu Cargaleiro

Na "Reconquista" de hoje,
dia 26 de Junho de 2008
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A Câmara de Castelo Branco e a Fundação Manuel Cargaleiro entenderam-se e o espólio do Mestre vai ficar todo, na cidade de Castelo Branco.

Manuel Cargaleiro
(foto in Círculo Artur Bual)
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"Na passada terça-feira, chegou à cidade albicastrense uma pequena parte do espólio de Manuel Cargaleiro, depois de devidamente catalogado e embalado e que virá ocupar a casa em frente ao seu Museu, na Rua dos Cavaleiros, na Praça Académica."

Museu Cargaleiro, na rua dos Cavaleiros

Toda a colecção da Fundação Cargaleiro,(…) virá para a cidade albicastrense.
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Manuel Cargaleiro referiu que tem a certeza de que aqui as suas peças vão ser tratadas com o devido respeito e vai dar-se uma lição a muitos museus do país.
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A Fundação, segundo o seu presidente Tomás Corrêa, conta entre sete a oito mil peças, entre pinturas, tapeçarias, cerâmicas, azulejos, pratos ratinhos… enfim, uma infinidade de obras que aguardam o respectivo tratamento para rumar a Castelo Branco. Claro que este número elevado não permite que as peças sejam mostradas todas de uma vez. Haverá exposições rotativas, para que a colecção possa ser apreciada na íntegra, mas de forma faseada.
E para que o restante espólio, que não ficará visível, possa estar devidamente seguro, a autarquia de Castelo Branco está a preparar um outro espaço perto daqueles, do Museu e da Galeria do Mestre, para servir de armazém. Até ao momento e ainda segundo informa Tomás Corrêa, já estão perfeitamente catalogadas cerca de 1500 peças. Há, ainda, muito trabalho pela frente.
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Esta colecção da Fundação, que fui fazendo ao longo da vida, tem um sentido didáctico e a fundação foi criada, também, com essa ideia”, disse o Mestre,(…) mostrando a sua satisfação por este primeiro transporte das suas peças.
(…) em pouco tempo tudo aconteceu … Fez-se o Museu, que teve um sucesso não só nacional, como internacional (…) e depois, quanto ao resto “Joaquim Morão disse-me: você quer, nós fazemos”, contou.
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Para marcar este nova etapa de Cargaleiro na cidade albicastrense, o Mestre fez questão de abrir uma das peças, por sinal sua, que vai ficar na Galeria. E afinal era um quadro com história. E contou-a.
Um grande coleccionador português, que também tem uma Fundação, um dia encomendou-me uma peça minha. Levou vários anos a fazer e, no final, pensei, se é bom para ele, também é bom para a minha fundação… e fiquei com ele”, e o quadro ali estava, já desembrulhado. A primeira peça ‘oficial’ da Galeria do Mestre Cargaleiro.
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Toda a obra de Manuel Cargaleiro, aquela que está em Sobreira da Caparica e espalhada por França e Itália, tem como destino futuro a cidade de Castelo Branco.
O que nos está aqui a acontecer acontece uma vez na vida, ou nunca acontece”, disse o Presidente Joaquim Morão. E acrescentou que “as cidades também se fazem com espaços culturais de grande qualidade. E este será um grande atractivo da nossa”,
Cfr:
Cristina Mota Saraiva
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Algumas serigrafias de Manuel Cargaleiro:

Le nouvelle an des arbres
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Ville ancienne

The Geometrical
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Em princípios de Junho de 2006, uns dias após a inauguração da Casa de Artes e Cultura do Tejo, em Vila Velha de Rodão, tive a oportunidade de visitar uma Exposição de tapeçarias, de Cargaleiro, que ali permaneceu algum tempo.

Foto obtida em 3 de Junho de 2006



O cartaz da Exposição

Tapeçaria/1977

Tapeçaria

Tapeçaria

Manuel Cargaleiro nasce a 16 de Março de 1927, em Chão das Servas, Vila Velha de Rodão.Em 1945 dá-se a primeira experiência de cerâmica na Olaria de José Trindade. Em 1949 participa no primeiro Salão de Cerâmica , organizado por António Ferro, no SNI – Lisboa.Em 1952 tem a sua primeira exposição em Lisboa no SNI.
Em 1954 realiza uma exposição na Galeria de Março em Lisboa, e conhece Maria Helena Vieira da Silva e Arpad Szènes. É lhe atribuido o Prémio Nacional de Cerâmica. Inicias as funções de Professor de Cerâmica na Escola de Artes Decorativas António Arroio. Realiza a sua primeira viagem a Paris.
Em 1957 recebe uma bolsa do Governo Italiano, por mérito do instituto de Alta Cultura que lhe permite visitar a Itália e estudar a técnica da Cerâmica em Faenza, Roma e Florença. Fixa a sua residência em Paris.

As "bonecas" de Don Flowers

Humor antigo
com o traço de
Don Flowers

- Se for ruidoso... não é permitido!
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in "Cara Alegre", nº157
publicado em
15 de Julho de 1957

25 junho 2008

Um artigo de Luís Miguel Cintra

Hoje, 25.06.2008, no "Público"
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"A ex-ministra e a Cinemateca"
Luís Miguel Cintra *

Luís Miguel Cintra

"A obra de Bénard da Costa é um dos poucos aspectos da política cultural de que nos podemos sentir orgulhosos.
A patética ignorância, inconsciência e arrogância com que a dra. Isabel Pires de Lima, a pretexto da defesa da criação de um pólo da Cinemateca na cidade do Porto, insulta o dr. João Bénard da Costa, como director da Cinemateca Portuguesa (…) obriga-me a duas palavras em sua defesa.
(…)
Por estranho que pareça, a nossa Cinemateca é uma das melhores cinematecas da Europa e talvez do Mundo. A sua programação e os critérios que lhe presidem, a função que tem desempenhado na preservação dos filmes, é um modelo de defesa e preservação de uma Arte de suporte técnico particularmente frágil e delicado. Mas essa obra, financiada pelo Estado, tem uma cara, um autor, o dr. João Bénard da Costa. Só porque existe essa pessoa com a inteligência, o saber, o amor pelo Cinema e os conhecimentos técnicos que tem ou que conseguiu reunir através da equipa que tem escolhido para o ajudar, a nossa Cinemateca é assim. Parece-me inacreditável que uma pessoa que há tão pouco tempo era responsável pela condução da política do Estado para a Cultura tenha a veleidade, e passe pela vergonha, de pôr em causa a acção do dr. João Bénard da Costa…
(…)
Não passará pela cabeça da antiga ministra que talvez as razões do dr. João Bénard para não aceitar fazê-lo possam ser mais responsáveis, mais sabedoras e menos superficiais que a conclusão a que chegou olhando para uma qualquer estatística? A dra. Pires de Lima será tão ignorante que não tenha sequer consciência da sua incompetência para falar destes assuntos perante a autoridade de uma pessoa como o dr. Bénard da Costa? E não esteve nas suas mãos como ministra obrigar o dr. João Bénard a fundar o tal "pólo"? Porque não o pôs na rua como fez ao dr. Pinamonti e não arranjou outro director capaz de fundar o "pólo" da Cinemateca para exibir filmes antigos para os portuenses? Porque não fez obra e não fundou a Cinemateca do Porto? Não terá a dra. Isabel Pires de Lima consciência de que pôr a funcionar uma Cinemateca a sério não consiste apenas em ir a um catálogo e pôr filmes antigos a correr? Achará que é a mesma coisa ver um filme nas mais próximas condições possíveis daquelas em que foi concebido pelo seu autor, como a Cinemateca "do" dr. João Bénard faz, que ver DVD projectados num ecrã? Não terá consciência do que é a responsabilidade de "programar"?

(…)
Não tem vergonha de confundir uma Cinemateca com "oferta" de cinema? Se o que pretende para o Porto é uma sala onde possa ir sair à noite e conviver com o pretexto da projecção de um filme antigo, para depois ir beber um copo, é fácil. Basta fazer uma sala confortável, arranjar um projeccionista, máquina de projectar e um programador que faça uma escolha variada para todos os gostos. Há tanto filme "clássico" à venda em formato DVD na Internet! E para isso não precisa do dr. Bénard da Costa.
(…)
Não preferia que a sua cidade e todas as outras cidades de província gerassem Cultura? Não terá ainda sentido como é difícil criar na população uma verdadeira prática cultural inteligente, responsável? E que mais do que transformar a Cultura em mercado o que importa é formar, é não perder a oportunidade de ainda aprender com quem sabe, não baixar a fasquia? Se assim é, envergonha-me profundamente ser cidadão de um país que a teve como ministra da Cultura.


(…)
O seu irresponsável ataque ao dr. Bénard da Costa a reboque de uma saudável petição para a criação de uma Cinemateca no Porto não será apenas uma patética tentativa de ficar bem vista na cidade a que voltou depois do passeio de camelo?
O Porto está por certo mais vivo culturalmente do que a dra. Pires de Lima esteve como ministra. Assim o Estado ou a própria cidade lhe dessem meios para existir. Já se esqueceram do que aconteceu ao Rivoli? Oxalá se consiga transformar a prometida Casa Manoel de Oliveira na Casa do Cinema de que o Porto precisa. Com a defesa, a preservação, o respeito, a exaltação do Cinema como Arte a que a obra de um tão grande cineasta obriga a sua cidade. E a verdadeira prática cultural que daí possa advir.Como talvez dissesse, e infelizmente já não pode dizer, outro grande cineasta português, João César Monteiro, à dra. Isabel: "Sois belle et tais toi!".


* Actor e encenador

..................(Excertos de um artigo)

Sem "protectores" de imagem... a verdade vem sempre ao de cima!
De facto, a Dona Isabel foi um "equívoco" que passou pela "Cultura"...

Escrito no vento...

Uma aula prática na "Quinta da Polida"...
num dia de S.João...
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Despontava o dia de S.João... e às 6h 30m da manhã, já estava à porta da casa do "Velho Isidoro" em casa de quem moravam o Júlio Casaleiro e o Aprígio Meireles. Devíamos estar muito cedo na Quinta da Polida. O Manuel Boleo também já estava acordado e também foi connosco.
Dirigimo-nos então para a quinta da Zezinha, deixando para trás o Largo da Sé, o Liceu Velho e a estrada da Mina. Quando ali chegámos à Polida, já lá estavam com a Zé, a Júlia Costa e a Ildinha do Carmo Silva. Logo a seguir chegaram a Conceição Faria, a Susana e a Marília.
Dos rapazes apareceram também o Paralta de Figueiredo, o Armando da Conceição e o José Joaquim Delgado Domingos.
A aula prática combinada teve a adesão esperada.
Com a mesa preparada, que a Zezinha tinha colocado ao ar livre no espaço em frente da casa dela, com as tesouras, bisturis, pinças, alfinetes, algodão e outro material necessário às dissecções e com as “vítimas” à espera do sacrifício em nome da ciência, coube-e a mim iniciar o “ritual”…
Fui eu quem iniciou a operação e começamos por dissecar primeiro o Pombo. O Júlio Casaleiro tinha-se colocado à minha esquerda, tendo ficado à minha direita a Júlia Costa. No outro lado, à minha frente, postaram-se a Susana Vaz Oliveira, a Conceição Faria e a Zezinha.
A ausência da “Tia Anica” (era a professora de Ciências Naturais, D. Julieta Neves) deu azo a que aquela aula se processasse com alguma picardia por parte de algumas daquelas assistentes… com a Zezinha “comandando” as piadas que o “operador” de serviço, e a “assistente” colocada à sua direita, tiveram de “suportar”…
Correu muito bem a dissecação do pombo e ali foi recapitulado tudo o que havia a saber sobre as “entranhas deste animal”… que apareceria, com grandes probabilidades, numa das bancadas da sala do laboratório que seriam tiradas à sorte no dia do exame…
Atacámos depois a Rã e tudo correu normalmente com o estudo prático da sua anatomia…

Foi no fim desta dissecação que o Zé Joaquim Domingos, o Paralta, a Marília e a Maria da Conceição desandaram de ao pé de nós, provavelmente fartos da carnificina… ou de não terem podido, eles próprios, executar a tarefa de “operador” principal…
Apenas com quatro ou cinco à roda da “bancada de trabalho”, era agora a Júlia Costa que me dava os bisturis, as tesouras, os alfinetes quando eu fazia menção de os procurar. Até parecia uma competente “enfermeira” auxiliar de um “grande operador”… Esta “parelha médica” ouviu então algumas boas piadas, em especial da Conceição Faria e da Zezinha e conseguiram pôr-me nervoso. A mim e à Maria Júlia… A ponto de a ter magoado com a ponta do bisturi ou das tesouras por uma ou duas vezes quando lhe pedia ou lhe entregada aqueles instrumentos de trabalho… Aceitava sempre as desculpas com muita simpatia… Da última vez que tal sucedeu a Julinha chegou a dizer-me: “Vê-se mesmo que está com vontade de me fazer mal…”
Passámos depois à dissecação da “barata” e, a seguir, ao "coelho".
Quando abri a segunda “barata”, a minha assistente afastou-se por uns momentos... mas depois voltou ao trabalho quando iniciámos o a dissecação de um Coelho!
Na verdade, quer a morfologia externa quer a anatomia da barata… são nojentas!!!
No início do trabalho de dissecação do coelho, quando eu ia pegar numa tesoura que por ali estava à mão de semear, ouvi a Júlia dizer-me que pegasse noutra porque aquela não prestava… Ao mesmo tempo que a pousava, para pegar numa outra, perguntei-lhe quem era a dona da tesoura ao que ela respondeu:
É minha.
Logo vi…” respondi eu e notei que a Júlia quase perdeu a fala… Ficou calada, mas logo voltou à carga.
Mas porque é que você disse isso?
Não lhe dei troco. Estava trabalhando com as vísceras do coelho. A um passo de iniciarmos a revisão daquela anatomia, fingi que não a ouvi.
Mas pouco tempo depois ela insistiu na pergunta:
Está a ouvir?!... Porque é que disso aquilo há bocado?
Nesta altura parei o trabalho, pousei o bisturi e voltei-me para a minha esquerda onde ela estava sentada, à minha beira e de onde me fazia aquelas perguntas quase ao meu ouvido, olhei para ela com um sorriso “malandro”… lavei as mãos num alguidar com água limpa que a Zezinha ali tinha mandado colocar e, com a maior das calmas, continuei o trabalho… sem nada lhe dizer.
Tínhamos começado muito cedo a recapitular os temas do Exame Prático. Eram 10h 30m quando todos fomos para a cidade, direitos ao Liceu para que a Tia Anica nos explicasse o funcionamento da “Balança de Jolly”...
(do físico alemão Philipp von Jolly - sec19)
...... (escrito no vento há 55 anos... em 24 de Junho de 1953))

Beira Baixa - Notícias de 1956 Ago/Setembro

2 de Agosto
Falecimento
No passado dia 25, faleceu na sua residência, o sr.Cónego Ventura. Tinha 72 anos.
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12 de Agosto
Casamento elegante
Com brilho desusado realizou-se no passado domingo, na vetusta ermida de Nossa Senhora de Mércules, de tanta e tão entranhada devoção das gentes de Castelo Branco, o casamento da Srª. D. Maria do Carmo Severino Beirão, gentilíssima filha da Srª D. Maria de La Sallete Severino Beirão e do Sr. Dr. Augusto Duarte Beirão, ilustre presidente da Câmara Municipal e nosso querido director, com o distinto oficial do exército, Sr. Tenente Rui Eduardo Soares Miguel. Filho da Srª. D. Bárbara Soares Miguel, já falecida, e do Sr. Capitão Eduardo Miguel.
A ermida apresentava aspecto muito interessante, com passadeira vermelha na coxia ladeada de alecrim e muitos vasos ornamentais com arbustos e plantas de estufa e o altar mor com castiçais, toalhas e jarras novas, estava florido de lindos cravos brancos que recendiam o seu aroma aristocrático pelo devoto ambiente.
Foi celebrante o nosso querido e velho amigo, Revº Dr. Padre Manuel da Silva Ribeiro que aos noivos fez uma prática brilhante. Depois da cerimónia nupcial teve lugar missa rezada, tendo comungado os noivos e alguns convidados. Ao órgão esteve o Revº Padre Redentorista Patrício que tocou magistralmente várias melodias de alto espírito litúrgico.
Foram padrinhos, D. Hermínia Severino Silva, D. Izabel Capelo Gonçalves Miguel, e os Srs. Agostinho Beirão Gomes Belo e o pai do noivo.
No final, foram os noivos e seus pais muito cumprimentados pelos assistentes em número superior a duzentos e cinquenta.
À saída da veneranda ermida, junto ao seu portal gótico, um grupo de raparigas formado por creadas dos pais dos noivos e por filhas de trabalhadores camarários cobriram os noivos de flores ao mesmo tempo que os camaradas do noivo terçavam suas espadas em arco, num lindo gesto de camaradagem para o noivo e de respeito e protecção à noiva.
Organizou-se seguidamente um extenso cortejo formado por 43 automóveis, pela estrada e rua da Srª de Mércules, Avenida do Marechal Carmona, Campo da Pátria, Alameda Salazar, Praça do Município até à entrada principal do Hotel de Turismo onde foi servido um explêndido almoço volante o qual decorreu sempre com a maior distinção e num ambiente de requintada elegância, dançando-se animadamente.
Os noivos que seguiram em viagem de núpcias foram vivamente felicitados por todos os circunstantes.
Foi uma festa inolvidável que os noivos bem mereciam pelos seus dotes de bondade e de inteligência e irradiante simpatia.
“Beira Baixa” deseja cordealmente aos noivos todas as venturas e felicidades de que são merecedores e apresenta respeitosamente a seus pais as mais sinceras felicitações.
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12 de Agosto
2ª Romagem de Saudade
...........Contas
Receita:
Inscrições . . . . . . . . 475 x 25$00 . . . . . . . . . . . .11.425$00
Almoços . . . . . . . . . .334 x 50$00 . . . . . . . . . . . 16.700$00
Pôr do Sol . . . . . . . . 367 x 10$00 . . . . . . . . . . . . .3.670$00
Sarau . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . 9.035$00
Desconto feito pelo Hotel . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 500$00
………………………………………....................….……………… 41.330$00

Despesa:
Aquisição de emblemas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.019$10
Almoços no Hotel de Turismo . . . . . . . . . . . . . . . . . 7.500$00
Iluminação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.500$00
Orquestra “Império” . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 2.000$00
Bandas de música . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2.000$00
Selo para licença no Governo Civil . . . . . . . . . . . . . . . . .20$00
Placas para o Liceu . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 961$00
Transporte das bancadas para o Orfeão . . . . . . . . . . . . . 50$00
Papelaria Feijão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .415$00
Gráfica de S. José . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 372$50
Arranjo das bancadas (Cruz Cardoso) . . . . . . . . . . . . . . 429$80
Papelaria Semedo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .127$50
Serviço de Bombeiros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 187$00
Selagem de programas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23$00
Foguetes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .395$00
Despesa com Sarau . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.176$80
Franquias postais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 98$20
Despesas de Secretaria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 377$10
Fotografias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 330$00
Devolução a Romeiros . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . 535$00
Vestidos para crianças do Sarau . . . . . . . . . . . . . . . . . 261$70
Serviço de Bar para a Orquestra . . . . . . . . . . . . . . . . . 100$00
Aquisição de uma fita para o estandarte . . . . . . . . . . . 126$00
Homem dos foguetes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40$00
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ... . . . . . . 35.106$60
Saldo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6.203$40
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41.330$00
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Castelo Branco, 20 de Maio de 1956
O Secretário Geral – Albertino Vaz Álvares de Carvalho
O Tesoureiro – Francisco Pires Marques
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O Saldo da 2ªRomagem teve o seguinte destino:
203$40 - para os Bombeiros
Os restantes 6 contos a depositar na Caixa Geral de Depósitos à ordem do Sr. Reitor são para os prémios: “2ª Romagem e Saudade” a entregar durante estes próximos 5 anos ao aluno e à aluna mais classificados, entre os mais necessitados, conforme inquérito a realizar. Cabem, portanto, 600$00 a cada um, em cada ano, devendo o remanescente constituir fundo a acrescentar ao prémio da 3ªRomagem de Saudade, a realizar em Maio de 1961.
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9 de Setembro
Inauguração do Estádio Municipal
Um dia de festa e de entusiasmo em Castelo Branco.
"Já na noite de sábado era extraordinária a animação em Castelo Branco. Esperavam-se as caravanas desportivas do Sport Lisboa e Benfica e do Sport Grupo Sacavenense, bem como uma delegação do Sporting Club da Covilhã. A estação do caminho de ferro regorgitava de gente, subiam ao ar foguetes e os estandartes emprestavam à manifestação todo o calor de uma entusiástica recepção.
(...)
No domingo, depois da chegada do Director Geral dos Desportos e das autoridades locais ao magnífico Estádio, dava-se início às cerimónias da inauguração com um imponente desfile de atletas vindos de todo o Distrito.
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Discursaram os Srs.Severino Martinho que contou um pouco da história do Campo de Jogos e o Dr. Adelino Robalo Cordeiro, Presidente da Direcção do Clube Desportivo local

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Seguiu-se o desafio de futebol entre o Sport Benfica e Castelo Branco e o Sport Grupo Sacavenense que terminou pela vitória do primeiro por 3-1
(...)
"Minhas senhora e meus senhores
Esta é a hora maior do desporto albicastrense.
Uma só palavra -- tão poderosa e aliciante que ao seu apelo se erguem as multidões -- uma só palavra é alavanca geradora deste fogo alto de entusiasmo.
Desporto.
E já não apenas o desporto como ideia abstracta, o desporto-imagem de uma literatura de horas vagas, mas o conceito materializado, vazado na realidade palpável de um Estádio.
Temos um Estádio..."
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Foi assim que o Presidente do Sport Benfica e Castelo Branco, Dr. Adelino Robalo Cordeiro iniciou o seu discurso no Acto de Inauguração do novo estádio.
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9 de Setembro
Doente
Foi submetido a uma operação cirúrgica na Casa de Saúde de S.João de Deus o sr.António da Silva Trigo, filho do nosso prezado amigo sr. José de Sousa Trigo, comerciante na nossa praça. Do coração lhe desejamos o seu completo restabelecimento.

O seu estado, ao que parece, é bastante satisfatório, com o que nos congratulamos.
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16 de Setembro
Dr.Francisco Ligório Morcela
Foi agora nomeado profesor efectivo e colocado no Liceu de Vila Real, o sr. Dr. Francisco Ligório Morcela, deixando por isso de ministrar o ensino no nosso Liceu.

24 junho 2008

O Diário da Daniela...

O "Público" volta a editar hoje o "Diário de Professora", uma coluna qua apareceu, nesta época, para comentar os exames dos alunos das nossas escolas.
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Uma professora e uma aluna foram convidadas para fazer um comentário breve às provas de cada dia.
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É com um sentimento de orgulho que vejo ter sido escolhida, para comentar os exames da Matemática, a professora da nossa escola Drª Daniela Nunes.


A coluna da Daniela no Público de hoje.
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"São 11h 30m e no corredor da minha escola confrontamos os alunos bem dispostos a quem a prova de Matemática do 12º correu "muito bem". A estrutura da prova era idêntica a todos os testes intermédios realizados pelo Ministério e a tolerância de 30 minutos não foi utilizada por uma grande parte dos alunos.
E não há dúvidas, os alunos consideram que "os exames agora são mais fáceis". Porquê?
(...)
"Nós, professores, também estamos conscientes das consequências dos resultados obtidos pelos alunos em exame e o nosso trabalho multiplica-se em estratégias adequadas a cada grupo turma.
(...)
Para nós, professores, é momento de profunda reflexão. Devemos ter a coragem de, na rigorosa eficiência da docência, levar até ao limite o desenvolvimento de todas as competências necessárias para a verdadeira excelência. A "onda" do facilitismo é redutora e muitas vezes provoca um ponto de inflexão numa trajectória ascendente.
Sejamos conscientes e consequentemente honestos e felizes com os resultados obtidos."
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A DrªDaniela Nunes é um dos muitos elementos que dignificam
o ensino que se pratica na Escola Secundária de Bocage.

José de Sousa Fidalgo

Mais um bom amigo que nos deixa...
Com 93 anos, faleceu no passado domingo
o Sr. José de Sousa Fidalgo que foi
funcionário da Câmara Municipal de Setúbal
tendo dirigido durante anos, como Chefe de Serviços,
o Matadouro Municipal de Setúbal.

José de Sousa Fidalgo, em 3 de Julho de 1993.
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Foi um jornalista competente e sóbrio do jornal "Setubalense".

Em 11 de Novembro de 1973
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No dia 23 de Julho de 1971, uns dias antes da abertura da Feira de Sant'Iago, Sousa Fidalgo faz parte de um grupo de jornalista recebido pela Câmara Municipal.
Ao fundo, à esquerda, com um dossier de informações na mão, Sousa Fidalgo faz parte do grupo de jornalista que, após uma visita prévia às instalações da Feira, almoçaram na Pousada de São Filipe.
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Em 11 de Novembro de 1973, a Comissão de Festa realizou o
Raly de São Martinho

Sousa Fidalgo foi um dos organizadores e aqui o vemos, com a braçadeira de fiscal da prova, ao lado de alguns elementos da Comissão de Festas.
Da esquerda para a direita, José Luís Rocha Lourenço (Benjamim), Fernando Pereira Alves,
Victor Hugo Delgado (de óculos), Carlos Frias Monteiro e José de Sousa Fidalgo.

O Mestre José Azoia, sentado, apontava as inscrições...
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No "Diário da Feira", publicação realizada por Elisa de Carvalho e Domingos Roque, com o patrocínio da "Comissão de Festas de Setúbal", com a data de 22 de Julho de 1971, surge um apontamento dedicado a Sousa Fidalgo:

Um adeus sentido e que a terra lhe seja leve...

Setubalense - 1955 - Ago./Setembro

01-08-1955
Exposição de Pintura
O Pintor setubalense Fernando dos Santos e sua esposa Sr.ª D. Alda Machado dos Santos inauguraram ontem uma exposição no Salão Nobre da Câmara Municipal.
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03-08-1955
Notícias Pessoais
O lar do Sr. Rafael Emídio Croner Torres e da Srª D.Maria Manuela Gomes Rodrigues Croner Torres está de parabéns pelo nascimento de uma menina.
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08-08-1955
Exames no Liceu de Setúbal
Na Secção de Ciências do 5ºAno é aprovada na prova oral com 16 valores, Maria Madalena Correia Botelho.
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11-08-1955
Tribunal
Tomou posse do cargo de Juiz de Direito do 2º Juízo da Comarca de Setúbal, o Sr.Dr. Agostinho Antunes Campos de Carvalho.
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11-08-1955
Notícias Pessoais
Ernesto de Castro era o Presidente do Grémio da Lavoura de Setúbal.
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11-08-1955
Era Delegado da Direcção Geral dos Serviços Pecuários o Sr. Dr. Pereira de Matos.
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11-08-1955
Exames na Escola Técnica

Terminou o Curso Geral do Comércio o aluno Júlio Henrique Neves c/12 val.
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16-08-1955
Notícias Pessoais
O Dr. Alberto Fialho Jr. e sua esposa D.Maria de Lurdes da Cruz Fialho são professores da Escola Industrial e Comercial de Viseu.
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16-08-1955
Notícias Pessoais
O Dr. José Marques da Costa é Professor da Escola Industrial e Comercial de Setúbal .
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20-08-1955
Pintor Celestino Alves
Foi colocado na Escola Industrial e Comercial das Caldas da Rainha, deixando o seu lugar em Faro.
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20-08-1955
O Dr. Quirino Mealha é o Presidente da FNAT.
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22-08-1955
Cidade
Foram distribuídas 120 moradias económicas que estavam vagas em vários bairros, entre os quais o Bairro da Conceição.
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24-08-1955
Vitória F.C.
Parte amanhã para a Itália o árbitro Fernando Valério, para tomar parte no curso de arbitragem em San Remo.
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24-08-1955
Museu
Quadros de Jesus
Seguiram para Lisboa dois dos quadros do Retábulo de Jesus que fazem parte do nosso Museu dos "Primitivos". O "Calvário" e o "Cristo a ser pregado na cruz" vão integrar a Exposição de Arte que em Outubro se realizará em Londres.
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24-08-1955
Óbitos
Realizou-se o funeral dos Srs. Jean León Delpeut (27 anos e empregado superior do Banco Burnay) e seu irmão Georges André Delpeut (21 anos, estudante) filhos do Secretário-geral da SAPEC, Sr. Pierre Adolphe Joseph Delpeut, que foram vítimas de acidente, na Dinamarca.
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24-08-1955
Militar
Foi promovido a Major, o Sr. Capitão António Pereira Santana.
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27-08-1955
Militar
Regressou ontem a Setúbal o Capitão de Artilharia, Sr. Ernesto Carrilho do Rosário que durante 17 meses prestou serviço militar nos Açores.
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31-08-1955
Era Delegado da Direcção de Desportos de Setúbal, o Sr. Eng. Nascimento e Oliveira (Júlio?).

07-09-1955
Falecimento
Teócrito Constantino
Faleceu ontem o Sr. Teócrito Constantino considerado industrial de panificação, de 43 anos, natural de Setúbal. Era casado com a Srª D.Maria Madalena Morgado de Oliveira Constantino, pai da SrªD.Adelina de Jesus Oliveira Constantino e do Sr. Henrique de Oliveira Constantino e cunhado do Sr. Manuel José de Goes, presidente do Grémio do Comércio.
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07-09-1955
É Delegado de Saúde em Setúbal, o sr.Dr.José Timóteo Montalvão Machado.
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10-09-1955
Aniversário
Passa hoje o seu 2º aniversário natalício, o menino José Manuel Vairinhos Gonçalves, filhinho do nosso prezado amigo e anunciante Sr. Rogério Miguens Gonçalves.
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12-09-1955
Rev. Dr. Mário de Carvalho
O Sr. Cardeal Patriarca acaba de nomear para Prior da nova freguesia de S.João de Brito, em Lisboa, cuja paróquia será criada no próximo dia 15.
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19-09-1955
Casamento
Na Igreja de Santa Maria, realizou-se no sábado, o casamento da Sr.ª Maria Luisa Ferreira Nogueira de Matos... com o Sr. José de Carvalho Pinheiro.
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21-09-1955
Falecimento
Morre em Setúbal o Sr. João Ferreira Couto, dono da empresa das Águas da Bela Vista.
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24-09-1955
Liceu
A frequência do Liceu de Setúbal aumentou este ano, atingindo os 388 alunos.
1º ano – 116 alunos – 3 turmas
2º ano – 90 alunos – 3 turmas
3º ano - 73 alunos - 2 turmas
4º ano - 60 alunos - 2 turmas
5º ano - 49 alunos - 2 turmas
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24-09-1955
Major António Santana
Com sua esposa seguiu ontem viagem para Luanda, no vapor Moçambique, onde foi colocado numa unidade de Infantaria.
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26-09-1955
Notícias Pessoais
O Sr. José Estrela Leão, que exerce actividade na Dinamarca, tem estado em Setúbal, no gozo de licença.
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28-09-1955
Cidade
“É necessidade premente a construção de um novo mercado na zona oriental da cidade" (Artigo de Sousa Fidalgo, na 1ª página)
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28-09-1955
Cidade
Arronches Junqueiro
Faz hoje 15 anos que faleceu. ...tendo organizado um valioso Museu que ofereceu ao Município e foi entregue ao Liceu de Setúbal.

23 junho 2008

Parabéns!... 23 de Junho

O Olímpio faz hoje anos.
Parabéns!...
E um abraço amigo...do mano caçula.
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Eng.Olímpio Matos

22 junho 2008

21 junho 2008

Galleria degli Uffizi - Florença

Ticiano
1490(?) - 1576
A Vénus de Urbino

A Vénus de Urbino


Pintada em 1538 para Guidobaldo II, Duque de Urbino, esta Vénus é uma das obras primas da maturidade de Ticiano. Note-se como o volume da figura se desenvolve em primeiro plano com harmoniosa disposição formal e com grande largueza e como os tons quentes da cabeleira loura e das carnes rosadas se destacam e, ao mesmo tempo, se harmonizam com o branco cheio de luz do lençol. E se, por um lado, o cortinado verde realça a dourada luminosidade do nu, por outro, abre-se uma perspectiva para a sala de um palacete veneziano decorado com brocados, evidenciado no seu conteúdo espacial e cromático pela presença das duas aias com vestes de tons fortes, enquanto para além da varanda o céu apresenta inquietas vibrações de luz. Pelo que, devido à harmonia contrastante das cores e à amplidão do espaço e das formas, o belíssimo nu emerge como uma nota tranquilamente heróica de um hino cantado à beleza pura.

Cfr. Roberto Salvini
In “Grandes Museus do Mundo”
Ed. Verbo - Setembro/1973

20 junho 2008

No Convento da Arrábida...

No dia 01.06.1977, a meio do "passeio de estudo" fizemos uma visita ao Convento...e uma Homenagem a Frei Martinho de Santa Maria.

A figura de Frei Martinho de Santa Maria a quem se atribui ter dito, ao chegar à Serra da Arrábida em 1539, que «se não estou no Céu, estou nos seus arrabaldes».


Frei Martinho "abençoa" a Leonor Cipriano, a Raquel Ventura e a Ana Francisca
que cumprem a tradição de dar uma "cusada" na esfera de pedra onde ele assenta os pés.

Vitor Vieira Augusto, Virgílio Severino (?) e António José Soares
dão a "cusada" da praxe no "mundo" onde Frei Martinho se equilibra... crucificado e com a boca fechada a cadeado...


Foi a vez da Lurdes Martinho e da Beatriz Barbosa de Matos
cumprirem a tradição... sob o olhar brejeiro de alguns colegas.


Mesmo com a boca trancada a cadeado e pregado numa cruz... o Santo parece sorrir! Desta vez são a Maria Amélia Bailador, a Marina Zaida Almeida e a Zita Fortuna que cumprem a tradição.

A Ana Paula Grandela e a Graça Agostinho dão a "rabada" na "bola" de pedra.
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A fundação de um convento na serra da Arrábida resultou de um encontro em fins de 1538 ou princípios de 1539 no Santuário de Nossa Senhora de Guadalupe, em Espanha, de D. João de Lencastre, 1º Duque de Aveiro, com Frei Martinho, um religioso castelhano da Ordem de S. Francisco, filho dos Condes de Santo Estevam del Puerto. O frade confessou-lhe que desejava fazer uma vida eremita, dedicada exclusivamente a Nossa Senhora, e o duque ofereceu-lhe a serra da Arrábida, onde, como já se referiu, existia uma ermida aberta ao culto em que se venerava a imagem conhecida por Nossa Senhora da Arrábida. Alcançada a 23 de janeiro de 1539 a licença necessária do Padre-Geral da Ordem Franciscana, Frei Martinho veio para Portugal na companhia do leigo Frei Martinho Navarro e instalou-se na Arrábida a 23 de Setembro do mesmo ano. o local parece ter impressionado tanto o religioso castelhano que o cronista Frei António da Piedade lhe atribui, na altura da chegada, a frase «se não estou no Céu, estou nos seus arrabaldes». Frei Martinho de Santa Maria, como pediu que lhe chamassem logo que se devotou a Nossa Senhora da Arrábida, iniciou uma vida baseada na pobreza e na humildade em que se inspirou o fundador da sua Ordem. Descalçou as sandálias, encurtou o hábito de modo a dar-lhe o mínimo de agasalho, cingiu-o com uma corda de esparto e cobriu-se com um capuz piramidal que se tornou característico dos frades arrábidos.

A descrição mais antiga deste mosteiro (o chamado Convento Novo) data de 1728 e deve-se a Frei António da Piedade.

"O Convento Novo está edificado na encosta da serra, do lado sul, com a frente para o mar, «a meio pendor de uma garganta que medeia a parte principal da serra, entre dois espigões alcantilados, num fantástico efeito de cenografia». É um convento rústico constituído por um agrupamento de pequenas celas, igrejas e outras dependências, alvejando por entre as árvores. À esquerda da porta de entrada do edifício do convento existe uma figura de mármore, de dez palmos de alto., firmada sobre uma esfera, representando Frei Martinho, com os braços em cruz, os olhos vendados, a boca e o peito fechados a cadeado e empunhando na mão direita uma tocha acesa e na esquerda as disciplinas e os cilícios. Na esfera há uma inscrição meio apagada, que lembra aos frades o alto exemplo do fundador do Convento e assinala que a sua construção foi efectuada em 1662 sob os auspícios do Duque D. Álvaro, 3º padroeiro desta Santa Província."

cfr. "azeitão.net"
............................Obrigado, Estrela do Mar...

19 junho 2008

Cyd Charisse

A atriz e dançarina Cyd Charisse, parceira de Gene Kelly e Fred Astaire nos anos de ouro dos musicais de Hollywood, morreu no dia 17, em Los Angeles. Tinha 87 anos.

Cyd Charisse

Entre seus filmes mais conhecidos estão Serenata à Chuva (1952), com Gene Kelly, e Meias de Seda (1957), com Fred Astaire.

Dançando com Gene Kelly, in "Singing in the rain"

No auge da fama, o estúdio que a contratou, MGM, disse que teve as pernas da dançarina seguradas por US$ 1 milhão.
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Mais uma bela recordação dos anos 40/50 que desaparece...

Mais dois "antigos Alunos"...

Descobri mais dois “antigos alunos” do Liceu de Nun'Álvares…

Por motivos vários, só há poucos dias tive a oportunidade de iniciar a leitura do último romance do José Rodrigues dos Santos, “O sétimo selo”, que o meu filho me ofereceu no último Natal.

Foi com algum espanto que me encontrei com “Filipe Madureira”, um cientista português radicado na Rússia e figura importante na trama deste curioso romance português.

A figura central desta obra é “Tomás de Noronha, professor universitário de História, perito em línguas antigas e um dos maiores criptanalistas do mundo…” . Também ele “antigo aluno” do Liceu de Castelo Branco!
Mas este, já eu conhecia dos dois anteriores romances do mesmo autor, “O Codex 632” e “A fórmula de Deus

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Não soubesse eu ser o autor Rodrigues dos Santos natural de Moçambique e bem o podia imaginar meu conterrâneo, tal a simpatia que sentimos ele nutrir pelo Liceu daquela cidade… A ponto de ter colocado, como antigos alunos do “nosso” Liceu. dois personagens de primeiro plano, na sua última obra literária.

José Rodrigues dos Santos

Transcrevo, com a devida vénia ao seu autor, dois pequenos excertos do romance “O sétimo selo”:
Primeiro (pgs 36-37):

O telemóvel tocou.
Professor Noronha?
Era um português quase perfeito, mas um leve sotaque traía a sua voz a voz estrangeira. “Sim?
O meu nome é Alexandre Orlov e trabalho para a Interpol.
O homem calou-se, esperando que o seu interlocutor apreendesse esta informação.
Sim?
Preciso de ter uma conversa consigo. Está disponível para jantar… digamos, amanhã?
Tomás franziu o sobrolho, desconfiado. O que lhe quereria a Interpol?
Qual o assunto?
É uma questão de certa delicadeza. Se não se importa gostaria de a expor pessoalmente, não ao telefone.
Mas pode dar-me uma ideia do que se trata? Como deve calcular sou uma pessoa ocupada.”
Com certeza”, concordou a voz do outro lado da linha.
Professor Noronha, o nome de Filipe Madureira é-lhe de algum modo familiar?
Tomás hesitou, surpreendido.
Filipe Madureira?
Sim.
Bem… foi meu amigo no Liceu de Castelo Branco.
O Liceu… uh… Nuno Álvares, não é?
Sim, esse mesmo. Porquê? O que tem o Filipe?
O seu amigo anda desaparecido”…
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O último romance de J. Rodrigues dos Santos
7ºEdição - Novembro de 2007

E, mais adiante (pgs 284-285):
(…)
Confesso que estou embasbacado com o teu russo”, observou Tomás. “Onde é que o aprendeste?
Aqui na Rússia, claro.
Vives aqui há muito tempo?
Vivi aqui há muito tempo.”
Viveste?
Sim. Não te lembras que os meus pais eram do Partido comunista?
Então não me lembro?”, sorriu Tomás. “Eles eram um escândalo em Castelo Branco. Votavam em candidatos com nomes estranhos, como Octávio Pato e outros do género.”
Por causa dos meus pais, quando terminei o liceu arranjei uma bolsa e fui tirar Geologia para a Universidade de Leninegrado. Foi no tempo da União Soviética, claro.”
Leninegrado? Sampetersburgo, queres tu dizer.”
"Leninegrado era o nome que a cidade tinha na altura.
E então? Gostaste?
A cidade é espectacular”, disse. “Mas, como é bom de ver, ao fim de duas semanas eu já me tinha tornado um anticomunista primário.”
Foste-te logo embora.”
Não. Fiquei quatro anos.”
Quatro anos?
Filipe encolheu os ombros.
Foram as russas que me fizeram ficar”, disse, uma expressão entre o impotente e o resignado. “O país era uma merda, as pessoas antipáticas, o sistema comunista não funcionava, fazia um frio incrível no Inverno, mas mesmo assim não consegui ir-me embora,” Suspirou. “
As miúdas aqui foram a minha perdição, não havia nada a fazer.”
“O que têm elas de especial?

O amigo olhou para Nadezhda como se exibisse a prova.
Então não vês?
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Cfr. “O sétimo selo”
7ªEd. – Gradiva - Novembro/2007

Há um bocadinho de Filipe Madureira em todos os antigos alunos do Liceu de Castelo Branco... Não há?!...

18 junho 2008

Parabéns!... 18 de Junho

A Celeste Calejo faz anos hoje
Parabéns!... e um xi-coração grande.

DrªMaria Celeste Trindade Calejo

17 junho 2008

Beira Baixa - Notícias de 1956 Julho

1 de Julho
Exposição "30 Anos de Actividade do Estado Novo no Distrito de Castelo Branco".
Foi um êxito e registou 24.543 visitantes a que se distribuiram 5.000 roteiros.
Foi uma iniciativa do Governador Dr.José de Carvalho.

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Comissão Executiva:
Engº Eugénio Leite de Morais
Engº Alfredo Resende
Engº Rafael Santos Costa
Eurico Sales Viana
Tiveram a colaboração de:
Engº Mário de Carvalho Roseiro, da Circunscrição Industrial
Ag.Téc José Melgueira, da Direcção de Estradas
Engº Leonel Coelho de Magalhães e José Santareno Pignatelli,
Reg.Agr. António Gomes Belo e António Gamas, da Brigada Técnica da VIII Região
Drs. Simplício Barreto Magro e José Raposo Semedo, da Intendência Pecuária
Dr. Sebastião Morão Correia, Reitor do Liceu
Engº Joaquim Monteiro Limão e Júlio Hermano Pedro, dos CTT
Dr. José Lopes Dias, Delegado de Saúde
Ag.tec. Marques Nogueira e António Dias Tavares, dos Serviços de Urbanização
Dr. Corte Real, Delegado do INTP
A Exposição foi também visitada pelos srs. Deputados da Nação, Eng.Araújo Correia e Luis Morais Alçada.
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1 de Julho
Doente
Eng. Alfredo Resende
Deu entrada de urgência na Casa de Saúde de Castelo Branco, o nosso prezado amigo Eng. Alfredo Resende, distinto Director de Urbanização no nosso Distrito.
A intervenção cirúrgica a que teve de submeter-se, realizada pelo proficiente cirurgião Dr. Alberto Trindade, decorreu bem, encontrando-se o doente em estado satisfatório.
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15 de Julho
Novo Doutor
Na Universidade de Coimbra, formou-se em Direito o sr. João José Sequeira Faria de Sousa, filho do nosso amigo Elísio José de Sousa.
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22 de Julho
Jardim Escola João de Deus
Prestaram há dias provas finais de aproveitamento as crianças alunas do Jardim Escola João de Deus.
Presidiram a estas provas finais, as Exmas. Srª. D. Maria da Luz de Deus Ponces de Carvalho e a D.Maria Lívia Bataglia Ramos Lopes da Silva, respectivamente Presidente e Secretária da Associação de Jardins Escolas. de Lisboa, que enalteceram e felicitaram as distintas professoras, Exmas. Sras. D. Maria Amália Fevereiro, Regente, D. Cremilda de Jesus Pires e D.Maria Manuela Torres de Paiva Dias pelos seus valiosos e apreciáveis trabalhos no corrente ano lectivo.
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22 de Julho
Homenagem ao Dr.José Lopes Dias
Pela Direcção da Associação dos Jardins Escolas João de Deus foi oferecido ao Dispensário da Puericultura Dr. Alfredo Mota, um esplêndido bronze do grande escultor Leopoldo de Almeida, representando a Cartilha Maternal e de Homenagem ao seu Director, o Exº Sr. Dr.José Lopes Dias.
Na cerimónia de inauguração usou da palavra a Exª Srª D.Maria da Luz de Deus Ramos, neta do grande poeta João de Deus.
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22 de Julho
Novo Doutor
Foi licenciado em Ciências Económicas e Financeiras, com alta classificação, pela Universidade de Lisboa, o nosso conterrâneo sr.José Pires Lourenço, filho do sr. José Lourenço e da SrªD.Maria Pires, irmão do sr. Domingos Lourenço funcionário do Correios e do sr. Capitão de Artilharia Manuel Lourenço Pires.
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22 de Julho
Ruy Rodrigues Rapoula
Com elevada classificação completou o curso de Agente Técnico de Engenharia tendo sido dispensado dos exames finais, o sr. Ruy Rodrigues Rapoula, filho do nosso prezado assinante sr. Tenente Manuel Rapoula.
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29 de Julho
Novo Aspirante a Oficial
Concluiu o Curso na Escola do Exército, com alta classificação, tendo sido dispensado dos exames finais, o sr. Joaquim Chito Rodrigues filho do nosso assinante sr. António Rodrigues, 2ºSargento do Exército, e de D.Maria de Jesus Chito Rodrigues.

16 junho 2008

Escrito na pedra...

No "Público"
de hoje
16.06.2008
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"Há duas espécies de homens: os justos que se julgam pecadores e os pecadores que se crêem justos".
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Blaise Pascal
filósofo e matemático francês
(1623 - 1662)

Visita de Estudo à Serra da Arrábida

Liceu de Setúbal
1ºAno do Curso Complementar em 1976/77
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Quase no final do ano lectivo, no dia 1 de Junho de 1977, decorreu uma Visita de Estudo à Serra da Arrábida, tal como havia sido decidido e planeado, com os meus alunos do 1ºAno (como a “revolução” chamava agora ao anterior 6º ano do Liceu… Uma das imensas “transformações” sofridas pelo sistema de ensino. Ficava tudo na mesma, mas… o “nome das coisas”, esse sim!… é que tinha de mudar… )
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Iniciámos a subida à serra pelo lado de Azeitão, junto ao Casal do Forreta, na Curva da Estrada do Picheleiro, ali próximo do sítio onde funcionava o Parque de Campismo do Barreiro.
Tivemos a ajuda preciosa de uma nossa aluna que era também uma entusiasta do escutismo. Foi a escutista Paula Grandela que “dirigiu” a subida até à estrada (nº379-1) lá no alto, entre o Monte do Arremula (374 m) e o da Cabeça Gorda (406 m)
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A meio desta subida da vertente norte, ao passar pela altitude entre os 200 e os 240 metros, houve uma “luta inglória” com uns “adversários desprezíveis” - as carraças que são endémicas naquela altitude - , e se agarravam a tudo quanto lhes cheirasse a pele…

Acima dos 250 metros, alunos e alunas tiveram de se "catar"... tantos foram os ácaros que lhes invadiram o vestuário... Pareciam formiguinhas com quatro patas... e ainda
magrinhos por não os termos deixado actuar como eles desejavam!

Depois foi um pouco de descanso na então pouco movimentada estrada superior da Serra da Arrábida... Num breve relance podemos aqui identificar os alunos/as: Graça Agostinho, a Leonor Cipriano, a Marina Zaida, a Amélia Bailado (deitada o asfalto), a Lurdes Martinho e, ainda lá mais atrás, a Zita Fortuna, o António Soares, a Ana Paula Grandela, a Ana Francisca Ventura, a Beatriz Barbosa de Matos e o Vitor Vieira Augusto.

Na curva da estrada, com o monte da Cabeça Gorda ali atrás, o grupo posa para a posteridade, desta vez com o professor lá meio.

Em primeiro plano a Graça Agostinho e a Maria Amélia Bailador com a Marina Zaida Almeida à esquerda, de perfil


A Ana Francisca, a Paula Grandela (cheia de fome...) e a Beatriz Barbosa de Matos


Antes de prosseguir viagem, uma fotografia com as "terras de Azeitão" por fundo. No 1ºplano: Ana Francisca Ventura, Raquel Ventura, Leonor Cipriano, Beatriz Barbosa de Matos e Ana Paula Grandela.
No 2ºplano: Maria de Lurdes Martinho, Vitor Vieira Augusto, NN, Marina Zaida, NN, António Soares, Graça Agostinho, Zita Fortuna e Amélia Bailador.

No ponto mais alto da Serra da Arrábida, os "montanhitas" ocuparam o pico do Formosinho (501 m). É uma vista soberba, a que se alcança dali, quer para sul quer para norte, sendo que esta, mesmo sem mar... é também muito bonita.

Sentados, em baixo, a Leonor Cipriano, o António Soares, a Lurdes Martinho, o professor jjmatos, o Vitor Augusto, a Marina Zaida e a Graça Agostinho.
Daí até lá acima, empoleirou-se quem mais dextro se mostrou...
e não velo lá nenhum
homem!! Identifico ali a Paula Grandela, a Raquel Ventura, a Zita e a Amélia Bailador.

Uma série muito bonita de fotos tiradas lá no alto do Formosinho obtidas de sul para norte, numa manhã com alguma humidade no ar.

Um momento de meditação da Marina Zaida. Sebastião da Gama também por ali andou, solitário, em busca de inspiração...


A Paulinha Grandela parece que está suspensa...

A Maria Amélia Bailador com as terras de Azeitão lá bem ao fundo

A Maria de Lurdes Justo Martinho

A Graça, a Beatriz, a Marina e a "supervisão" da Ana Francisca. Ainda no pico do Formosinho, era a hora de comer alguma coisa.

A Graça com o Vitor Augusto sob o olhar do Soares

Conquistado o "pico do Formosinho", os "alpinistas" desceram à base para descansarem um pouco e se prepararem para o resto da tarde. Era meio-dia mas ainda faltava ver muita coisa... muita plantinha e muita rocha de entre as que abundam por aquelas paragens...

Já tínhamos estado no Vale do Picheleiro. Faltava ainda seguir até ao vale do Solitário...
Já tínhamos visto algumas plantas mas convinha que ficassem na memória a Aroeira e o Zimbro, o Zambujeiro e o Aderno, o Pilriteiro e o Agave lusitânica, o Medronheiro e a Murta, o Alecrim e outros arbustos tão ligados àquele ecossistema da Arrábida.

Prestando "vassalagem" ao Formosinho...
antes de regressarmos à estrada 379 - 1

Já na estrada, uma última foto, de costas voltadas para a península de Tróia
Ainda tínhamos de visitar o Conventinho... e beber ali um pouco da água fresca que em toda a Arrábida é muito escassa, devido à porosidade de todos aqueles terrenos de natureza calcária... Ali, dentro do Convento, a água é uma benção do céu!...