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20 junho 2008

No Convento da Arrábida...

No dia 01.06.1977, a meio do "passeio de estudo" fizemos uma visita ao Convento...e uma Homenagem a Frei Martinho de Santa Maria.

A figura de Frei Martinho de Santa Maria a quem se atribui ter dito, ao chegar à Serra da Arrábida em 1539, que «se não estou no Céu, estou nos seus arrabaldes».


Frei Martinho "abençoa" a Leonor Cipriano, a Raquel Ventura e a Ana Francisca
que cumprem a tradição de dar uma "cusada" na esfera de pedra onde ele assenta os pés.

Vitor Vieira Augusto, Virgílio Severino (?) e António José Soares
dão a "cusada" da praxe no "mundo" onde Frei Martinho se equilibra... crucificado e com a boca fechada a cadeado...


Foi a vez da Lurdes Martinho e da Beatriz Barbosa de Matos
cumprirem a tradição... sob o olhar brejeiro de alguns colegas.


Mesmo com a boca trancada a cadeado e pregado numa cruz... o Santo parece sorrir! Desta vez são a Maria Amélia Bailador, a Marina Zaida Almeida e a Zita Fortuna que cumprem a tradição.

A Ana Paula Grandela e a Graça Agostinho dão a "rabada" na "bola" de pedra.
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A fundação de um convento na serra da Arrábida resultou de um encontro em fins de 1538 ou princípios de 1539 no Santuário de Nossa Senhora de Guadalupe, em Espanha, de D. João de Lencastre, 1º Duque de Aveiro, com Frei Martinho, um religioso castelhano da Ordem de S. Francisco, filho dos Condes de Santo Estevam del Puerto. O frade confessou-lhe que desejava fazer uma vida eremita, dedicada exclusivamente a Nossa Senhora, e o duque ofereceu-lhe a serra da Arrábida, onde, como já se referiu, existia uma ermida aberta ao culto em que se venerava a imagem conhecida por Nossa Senhora da Arrábida. Alcançada a 23 de janeiro de 1539 a licença necessária do Padre-Geral da Ordem Franciscana, Frei Martinho veio para Portugal na companhia do leigo Frei Martinho Navarro e instalou-se na Arrábida a 23 de Setembro do mesmo ano. o local parece ter impressionado tanto o religioso castelhano que o cronista Frei António da Piedade lhe atribui, na altura da chegada, a frase «se não estou no Céu, estou nos seus arrabaldes». Frei Martinho de Santa Maria, como pediu que lhe chamassem logo que se devotou a Nossa Senhora da Arrábida, iniciou uma vida baseada na pobreza e na humildade em que se inspirou o fundador da sua Ordem. Descalçou as sandálias, encurtou o hábito de modo a dar-lhe o mínimo de agasalho, cingiu-o com uma corda de esparto e cobriu-se com um capuz piramidal que se tornou característico dos frades arrábidos.

A descrição mais antiga deste mosteiro (o chamado Convento Novo) data de 1728 e deve-se a Frei António da Piedade.

"O Convento Novo está edificado na encosta da serra, do lado sul, com a frente para o mar, «a meio pendor de uma garganta que medeia a parte principal da serra, entre dois espigões alcantilados, num fantástico efeito de cenografia». É um convento rústico constituído por um agrupamento de pequenas celas, igrejas e outras dependências, alvejando por entre as árvores. À esquerda da porta de entrada do edifício do convento existe uma figura de mármore, de dez palmos de alto., firmada sobre uma esfera, representando Frei Martinho, com os braços em cruz, os olhos vendados, a boca e o peito fechados a cadeado e empunhando na mão direita uma tocha acesa e na esquerda as disciplinas e os cilícios. Na esfera há uma inscrição meio apagada, que lembra aos frades o alto exemplo do fundador do Convento e assinala que a sua construção foi efectuada em 1662 sob os auspícios do Duque D. Álvaro, 3º padroeiro desta Santa Província."

cfr. "azeitão.net"
............................Obrigado, Estrela do Mar...

1 comentário:

Estrela do Mar disse...

penso que o santo é frei Martinho e não frei Agostinho,