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03 abril 2009

Jeu de Paume...

O Absinto
Edgar Degas
1834-1917

O Absinto
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Também as duas personagens embrutecidas pelo álcool e representadas num dos seus quadros mais famosos – O Absinto – merecem a atenção psicológica de Degas. A observação da realidade quotidiana – tão desejada pelos amigos – arrasta-o das esferas da alta burguesia para o cosmos oposto dos deserdados, dos excluídos, dos últimos na escala social. Os olhos de Degas são desapiedados, quer ao fixarem a solitária imbecilidade da mulher, quer ao tratarem a atitude do homem, em que uma altivez quase provocante se confunde com um quê de amargo, de incerto, de precário.
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Cfr. Carlo Munari
In “Grandes Museus do Mundo”
Ed.Verbo – Setembro/1973

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