Páginas

28 fevereiro 2020

Escrito na pedra...

Escrito na pedra…
In “Público”
13.02.2020
.
O sofrimento é uma coisa terrível
Eu não tenho medo da morte, mas temo o sofrimento.
.
Manuel de Oliveira

1908-2015
cineasta

27 fevereiro 2020

Eles foram professores o Liceu...


José de Sousa Ramalho Viegas
.
Nasceu em Salir (Loulé) em 3 de Março de 1908.

Num almoço realizado no Hotel Esperança
o Dr.Ramalho Viegas é a terceira figura.

Era Licenciado em Ciências Biológicas e possuía o Exame de Estado. 
Veio transferido do Liceu Nacional da Horta por portaria de 17 de Janeiro de 1958, visada pelo Tribunal de Contas em 30 de Janeiro de 1958, publicada no Diário do Governo nº32, II Série, de 7 de Fevereiro de 1958.
No ano escolar de 1958/59 é nomeado, por despacho de 1 de Outubro de 1958, para prestar serviço na Inspecção do Ensino Liceal, durante um ano, com dispensa total do serviço docente, nos termos do Artº 135 do Estatuto do Ensino Liceal (*) a fim de colaborar na organização dos cursos de dirigentes destinados aos estagiários dos Liceus Normais.
Ramalho Viegas cego, totalmente, uns anos antes de chegar a Setúbal, quando era professor em Angola. Contemporâneo, no Liceu de Faro como estudante, do então Reitor deste Liceu José de Mendonça e Costa e do então Ministro da Educação Francisco Leite Pinto, foi relativamente fácil e muito humana a solução que eles encontraram para resolver o problema. Ramalho Viegas foi colocado na Inspecção desempenhando um serviço que não necessitaria da sua presença permanente.
Anos mais tarde, o professor Ramalho Viegas teve de enfrentar o desafio de voltar a dar aulas aqui no Liceu, muitas vezes com a presença da esposa.
Continuou a ser um bom professor de quem os alunos sempre gostaram.
Morou perto do Liceu, num primeiro andar da Avenida Rodrigues Manito e deslocava-se até ao Liceu, sempre acompanhado pela esposa ou por um funcionário que o ia buscar a casa.

(*) – Artº 135º. Os professores do Liceu em exercício poderão ser chamados eventualmente a prestar serviço em quaisquer actividades do Ministério da Educação Nacional, mediante despacho do Ministro, publicado no Diário do Governo. O despacho deverá indicar a natureza do serviço a prestar, a sua duração, que não poderá ser superior a um ano, e a dispensa, total ou parcial, do serviço docente de que o professor haja de gozar.
No ano lectivo de 1963/64, exerceu as funções de Director das Instalações de Ciências Naturais, por despacho publicado no Diário do Governo nº281, II Série, de 30 de Novembro de 1963.
Ramalho Viegas esteve presente no Liceu de Setúbal desde o dia 1 de Outubro de 1961 até ao dia 3 de Março de 1978, data da sua passagem à reforma.

26 fevereiro 2020

Humor antigo...

in. "Anedota ilustrada"
de Dezembro/1964
.

-- Já que gosta tanto de emoções, ofereça-me 
um casaquinho de peles para evitar constipar-me.

25 fevereiro 2020

Setubalense - 1972 - Novembro

.
06.11.1972
Sociedade Musical Capricho Setubalense
Assembleia Geral
Presidente – Dr. Amadeu Rodrigues da Costa
Direcção
Presidente – João Batista Madeira
Conselho Fiscal
Presidente – Carlos Vieira dos Santos 
.
15.11.1972
Um novo médico
Concluiu ontem o seu curso na Faculdade de Medicina de Lisboa o Sr. Dr. António Adelino da Silva Fernandes
.
17.11.1972
Falecimento
Foi ontem enterrado no Cemitério de Nossa Senhora da Piedade, o Sr. Honório Ferreira dos Santos, de 68 anos, professor na Escola industrial e comercial de Setúbal, desde 1928.
.
24.11.1972
Cultura
Carlos Tavares da Silva e Joaquina Soares pediram à Câmara que lhes seja efectuado o pagamento de 8.000$00 para despesas com trabalhos arqueológicos, no Pedrão.
Foi autorizado o pagamento de 4.000$00 visto ainda não terem sido entregues os trabalhos.
.
29.11.1972
Temporada Musical
Na noite de 27 de Novembro, no Salão Nobre da Câmara Municipal, iniciou-se uma série de Concertos patrocinado pelos Serviços Culturais da CMS.
Neste primeiro Concerto apresentou-se a pianista de Los Angeles, Rebecca Penneys.
.
29.11.1972
Homenagem
A Santa Casa da Misericórdia homenageou o seu médico com mais anos de serviço, o Sr. Dr. José de Sousa Fialho.
.
29.11.1972
Notário
Foi transferido para o lugar de notário do 2ºCartório, o Sr. Dr. Eugénio Eusébio Lopes Guerreiro.

24 fevereiro 2020

A pintura de Graça Lagrifa...

Em 19 de Janeiro de 2020, Graça Lagrifa escreveu:
"Abush, um jovem etíope que há anos serve de tema a inúmeros fotógrafos. Os olhos de um azul incrível, resultam de uma anomalia genética herdada da mãe, sem que a sua visão seja minimamente afectada. Foto de referência de Nancy Savage. 
Das muitas fotos que conhecia deste jovem, a desta fotógrafa foi a que mais me impressionou. Convido-vos a apreciarem o seu trabalho."

Abush

23 fevereiro 2020

Escrito no vento...

Escrito no vento…
In “Público”
03.05.2009
.
Claro que Saramago ganhou o Prémio Nobel, como vários "camaradas" que não valiam nada, e vendeu milhões de livros, como muita gente acéfala e feliz que não sabia, ou sabe, distinguir a mão esquerda da mão direita.
.
Vasco Pulido valente
1941-2020
historiador e ensaísta

22 fevereiro 2020

Chegou o Carnaval...

... que é um divertimento para toda a gente.
Os meus bisnetos que o digam...
.
A Luisinha... 
.
...e o Gonçalo.
Hoje é Sábado de Carnaval.
Haja Alegria!...

21 fevereiro 2020

Merece ser destacado...

Vasco Pulido Valente morreu esta sexta-feira no hospital em Lisboa onde estava internado. O escritor morreu aos 78 anos.
Foi historiador, escritor, ensaísta e comentador político e tinha um sentido de humor contundente que manifestava sempre nas suas Crónicas.
.
Vasco Pulido Valente
.
Vasco Pulido Valente, pseudónimo de Vasco Valente Correia Guedes, nasceu em Lisboa a 21 de Novembro de 1941. Aos 17 anos de idade passou a adoptar o nome pelo qual é mais conhecido e com o qual assina as suas obras. O historiador era neto paterno de Francisco Pulido Valente, figura que pode ter inspirado a escolha do pseudónimo.
Vasco Pulido Valente foi colunista do Público desde a sua fundação e colaborou com o Expresso, com o Diário de Notícias, com o Observador e com o Independente. Vasco Pulido Valente foi ainda comentador na TVI, da TSF e da Rádio Comercial.
É autor de obras como O poder e o povo: A revolução de 1910 (1976), O País das Maravilhas (1979), Estudos sobre a crise nacional (1980), Tentar perceber (1983), Às avessas (1990),Glória: biografia de J.C.Vieira de Castro (2001), ​Portugal: Ensaios de História e Política (2009), De Mal a Pior - Crónicas (1998-2015), O Fundo da Gaveta - Contra-Revolução e Radicalismo no Portugal Moderno (2018).
Vasco Pulido Valente foi também investigador e coordenador do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa (ICS-UL). Leccionou ainda na Universidade Católica, na Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa e no ISCTE/IUL – Instituto Universitário de Lisboa.
Vasco Pulido Valente envolveu-se várias vezes na actividade político-partidária. Em 1979, após a vitória da Aliança Democrática nas legislativas, Vasco Pulido Valente foi secretário de Estado da Cultura do Governo de Sá Carneiro.
Em 1985 integra o núcleo restrito da direcção do MASP (Movimento de Apoio de Soares à Presidência) que dirigiu a campanha para as eleições presidências de Mário Soares, em que este foi eleito Presidente da República. Dez anos depois, nas legislativas de 1995, foi eleito deputado como independente nas listas do PSD, então liderado por Fernando Nogueira. Saiu poucos meses depois.
Uma crónica de Vasco Pulido Valente no PÚBLICO, publicada a 31 de Agosto de 2014, sobre o estado do PS e intitulada "A Geringonça", viria a estar na origem da caracterização feita mais tarde por Paulo Portas sobre os acordos entre PS, Bloco de Esquerda e PCP, que viriam a sustentar a constituição do XXI Governo Constitucional. Anos antes, em 2016, Vasco Pulido Valente serviu de inspiração ao líder parlamentar do PS para caracterizar o PSD e o CDS, altura em que Carlos César utilizou a expressão “caranguejola”. A expressão foi o título de outro texto do historiador publicado no jornal "Público" em 31 de Maio de 2014.
Em 2017, parou de escrever por motivos de saúde, muito embora mantivesse nos últimos meses um Diário, que publicava aos domingos publicado aos sábados.
.
Que a Terra lhe seja leve

Que descanse em Paz

20 fevereiro 2020

Reuniões&Passeios...

24.Abril.1993
Em Setúbal...
no Restaurante "Conventual"
.
A Aurélia Rodrigues, com a Auta Quintas e a Helena Horta.

19 fevereiro 2020

Escrito na pedra...

Escrito na pedra…
In “Público”
09.02.2020
.
A indignação moral não é mais do que a inveja com uma auréola.
.
H.G.Wells
1866-1946
escritor britânico

18 fevereiro 2020

Setubalense - 1972 - Outubro

02.10.1972
INTP
O Dr. Almeida Santos é o novo delegado do Instituto Nacional do Trabalho
.
06.10.1972
Morreu ontem, no Sanatório do Outão, a Sr.ª D. Jorja Concepcion Lacasta y Frances Nascimento e Oliveira, de 83 anos, viúva. Era mãe do arquiteto José Luís Nascimento.

09.10.1972
Transportes públicos
Foi inaugurada a carreira urbana Praça da República – Avenida de Angola.
.
13.10.1972
A Câmara Municipal de Setúbal pertende fornecer água e luz, à Serra da Arrábida mas deparam-se-lhe obstáculos incontornáveis. (Num artigo do Dr. Vitor Nunes).
.
13.10.1972
Casamento
Na Quinta de Santo António das Galroas, realizou-se hoje o casamento da Sr.ª D. Maria Camila Seixas de Matos, aluna universitária da Faculdade de Letras… com o Sr. Fernando Manuel Alves Cardoso Ferreira, oficial miliciano.
.
09.10.1972
Falecimento
Faleceu ontem o Sr. Pedro António Macedo.
.
16.10.1972
Desporto
O Chefe do Distrito presidiu à cerimónia do encerramento dos II Jogos Juvenis de Setúbal.
.
20.10.1972
Cultura
Pelo Director do Museu de Setúbal, foi proposto à Câmara que nomeasse o Sr. Dr. José Carlos Núncio Sequeira Lopes como novo membro da Comissão de Estudo de Moedas Romanas, preenchendo assim a vaga que o recente falecimento do distinto numismata, Sr. Raúl Quintas, motivou. 
.
25.10.1972
Clube Naval Setubalense
O Eng. Luís da Fonseca ofereceu um barco “cartamaran”, ao Clube Naval Setubalense.

16 fevereiro 2020

Hoje há pintura...

François Gérard
1770/1837
.

Eros e Psique
Museu do Louvre

15 fevereiro 2020

Quero morrer em paz...

... Quem o diz é
Raquel Abecasis
num artigo publicado esta manhã
no jornal Público.
.
Raquel Abecasis
(Ex-Jornalista)

O pior que me podem fazer é quererem manter-me viva à força. Aviso já, não quero! Quero morrer sossegada quando tiver que ser e espero que não me andem a mudar de máquina em máquina e a fazer das tripas coração para me manterem a respirar e com batimento cardíaco.

Na morte, como no início da vida, não há modernices, as coisas são como têm que ser. Para uma coisa, como para outra, não vale a pena tentar fazer planos, “não sabemos o dia nem a hora”.

Sem saber como vai ser, espero que a minha morte seja assistida, por quem me pode ajudar e especialmente pelos meus, como recentemente aconteceu com a minha mãe, com todos os filhos e netos à volta, um desejo que desde sempre lhe ouvimos e que lhe foi concedido.

De acordo com as circunstâncias imprevisíveis que vierem a ditar o meu fim, deixo desde já uma lista do que não quero que aconteça:

1. Em caso de paragem cardíaca, não quero que me reanimem se não der resposta às primeiras tentativas e exceder o prazo razoável para que isso possa acontecer sem sequelas.

2. Se os meus órgãos começarem a falhar sem reconhecida margem para recuperação, não quero que me liguem a máquinas que os ponham a funcionar artificialmente.

3. Se os tratamentos deixarem de ter um efeito curativo, quero que o foco passe a ser em garantirem o meu bem-estar até ao fim e não em usarem o corpo vil desta paciente para procurarem resultados impossíveis.

4. Se, num acidente imprevisto, a minha morte estiver eminente, mas os meus órgãos estiverem em boas condições para ajudar outras vidas, aceito que me mantenham viva o tempo suficiente para poder, com a minha morte, salvar a vida de outra pessoa.

5. Não quero que me deixem sozinha a fazer tratamentos no hospital e, se me falharem os mais próximos, espero que haja na sociedade quem me possa dar a mão.

6. Não quero que olhem para mim de lado na rua ou no elevador só porque já estou velhinha, ando mais devagar e às vezes preciso de ajuda.

7. Vou detestar ter a sensação de que quem se cruza comigo tem o desejo secreto de que “vá desta para melhor”, para desocupar uma casa, deixar uma herança, ou simplesmente deixar de dar trabalho e gastar recursos.

8. Quero que me tratem com o mesmo amor e o mesmo respeito se vier a perder a minha identidade e mobilidade. Ninguém sabe o que está dentro das nossas cabeças e do nosso coração, seja o que for, o calor humano é vida e dá vida.

9. Se, por circunstâncias da vida, achar que estar viva deixou de fazer sentido, espero que os que estão à minha volta me dêem boas razões para me provar que estou enganada.

10. Não quero que me dêem comprimidos para me manterem viva à força, mas também não quero que mos facilitem caso venha a achar que já ando aqui a mais. Aliás, a mera possibilidade de me facilitarem a morte, caso esteja interessada, é um recado subliminar para tomar essa decisão quando a sociedade me fizer sentir que estou a mais.

Em resumo, o meu pedido é simples: quanto ao fim da minha vida, deixem as coisas acontecer com naturalidade e nada vos pesará na consciência. Quem morre assim, tem uma morte boa, já vi isso acontecer à minha volta, mas também já vi tentativas de prolongar a vida para lá do razoável e isso, para além de estúpido, não é natural.

A morte natural é portanto o princípio-chave, quando se fala do bem mais precioso que temos, exactamente porque não o dominamos. Abrir o precedente de querer dominar o destino da vida do outro é iniciar um caminho sem retorno e sem limites. Não é possível traçar uma linha divisória entre vidas que devem ser preservadas e outras que podem ser desperdiçadas. Quem o souber fazer, que atire a primeira pedra.

É por isto que sou contra a eutanásia. Para resolver os problemas de humanidade que se colocam no final da vida, bastam uma sociedade solidária e organizada e um testamento vital.  
.
NB - Raquel Abecasis foi candidata a deputada na Assembleia da República pelo CDS.
       Só por curiosidade indico também que é filha de Nuno Abecassis que foi Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, que fez parte, em 1975/76 do grupo que levou avante a criação das Associações de Pais nos Liceus e nas Escolas Secundárias  e que fez parte da famosa equipa de Voleibol do Instituto Superior Técnico, em 1954/56.

No meio de águas suaves...

... num poema a que
Pedro Homem de Mello
deu o título
Peixe vermelho
.
Pedro Homem de Mello
.
Peixe Vermelho

Nas águas, ricas em ouro velho,
Flutua certo peixe vemelho.
Vive no meio de águas suaves
Onde há furtivas imagens de aves.

E os olhos claros dos namorados
Na água se alongam esverdeados;

E a negra amora, com seu veludo,
Na água se alonga e tudo, tudo

Menos o peixe que vive, apenas.
No tanque de oiro de águas serenas.
.
Pedro Homem de Mello
in. "Segredo" - 1939

14 fevereiro 2020

São quadras, meu bem... são quadras!...

.

Se tu me deres duas asas

Vou da minha casa à tua

Pois as nossas duas casas
são portas da mesma rua.

13 fevereiro 2020

A pintura de Graça Lagrifa...

Em 19 de Janeiro de 2020, Graça Lagrifa escreveu:
"Foto de referência de Mou Aysha, uma fotógrafa que eu desconhecia até hoje, Achei o retrato lindo, mas queria saber a autoria do mesmo e depois de muita pesquisa acabei por encontrar. Aqui fica, com a pena de não ter conseguido transmitir melhor o que vi.
Pastel sobre Pastelmat Claire Fontaine, 30x40 cm."
.
Faces do Bangladesh 1
.
Graça Lagrifa já tem no seu curriculum algumas exposições individuais (escultura e carâmica) realizadas em Luanda, Cabo Verde (Mindelo e Sal), e Lisboa (na Antiga Casa de Macau), além de em Santiago do Cacém e Vila Nova de Santo André.
Tem esculturas e cerâmicas em colecções particulares nos Estados Unidos, Itália (Milão), em Paris, Mindelo, Bruxelas, Santiago de Compostela e em Portugal.

11 fevereiro 2020

Humor antigo...

in. "Histórias Francesas"
Ed.Vilhena - 1962
.
- Estou tão contente, papá!! Agora tenho a certeza de que 
não é só o meu dote que lhe interessa.

10 fevereiro 2020

Recordações...

Em Agosto de 1992
Setúbal

             GI

09 fevereiro 2020

Escrito na pedra...

In “Público"
09.02.2020
.
A indignação moral não é mais do que inveja com uma auréola.
.
H.G.Wells
1866 – 1946,

escritor britânico