Páginas

23 novembro 2006

As Estátuas do Arlindo Rocha - 12.Jun.1971

Do jornal "Setubalense" :

"Foram hoje colocadas na fonte Luminosa, as três estátuas de decoração"
Aspecto geral do local onde decorreram os trabalhos

"Os srs. Drs. Manuel José Constantino de Goes e João José Matos respectivamente Presidente e Vice-Presidente da Câmara Municipal de Setúbal. bem como o Vereador sr.José Maria da Silva Belo e o sr.Manuel Batista Guerreiro Ataz, Vice-Presidente da Câmara de Palmela assistiram esta manhã à colocação de três estátuas na Fonte Luminosa."

Vendo a colocação das estátuas identificamos, da esquerda para a direita, as seguintes pessoas: Arquitecto José Luís Nascimento, Eng.António Augusto da Cruz, Manuel Guerreiro Ataz, Eduardo Fidalgo, Dr.Manuel José Constantino de Goes, Domingos Tavares Roque, jjmatos e Alberto Silva


"Trata-se de um magnífico trabalho do escultor Arlindo Rocha, do Porto, belamente executado pelo canteiro sr.Fernando Mendes Esteves, de Pero Pinheiro.
As estátuas representam a Terra, o Mar e a Poesia."

As Estátuas de Arlindo Rocha:

A Poesia

O Mar

A Terra
=
Arlindo Rocha, 1921 - 1999
Natural do Porto, formou-se em Escultura, no ESBAP, em 1945.
Em 1953, obteve uma bolsa do Instituto de Alta Cultura, para Itália e, em 1959, uma bolsa da BCG para o Egipto e a Grécia e visita os principais Museus da Europa.
Foi um dos membros do Grupo portuense "Independentes" (anos 40).
Foi premiado com uma medalha de prata na Exposição Universal de Bruxelas (1958), com o Prémio do Salão dos Novíssimos, de 1959.
Tem obras em espaços públicos - quartéis, escolas, palácios de justiça, jardins, etc., como por exemplo em Setúbal, Viseu e Porto.
Arlindo Rocha é considerado um pioneiro da escultura abstracta em Portugal, podendo considerar-se ao lado de Jorge Vieira e Fernando Fernandes no movimento que emancipou a escultura da sua vocaçãi estatuária. As peças "Mulher e Árvore", de 1948 e "Ciência", de 1961, esta de um abstraccionismo radical, são marcos fundamentais na escultura portuguesa do século passado.
A sua obra tendeu irremediavelmente para a geometrização absoluta. No entanto, nos últimos anos regressou a um figurativismo rígido, correspondendo a encomendas para locais públicos.

1 comentário:

Anónimo disse...

Excelente recordação fotográfica sobre a colocação das estátuas na Fonte do Centenário.
Fui hoje revisitá-la e já a encontrei a jorrar água como era seu mister.
Agora querem rebaptizá-la de Fonte das Ninfas, retirando-lhe do nome o evento que comemorava!
Ainda não a vi iluminada.
Relembrei o seu artigo com a devida vénia aqui:
http://sadoazul.blogspot.com/

Cumprimentos
Vítor Baião