O Beija-Flor
Colibri é o nome vulgar de uma pequena Ave da América do Sul, da Ordem dos Tenuirrostros e da Família das Troquilidas, que se alimenta do néctar das flores e apresenta plumagem de cores brilhantes e reflexos metálicos. Seu voo é muito rápido e é capaz de “voler sur place”. Também chamada Beija-Flor.
Estão suspensos num desejo
Teus olhos negros rasgados...
Fecho os meus olhos e vejo
Dois olhos apaixonados...
Um beijo aqui, ao de leve
Outro acolá, com Amor...
Fico parado no espaço
Como faz o beija-flor
Quando beija, o Colibri
Beija com tanto vigor
Que, envergonhada, eu já vi
A Rosa ficar sem cor...
Se um Colibri te pareço
E tu a Flor num jardim
Beijo a flor e bem mereço
Que me beijes só a mim...
O Beija-flor quando beija
Deixa a flor ruborizada
O tudo que se deseja
É um tudo... quase nada...
Gostaria de voar
Em “sur place”... p’ra te ver
Pairar no mesmo lugar
Ter-te à mão... e não te ter...
As tuas asas abertas
Ao vento, para voar...
Deixam, de sombras, cobertas
Minhas penas... a penar...
Se sinto o bem que me fazes
Sonho com a liberdade...
Só os sonhos são capazes
De mudar o que é verdade...
As asas do Beija-flor
Batem depressa demais
Tuas asas que não vejo
São mil abraços fatais...
Tu voas atrás do vento
Com vontade de o prender
Fechas a mão num momento
Mas nada fica p’ra ver...
Atrás de ti ando eu
Com vontade de te ter...
O vento corre no céu
Tu corres p’ra me não ver...
Para seres o que eu desejo
Dava-te um beijo primeiro...
P’ra te abraçar... outro beijo
E p’ra te ter... um terceiro!...
Alpedrinha/Agosto - 1997
1 comentário:
E pode saber-se o nome do autor dos versos ?
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