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31 maio 2021

Nas Linhas de Torres...

 ... faz hoje 9 anos, dia 31 de Maio de 2012.
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Passeios que não podemos esquecer.

29 maio 2021

São quadras, meu bem... são quadras!...

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Num Sonho que sonho às vezes
Nada de novo acontece
Nos Sonhos porque são sonhos...
Não temos o que apetece!

28 maio 2021

Humor antigo...

 in. Anedota Ilustrada / 1962
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- Não percebo porque corro tanto atrás de si!...
Quando a consigo apanhar já estou cansado... 

27 maio 2021

Hoje "descobri" que...

 o Henrique Penha Coutinho,
ainda por cá anda!...
O que me dá uma satisfação imensa.
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Henrique Penha Coutinho 
Coimbra / 24.03.1979
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Diz ele, numa "Carta ao Director" publicada em 25 de Maio, no jornal "Público":

"A verdade nua e crua
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O Público, sem dúvida é o melhor jornal que se vende em Portugal. O seu largo escol de irrepreensíveis opinion leaders dá-nos diariamente muitas pistas para termos a noção real do estado da evolução do país .
Com 92 anos, oriundo de uma família de jornalistas, tive o privilégio de conhecer nomes grandes da "arte de informar": Pereira Rosa, Norberto Lopes, Carvalhão Duarte e outros ad infinitum.
Colaborei desde os 15 anos no Diário Popular apadrinhado pelo Tinoco, no Diário de Notícias pelo Augusto de Castro. Mais tarde obtive a carteira profissional de jornalista nº4410 e já com a "peste grisalha" da velhice, para os neurónios não enferrujarem, mantenho um blogue (www.tribunadodiabo.wordpress.com) que o Facebook gratuitamente "distribui" pelo mundo inteiro.
Considero a Maria de Fátima Bonifácio a vossa melhor colaboradora enaltecendo o artigo "Democracia" de 14 de Maio o que de melhor o PÚBLICO deu à estampa desde as várias décadas em que me deliciei a o ler."
Henrique Penha Coutinho, Lisboa."
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NB - Adquiri como "vício", a leitura diária das "Cartas ao Director", onde consigo ser fã de nomes como Carlos J. F. Sampaio, de Esposende, de Augusto K. de Magalhães, do Porto, de Ademar Costa, da Póvoa de Varzim e de alguns outros.
Pois, ontem, qual não foi o meu espanto ao ler uma Carta ao Director do Público, assinada por um Amigo que eu não vejo há muitos Anos, o Henrique Penha Coutinho... e que eu admitia ter já passado a ser uma Estrela do céu"... 
Fiquei feliz por saber que o Henrique Penha Coutinho ainda por cá anda, com os seus 92 anos!...
Conhecemo-nos em finais de 1974... no Ministério da Educação Nacional onde, em conjunto com outros Encarregados de Educação, ( entre os quais o Arq. José Formosinho, o Dr. Nuno Krus Abecassis e  o Eng. Luis Aires de Barros), lançamos as bases das Associações de Pais, criadas nos finais do ano lectivo seguinte, com base numa Declaração de Princípios assinada em 2 de Setembro de 1975.
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O Henrique Penha Coutinho publicou no semanário Tempo uma série de artigos assinados sob o nome de Manuel de Portugal.
Uns anos mais tarde reuniu uma grande parte daqueles seus escritos em dois volumes que publicou em 1976. Deixo aqui a capa do seu segundo livro:

Na contracapa, escreve-nos um texto, cujas primeiras linhas aqui deixo:

"Justiça
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"Diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és.
Se a Instituição Militar Portuguesa é um Corpo onde se espelham as Virtudes Pátrias, se as Forças Armadas são um harmónico conjunto solidário de gente sã, patriótico, leal, cumpridor e digno, não mais poderão permitir no seu seio quaisquer oficiais que hajam degradado um Juramento de Honra feito sobre a bandeira nacional , para servir esta pátria que acabaram por trair.
A Instituição Militar perplexa se encontra perante si mesma, interrogando-se como é possível a homens que miseravelmente abandalharam o Aprumo, a Dignidade e o Nome Impoluto das Forças armadas, ainda continuarem nas fileiras e a envergar as mesmas fardas usadas pelos Honrados Militares deste País Atraiçoado."
(...)
NB 2
Um abraço lhe envio daqui, de Setúbal, imensamente satisfeito por voltar a encontra-lo através de um encontro absolutamente fortuito mas que me deixou muito feliz.
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NB 3
Talvez não fosse má ideia, deixar aqui a possibilidade de termos conhecimento de uma troca de correspondência havida entre mim e o "Manuel de Portugal"  (Henrique Penha Coutinho), publicada no meu Blogue "Memória recente e antiga" ("memoriarecenteeantiga.blogspot.com") nas datas de 14 de Novembro de 2006 e de 20 de Março de 2007.

25 maio 2021

Democracia...

 ...é o título do artigo
que a historiadora
M.Fátima Bonifácio
escreveu no jornal "Público"
de ontem (24.05.2021)
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M.Fátima Bonifácio
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do qual transcrevo um breve trecho:

(...)

O cidadão vê ou lê as notícias e fica com a justificada sensação de que estamos num lamaçal manhosamente resguardado por uma classe política que dele se aproveita. Claro que paga o justo pelo pecador, mas isso é a vida... Esse lamaçal assalta a bolsa dos contribuintes sem dó nem piedade. Ele são aos milhões para bancos e empresas fraudulentamente falidas, cujos gestores têm o descaramento de atribuírem a si mesmos  prémios de gestão que nós pagamos! A própria ordem pública, como escrevia António Barreto neste fim-de-semana, parece mais dependente da Igreja Católica e dos sindicatos do que da autoridade do executivo nada disto impede o primeiro-ministro de proclamar que tem um ministro da Administração Interna maravilhoso e que por nada deste mundo o substituiria: Eduardo Cabrita -- Cabrita! ---, imagine-se, é "um pilar fundamental" do Governo! Está tudo dito.

Olhemos para a Assembleia da República:  um órgão acometido de anemia aguda, um rebanho de ovelhas amestradas pelo Governo, que é o dono da maioria. Duzentos e trinta deputados cuja utilidade não se vislumbra: são sempre os mesmos a falar. Porquê? Porque uma grande parte não tem nada na cabeça que os inspire, outros porque não são convenientemente alinhados e são, por isso, silenciados. Esta censura -- que de censura se trata -- é comum a todos os partidos. Este é o ponto mais grave: os partidos instauraram um sistema de "disciplina" interna que coarcta qualquer veleidade de uma opinião própria. Tornaram-se há muito blocos monolíticos sujeitos à ditadura do leader, protegido e acolitado pela sua guarda pretoriana. São agrupamentos de gente que ou é ou aceita fingir-se acéfala, para agradar ao chefe e não ser ostracizada. São também agências de emprego, antros de nepotismo, algares de cumplicidades inconfessáveis.
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Quem acredita ainda que a democracia é "o governo do povo pelo povo" (e para o povo)? Alguns ingénuos, possivelmente."
(...)
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By - M.Fátima Bonifácio
       Historiadora
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NB - Vale a pena fazer a leitura de todo o artigo aqui mencionado.
24.05.2021

24 maio 2021

Parabéns!... 24 de Maio.

A Gabriela faz anos hoje!...
Muitos parabéns e um dia cheio de boas prendas.
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DrªMaria Gabriela Costa

21 maio 2021

Escrito na pedra...

 In "Público"
17.05.2021
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"Uma das grandes desvantagens de termos pressa é o tempo que nos faz perder".
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G.K.Chesterton
1874-1936
escritor


20 maio 2021

A Zezinha morreu...

 ... esta manhã, num Hospital do Porto.
Uma amizade com 80 anos terminou hoje.
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Maria José Folgado Pereira
(26.12.1936 -20.05.2021)
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Uma doença que não perdoa com a qual a Zezinha se enfrentou heroicamente nos últimos anos.
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Descansa em Paz, Zezinha.
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Aos filhos Lena, Nuno, Xana e Becas 
e a  toda a Família 
deixo os meus mais profundos sentimentos.

As minhas asas brancas...

 ...um poema da autoria de
Almeida Garrett.
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J.B. Almeida Garrett
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As minhas asas
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Eu tinha umas asas brancas,
Asas que um anjo me deu,
Que, em me eu cansando da Terra,
Batia-as, voava ao céu
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- Eram brancas, brancas, brancas, 
Como as do anjo que mas deu:
Eu inocente com elas,
Por isso voava ao céu.
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Veio a cobiça da Terra, 
Vinha para me tentar;
Por seus montes de tesouros
Minhas asas não quis dar.
- veio a ambição, coas grandezas,
Vinham para mas cortar,
Davam-me poder e glória;
Por nenhum preço as quis dar.
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Porque as minhas asas brancas,
Asas que um anjo me deu, 
Em me eu cansando da Terra,
Batia-as, voava ao céu.
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Mas uma noite sem Lua
Que eu contemplava as estrelas,
E já suspenso da Terra
Ia voar para elas ,
- Deixei descair os olhos
Do céu alto e das estrelas...
Vi, entre a névoa da Terra, 
Outra luz mais bela que elas.
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E as minhas asas brancas,
Asas que um anjo me deu,
Para a terra me pesavam,
Já não se erguiam ao céu.
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Cegou-me essa luz funesta
De enfeitiçados amores...
Fatal amor, negra hora
Foi aquela hora de dores!
- Tudo perdi nessa hora
Que provei nos seus amores
O doce fel do deleite, 
O acre prazer das dores..
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E as minhas asas brancas,
Asas que um anjo me deu,
Pena a pena me caíram...
Nunca mais voei ao céu.
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Almeida Garrett.
!799-1854

19 maio 2021

Hoje, dia 19 de Maio...

 ... na 1ªpágina do
"Jornal i"
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"O trabalho intelectual hoje vale menos do que britar pedra."

"O professor, que era o que formava o espírito, é hoje a pessoa a quem os pais dos alunos brutalizam."
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Na opinião de Luísa Gomes da Costa,
escritora licenciada em Filosofia e professora. 

Uma vida...

 ... e uma data que marcou as nossas vidas.
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A inauguração do novo edifício
do Liceu Nacional de Nun' Álvares
em Castelo Branco
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em 29 de Abril de 1946
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Iniciei o curso liceal no ano de 1945/46 quando o Liceu ocupava o edifício do Paço Episcopal de Castelo Branco, hoje ocupado pelo Museu Francisco Tavares Proença Jr.
Em Outubro de 1945, todos os alunos iniciaram as suas aulas naquele antigo edifício e ali permaneceram os dois primeiros períodos escolares.
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O aspecto actual do meu Antigo Liceu,
aqui já a funcionar como Museu.
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O belo portão que serve de entrada para o espaço que aqui vemos e que, naquela época nos servia de pátio, é o mesmo... mas estava colocado na rua Bartolomeu da Costa quase em frente da Igreja da Misericórdia. Estava muito mal enquadrado... e tinha muito mau aspecto.
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O portão de entrada dos rapazes...
...as meninas entravam por outra porta encostada já ao Jardim do Paço.
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Uma outra perspectiva do mesmo portão do pátio masculino e da sua ligação ao edifício do Paço Episcopal

Um "cantinho" horroroso...
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No dia 29 de Abril, deu-se a mudança... e fomos inaugurar o Liceu Novo.

O Liceu Nacional de Nun'Álvares
e a Avenida do Liceu por essa época
(as árvores tinham muito tempo para crescer...).

16 maio 2021

Num passeio a Monsaraz...

 ...em 04/04/1998
Já lá vão 23 anos!
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Hoje é sábado. Os diários e os semanários são lidos no Clube Setubalense, a partir das 9 horas. Ali nos reunimos com o Antero o Torres, o Machado Pinto, o Sustelo e o Ricardo Mota.
Vamos almoçar no chinoca dos Combatentes onde eu não entro há mais de um mês.
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Já decidi ir ao Alentejo profundo mas, pelo sim pelo não, resolvi telefonar à Rosa Capela para saber se havia lugar para mim na camioneta que a CMS pôs à disposição do Coral. Tive carta branca e às 14h 30m lá estava eu em frente do Liceu onde o autocarro nos aguardava.

Sentei-me num lugar a meio do autocarro. Junto da coxia. Um aluno que eu não conhecia foi o meu companheiro de viagem.

Na mesma fila, do outro lado da coxia, a Celeste Calejo dava a janela ao Fernando Fidalgo.

Passado algum tempo chegaram as “minina”. A Ana Paula vinha com a Olga e, logo atrás, a Luísa Neto com a Isabelinha Lopes. A Bela do Sase vinha com elas.

Todas se dirigiram lá mais para trás onde tomaram lugar na ala esquerda daquela ruidosa “assembleia” que ali se formou... A Olga com a Ana Paula e a Luísa com a inseparável Isabel. O autocarro rumou ao Alentejo profundo via Águas de Moura e Pegões… pela estrada antiga! Para pouparem uns miseráveis tostões não foram pela autoestrada! E a viagem foi insuportável levando quase três horas para chegar a Monsaraz!
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Tudo isto apesar dos esforços do Fidalgo, que é um “entertainer” de muito mérito...
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Passámos por Reguengos de Monsaraz e nem parámos porque o atraso era grande.
Subimos a Monsaraz, quinze quilómetros mais além, e percorremos a pé as ruas da povoação. É uma terra muito bonita, talvez mais virada ao turismo do que Óbidos no que respeita a Restaurantes e locais para dormir, com ruas muito curiosas calcetadas com pedra xistenta, por vezes muito íngremes, mas gostei mais de Óbidos!
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Saídos da Igreja, que acabávamos de visitar, já de novo na rua principal de Monsaraz, demos de caras com algumas caras conhecidas que não tinham vindo connosco.
Gente nova a fazer a sua aparição. Era a Marina, era a Glorinha era a irmã da Glorinha, era a Amiga da Glorinha que uma noite, em Janeiro, apareceu para observar as estrelas numa sessão, amplamente fotografada, que realizámos no Liceu. O anfitrião Carlos Marques guiava aquelas Pleiades cheias de vida, feito um Hércules que não se sentia propriamente um Pai... E logo ali fizemos algumas fotografias para que a posteridade possa vir a ter a grata felicidade de testemunhar este encontro.
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A Glória, o Carlos Marques e a Marina
numa rua de Monsaraz.
Durante a estadia em S.Pedro do Corval "esta constelação" teve fugazes períodos de visibilidade...
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O José Flórido, a Luísa Neto e a Zulmira Ribeiro.
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A Celeste Calejo e a Rosa Capela.
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O céu estava de facto bastante nublado neste Alentejo profundo que hoje visitámos... e soprava um vento bem fresco... Apesar disso tivemos a oportunidade de fazer uma foto de conjunto que aqui deixo em "duplicado".
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Lá no fim da rua principal, no espaço em frente do Castelo, 
todos se fizeram à fotografia...
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... e ficaram todos apesar do frio e do vento soprava bem.

Acabada a visita, viemos esperar que todos chegassem, junto da plataforma amuralhada onde o autocarro havia estacionado.
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A vista para leste é magnífica. Na planura que dali se avista, as terras de Espanha estão ali mesma à mão de semear. Villanueva del Fresno, que viu pela última vez o “general sem medo”, está ali à nossa frente. E entre aquela memória e a fortaleza onde nos encontrávamos agora, um Guadiana envergonhado a prometer mais pujança dentro em breve, “avisando” as gentes daquelas terras que emigrem para outro lado, que saiam dali, pois se o não fizerem irão desaparecer submersas numa toalha de água que o Alqueva ainda tornará possível, ali, e até doze léguas a montante...
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Neste momento não posso deixar de recordar o “pacto”, que uns cinco ou seis anos antes, ali tínhamos jurado em frente do dique da barragem que já havia começado a ser feito mas caminhava com uma lentidão imensa... Combinámos que nos iríamos encontrar naquele mesmo sítio 
no dia da inauguração da Barragem... dali por 30 anos! A barragem estava a ser construída ao "ralenti" com uma lentidão muito grande... Espero que nessa altura o Dr.Soveral Rodrigues seja o primeiro a chegar e nos receba com a dignidade que aquele evento merece...
Aproveito para lembrar também, com muita saudade o primeiro “trânsfuga” deste pacto de cavalheiros, o Dr. Estêvão Moreira, que “teimou” em não esperar por aquela data!
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Foi demorado o regresso de todos ao autocarro. Mas foi rápida a viagem até S.Pedro do Corval.
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Houve um pequeno ensaio na Igreja de S.Pedro e, enquanto isso, seriam já umas 19 horas, estive com a Ana Paula, recuperando um pouco as forças, num café mesmo ali à beira da igreja. É que… alguém teve a ideia pouco aceitável, de marcar o jantar, no Restaurante Horizonte... só depois do espectáculo! Estás a ver, Oh! meu?!!...
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Depois do ensaio houve uma visita a uma Olaria onde dois artistas (familiares do Carlos Marques) trabalhavam com enorme perícia o barro espanhol, que ali importam, de muito melhor qualidade que “nacional”...
Oh! Meu Deus... Até no barro!...
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Cinquenta pessoas rodearam os dois homens que tiveram a gentileza de explicar o que estavam a fazer e de responder às perguntas que lhes puseram.
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A Isabel com a Celeste Calejo e a Zulmira
observam com atenção a modelação de um "pote"...
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... e aqui mais algumas coralistas interessadas 
na modelagem do barro.
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No lado oposto àquele em que trabalhavam, uma parede inteira estava coberta por pratos de louça vidrada e esmeradamente pintados. Alguns magníficos exemplares, para aí com meio metro de diâmetro cada um, ficaram a bailar nos olhos da Ana Paula. Que não descansou enquanto não comprou um deles. O mais bonito. Por três notas...
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Com a data da visita assinalada, com o nome da povoação em letras pretas pintadas, os proprietários não quiseram deixar de oferecer, a cada um de nós, um pequeno cinzeiro de barro. Mesmo para quem não fumava...
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Fomos dali para a Igreja e o Sarau decorreu com a normalidade prevista... Umas fífias “imperceptíveis” umas entradas a destempo... uma coisa aqui outra acolá, tudo sem perderem os pergaminhos!
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Um pormenor muito positivo que diz alguma coisa sobre a alta qualidade do Grupo Coral da nossa Escola é o facto de todos terem acabado ao mesmo tempo... 
Ah!... Ah!... Ah!... Puxa! Já não se pode brincar!?...
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O Miguel Matos fez a primeira parte do programa interpretando a solo, no órgão, cinco peças musicais de fundo monástico e acompanhou depois o Maestro Cantor João Paulo Reya em dois trechos, um dos quais era a Avé Maria de Bach/Gounod.
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O Miguel Matos a solo.
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O Miguel Matos acompanhando a Soprano Teresa Inácio
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O Maestro João Paulo Reya
também cantou a "solo" a "Avé Maria de Gounod"
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Quanto eu não teria dado para ter ouvido ali e naquele momento, esta mesma Avé Maria de Gounod, interpretada pelo trompete de oiro de Eddie Calvert num arranjo de Stott, feito em 1956... Com certeza, sem dúvida com toda a certeza, teria sido muito melhor... mas adiante!
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Não podemos deixar de referir a voz maravilhosa da soprano Teresa Inácio que actuou como solista e que, sendo uma miúda de 17 ou 18 anos, tem uma figura muito bonita, mas não tanto como a voz...
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Fiz um mar de fotografias! ...
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A Olga, a Eduarda, a Rosa Capela e a Fernanda Vitorino
agradecem as merecidas palmas da assistência
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Instalei-me com a Ana Paula na terceira fila de bancadas, do lado esquerdo voltado para o altar, à frente do qual o coral actuou.
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O Coral do Liceu de Setúbal em actuação
na Igreja de S.Pedro do Corval

O maestro instalou a banqueta ali quase ao nosso lado e tapava a ala esquerda do Grupo.
Tive de mudar de poiso e, por momentos instalei-me na primeira fila onde, mais próximo, pude trabalhar mais à vontade.
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Quando acabou, fui com a Ana Paula e a Olga, direito ao Horizonte, onde fomos dos primeiros a chegar e nos instalámos numa das extremidades no canto oposto à entrada.

De costas para a parede ficou a Ana Paula, no primeiro lugar, dando a esquerda à Olga. Eu sentei-me em frente da Ana Paula e veio sentar-se ao meu lado a Celeste Calejo. Por ali ficaram também a Profª Zaida e a Zulmira que se sentaram a seguir à Olga. Do meu lado ficou uma miúda coralista a seguir à Celeste e uma professora de Francês que tem o cabelo todo branco (Clara Lopes).
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Umas horas antes, quando o coral ensaiava pela primeira vez na capela após termos chegado da fortaleza de Monsaraz, encontrámos no cafezito onde lanchámos uma jovem amiga da Zulmira que teria sido sua aluna há uns anos atrás, e que se fazia acompanhar de um filhote para aí com dois anitos e pouco. A rapariga é simpática e tem uma cara “lavada", mas o filho é um miúdo sensacional! Nunca chorou! Não fez birras! Não fez traquinices! Portou-se como um Homenzinho! Para orgulho daquela jovem mamã...
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A Isabel com o João Diogo...
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Como o jantar dava para muito tarde a Paula, assim se chamava a amiga da Zulmira, resolveu “tratar do rapaz” antes que ele começasse a “refilar” e perguntou-nos se nós sabíamos se ali, naquele café “espeluncado” onde estávamos, serviriam uma sopinha para o filho.

Não nos pareceu o sítio ideal para fazerem uma sopinha que o “rapazão” iria comer... E logo ali resolvemos ir os três passear pela povoação à procura de um restaurante. Que logo nos indicaram. Pois claro! O Horizonte... Onde havíamos de nos banquetear mais tarde!.

... e o João Diogo a comer a sopinha dada pela Mãe.
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Senhor da situação de emergência, o dono do restaurante falou com uma jovem que deve ser sua filha e é ela quem vem ter connosco para dizer à Paula que vai arranjar uma canjinha para o rapaz. É só aquecer um pouco...

E, na verdade, passado algum tempo, o João Diogo comia a “sopinha” com uma certa desenvoltura, muito embora, de início, ele se tivesse alheado das colherinhas que a Mãe lhe tentava meter na boca, distraído que estava com as brincadeiras que três miúdas faziam entre si enquanto os pais terminavam a conversa à mesa do restaurante.
Leva bons princípios este Joãozinho Diogo... Já larga a comida... por um qualquer “rabo de saia”!! Já viram, o malandrinho...

Acabado o jantar do João Pequeno, aí vamos todos de regresso ao Adro da Igreja. O Joãozinho refastelado no carrinho que a Mãe Paula empurrava...

E eram horas de Concerto! Que, apesar da música a condizer com o local, correu da melhor maneira... Como já foi dito atrás.

O jantar/ceia decorreu bem.
Uma sopa de cação leve, com o caldo fumegante a entornar-se sobre umas lascas de pão vulgar, sem predicados, e com as postas do seláceo descascadas e cosidas no caldo, servido à parte, como é (consta) dos livros...

Depois um “ensopado” de borrego, que não fedia muito... e, para quem possuía umas papilas gustativas demasiado sensíveis e uma pituitária afinada... foi servido, em alternativa, um prato costeletas de porco com as respectivas batatas fritas preparadas em palito um pouco grosso...

O vinho, claro, da Região! Da Adega Cooperativa de Reguengos... Reguengos, tinto, DOC (Denominação de Origem Controlada) de 1997, com uma graduação de 12,5ºvol.

Umas águas minerais e uns refrigerantes para quem não é... bom português!
No final, antes do café, um docinho que, para mim foi de arroz... e que não estava mau apesar de não ter canela.
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A camioneta esperava-nos ao virar da esquina. Passava um pouco da uma da manhã quando acabou o repasto. Faltavam duas horas e meia para me deitar...
E foi por isso que, comentando com a Calejo a fobia do motorista pelas auto estradas , esta, cheia de genica, achou por bem dirigir-se ao “dono da viatura” para lhe sugerir que devia tomar a auto estrada quando chegasse a Montemor o Novo. No que foi bem sucedida!
Sempre podíamos chegar meia hora mais cedo a casa...
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Entretanto, o Flórido que tinha posto o seu “autocarro” à disposição do Coral, para transportar o órgão do maestro, que tinham de levar para o Liceu, arrancou mais cedo, trazendo também com ele o Maestro, o Miguel Matos, a Teresa Inácio e mais não sei quem...

Arrancámos finalmente, deixando para trás o grupo da “gente nova”, que nunca mais vimos...
Dizem-me que chegaram cá já passava das seis da manhã... Benza-os Deus!... Bela Juventude esta!... A fazer-nos recordar, em outros tempos, jornadas de glória... (Glorinha! Juro que esta não foi de propósito!... Esta saiu por acaso... mas tem piada a coincidência... lá isso tem!)

Pensava que podia agora recostar-me e descansar um pouco... cochilar quem sabe...
Qual quê! O Fernando Fidalgo “tomou conta do microfone” (que na realidade nem existia...), tomou conta daquele público ávido de folia e não se calou um minuto, quer fosse por iniciativa própria quer por ser “activado” por umas quantas “enzimas” que por lá se moviam e nem o deixavam descansar nos pequenos intervalos que o Fidalgo decidia fazer.
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E o rapaz tem cá um repertório!... E o rapaz tem cá uma memória!... As letras e as músicas das mais desvairadas e longínquas canções estão “gravadas” até ao mais ínfimo pormenor, naquela enorme e alta “mona” que só tem paralelo nas alturas do castelo da sua terra...
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Sobre esta viagem de regresso a Setúbal três memórias vão perdurar no meu “arquivo”.

Primo. - O comportamento fora do comum que, cada um por seu lado, o funcionário do pessoal auxiliar e uma funcionária da Secretaria mostraram na maneira como se riam a despropósito de qualquer frase, de qualquer dito, de qualquer piada que ouvissem. Gargalhadas alvares, gargalhadas nervosas, gargalhadas extemporâneas, gargalhadas vários tons mais acima daquilo que devia ser normal... Risadas sincopadas, risadas irritantes a propósito de coisas que nada faziam rir, risadas todas elas iguais qualquer que fosse o grau da causa estimulante... Não creio que viessem “carregados” com o néctar de Reguengos... embora parecesse! Em certa altura o Fernando Fidalgo disse, a propósito de uma qualquer letra de canção que “tinha de a escrever na "Internet”! Foi tal o “chavascal” que aqueles dois fizeram rindo alto, “à gargalhada” que ainda agora me pergunto onde é que eles descortinaram a piada...

Secundo. - O livrinho, escrito à mão, de “letras de canções” seleccionadas pelo Ernesto Vitorino. Na altura própria “saca” do livro, folheia longa e cuidadosamente as suas folhas e vai surgindo toda a casta de letras de revolucionárias canções... Ele é o Zeca Afonso, ele é o Correia de Oliveira, ele é o Manuel Alegre... É o Vento que passa... É Um Amigo também... E Fados! Fados de Coimbra que canta sozinho... aliás com boa voz e um timbre muito próprio e agradável... aproveitando o cansaço dos demais que vão dando mostras de saturação. Chega mesmo a cantar duas letras de Coimbra da autoria do Juiz "ma...cas" ali de Almada que algum trabalho tem dado ao Adriano Paulos e Cruz...

Tertio. - O engano do motorista que justificou a sua aversão inicial às auto estradas... Eram três da manhã! Faltavam vinte minutos para chegar a Setúbal! Estávamos a chegar ao nó de Pegões quando o condutor fez o pior... e o mais difícil! Em vez de seguir em frente... saiu por uma lateral! Passados uns segundos demos conta que íamos direitos a... Alcácer do Sal!!! Sem hipótese de voltar para trás... E aqueles vinte minutos que faltavam para a caminha, ali tão próxima, transformaram-se em mais uma hora! Quando, depois das 4h da matina chegámos em frente do Liceu, o Flórido aguardava a caravana... cheio de angústia e apreensão! Aflito com a nossa demora...
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Ao fim de tantos anos é curioso relermos, e relembrarmos, como sucediam estas viagens de que todos nós temos saudades...

15 maio 2021

Humor antigo...

 ... com o traço inconfundível  
de Jean Belus
.
-- Tu sabes como é o teu Pai!... Não é capaz de suportar a derrota do Benfica!...

12 maio 2021

Mais um grande Amigo nos deixou...

Acabo de receber a triste notícia da morte do
Jorge Lemos Cabral.
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Jorge Lemos Cabral
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Soube há poucos dias que ele não estava bem de saúde mas longe de pensar que estavam para tão breve os seu dias... 
Tínhamos uma relação de muitos anos e um acontecimento em comum: Ambos viemos para Setúbal no mesmo ano de 1959... Ele, vindo de Mangualde, como aluno do nosso Liceu e eu, vindo de Castelo Branco, para Professor do mesmo Liceu Nacional de Setúbal
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O Jorge Lemos Cabral faleceu no Hospital, em Coimbra, onde se debateu com uma doença que se desenvolveu com grande rapidez. Nada sei ainda sobre a Capela onde vai ficar aqui em Setúbal.
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Perdemos um grande Companheiro e ficámos sem o Coordenador dos nossos "almoços mensais" das "segundas quartas-feiras de cada mês"...
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Vamos lembrar-te sempre !...
Repousa em Paz, Jorge.
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Deixo os meus sentimentos nas mãos da tua filha Susana, minha antiga aluna, e estarei presente "na tua despedida"...
.
NB -
O Jorge Lemos Cabral 
vai estar amanhã, a partir da tarde, 
na Capela da Igreja de S.Paulo, em Vanicelos.
O funeral vai realizar-se na 6ªfeira, de manhã.

11 maio 2021

A pintura de Graça Lagrifa...

Foi a D. Graça Lagrifa quem escreveu no dia 9 de Maio:
.
"A outra minha filha..."

10 maio 2021

Mais um amigo que nos deixa...

Faleceu o Dr. Octávio Roque do Alpendre
que foi nosso colega no
Liceu Nacional de Setúbal
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Octávio Alpendre
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Era natural de Palmela onde nasceu em 4 de Novembro de 1932.
Possuía a licenciatura em Ciências Geológicas.
Foi nomeado professor do serviço eventual, no ano lectivo de 1963/64, com posse efectuada em 1 de Outubro de 1963 e exercício até 8 de Agosto de 1964. Aqui se manteve mais dois anos lectivos.
Em 1966/67 deu aulas em Lisboa, no Liceu Camões e dali foi chamado para o estágio pedagógico, no Liceu de Pedro Nunes, em 4 de Janeiro de 1967.
Concorreu então, já como professor agregado, ao Liceu de Setúbal onde foi colocado por portaria de 26 de Setembro de 1968, publicada no Diário do Governo nº228, tendo tomado posse em 1 de Outubro e exercido o cargo até 30 de Setembro de 1969.
Desempenhou as funções de Director de Instalações de Desenho e Trabalhos Manuais nestes doís anos lectivos.
Tomou posse como professor auxiliar no dia 1 de Abril de 1971.
Foi nomeado professor efectivo no ano lectivo de 1972/73, através de portaria de 1 de Julho de 1972, publicada no Diário do Governo nº215, de 1 de Julho de 1972.
Desempenhou o cargo de Orientador Pedagógico no ano lectivo de 1976/77 para o qual foi nomeado por portaria publicada no Diário da República nº253, II Série, de 2 de Novembro de 1977.
Manteve-se no Liceu até ao fim do ano lectivo de 1983/84 e decidiu concorrer a uma Escola Secundária de Palmela onde ingressou em Outubro de 1984.
Em 1980/81, foi destacado para prestar serviço na Escola Secundária nº1, em Setúbal, ao abrigo do nº8, do despacho nº179/80, de 9 de Junho.
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Que descanse em Paz...
...que bem a merece.

Recordações...

...em 22 de Janeiro de 2005
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GI

09 maio 2021

Aprendam......

 ... com quem é inteligente.
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Bertrand Russel era um Homem Inteligente.
Ylq
Conheço pessoas que precisavam ler  algumas das "frases" 
que ele  por aí deixou escritas...

08 maio 2021

Escrito na pedra...

In “Público
07.05.2021
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Os arrogantes são como os balões: basta um picadela de sátira ou de dor para dar cabo deles."
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Madame de Stael
1766 - 1817
escritora

06 maio 2021

Humor antigo...

 ... com o traço característico
de Wenzel.
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-- A comida é uma porcaria, o serviço do pior que há, a luz miserável!...
Pergunto: porque motivo vimos cear aqui!?...

05 maio 2021

Por detrás de um acto desesperado...

 ... ocorrido em Torres Vedras
fui descobrir no "Jornal i", 
num texto escrito por
Felícia Cabrita, 
um caso que fez regressar a minha memória a alguns anos atrás...
aqui em Setúbal.
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Felícia Cabrita
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Aqui reproduzo o texto que li naquele jornal:
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"Nos últimos anos a vida pública de C.B. ficou marcada pela polémica em torno da sua tese de doutoramento, com o título "As Linhas de Torres, Um destino turístico estratégico para Portugal." Em 2017, JR, ex-vereador independente pelo PS, publicou um artigo no jornal local "Catanadas" denunciando vários casos de plágio na obra.. CB seria alvo de uma denúncia ao Ministério Público e foi acusado em 2019 por plágio de 40 textos originais na tese.. No início do ano passado foi condenado a uma multa de 5 mil euros pelo crime de contrafação na tese, tendo a sentença sido devolvida no passado mês de Janeiro à primeira instância pelo Tribunal da Relação de Lisboa por vícios encontrados e não pela questão fundamental, o plágio.. Já no início de Abril a primeira instância, apesar de reconhecer esses vícios, manteve a condenação por plágio."
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Provavelmente, os deploráveis actos ocorridos ontem em Torres Vedras teriam tido origem nestes lastimáveis plágios...
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Espero que não tenhamos casos semelhantes na nossa cidade...

04 maio 2021

A pintura de Graça Lagrifa...

  Foi a D. Graça Lagrifa quem escreveu:
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"Mais um prazer, pintar o retrato de outro filho, 
desta vez da Mónica."

03 maio 2021

Setubalense - 1973 - Setembro

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07.09.1973
Sessão da Câmara
Na passada 4ªfeira (em 5 de Setembro), presidida pelo Vice-presidente, Dr.João José Matos, foi presente pela Direcção Geral dos Serviços de Urbanização um ofício relativo a um loteamento em nome de José de Sousa Cintra e cujo parecer foi: “que não se deveria ocupar a zona rural”.
O Sr. Vice-Presidente, de acordo com a vereação resolveu indeferir o pedido de urbanização e transmitir ao requerente a informação da Direcção Geral da Urbanização.
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17.09.1973
Comemorações Bocagianas
A Homenagem realizou-se junto à estátua do poeta. Foi colocada uma coroa de flores, pelo Dr. João José Matos, Vice-Presidente da Câmara.
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19.09.1973
O Dr. Vitor Evaristo despede-se de Setúbal,
depois de desempenhar com a maior dignidade, o cargo de adjunto residencial do Serviço Nacional de Emprego, no Distrito de Setúbal.
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21.09.1973
O artista setubalense António Palma acaba de gravar o seu primeiro disco.