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11 abril 2009

Rumor...

Um poema de Eugénio de Andrade

Eugénio de Andrade
retratado por Luís Durdil
Rumor

Acorda-me
um rumor de ave.
Talvez seja tarde
a querer voar.

A levantar do chão
qualquer coisa que vive,
e é como um perdão
que não tive.

Talvez nada
Ou só um olhar
que na tarde fechada
é ave.

Mas não pode voar.

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