António Salvado
O convite:
O Presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco – Joaquim Morão,
o poeta António Salvado
e “Edições Caioxotim”
têm o prazer de convidar V.Exª para a apresentação do livro - álbum Odes, de António Salvado (prefácio de Paulo Samuel e pintura de Costa Camelo), que será feita pelo professor e poeta Alfredo Peréz Alencart, na Biblioteca de Castelo Branco no dia 17 de Abril de 2009, às 21 horas e 30 minutos.
Leitura de poemas pela professora doutora Maria de Lurdes Gouveia Barata.
Presumo que seja do recém falecido Costa Camelo a pintura que ilustra o Convite.
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Paulo Samuel, ensaísta e Director da Fundação Eugénio de Andrade, Pérez Alencar, poeta e professor na Universidade de Salamanca e a Professora Maria de Lurdes Barata procederão à apresentação do livro "Odes" do poeta albicastrense. Enquadrado na série "da palavra o fruto" da Caixotim, apresentam-se também no livro, pinturas do grande artista plástico Costa Camelo.
António Forte Salvado nasceu em Castelo Branco em 1936.
Licenciado em Letras dividiu a sua vida profissional entre o ensino e a museologia. Foi Director-Conservador do Museu Francisco Tavares Proença Jr. (Castelo Branco). É membro da Cátedra de Poética Fray Luís de Léon da Universidade de Salamanca. Foi um dos fundadores das Folhas de Poesia (Lisboa, 1957-59) e é elemento do Conselho Consultivo do "Gazeta do Interior" desde a sua fundação. Obteve várias distinções, em Portugal e no estrangeiro. Autor de mais de meia centena de títulos de poesia, tem ainda dispersa e vasta colaboração em antologias, revistas literárias e suplementos de jornais. As suas obras têm sido traduzidas para castelhano, francês, italiano e inglês.
António Salvado é um dos nomes referenciais da poesia portuguesa contemporânea.
De "A Flor e a Noite" de 1955 a "Essa Estória" de 2008 o poeta desenvolveu, em mais de meio século, uma apurada e constante oficina poética. Como diz, no prólogo, Paulo Samuel: "A poética de António Salvado — no fremir de quem possa ou queira atender aos sinais da alquimia dos sentidos — filigrana uma geografia sentimental que por um triz não plasma versos símiles de indícios de oiro, esmaltando como o moderno e luso aedo de Orpheu, na epiderme táctil do verso, o ígneo estigma do divino." E acrescenta «É do saber dos poetas que o ser humano adensa as teias que o destino tece... Volvê-las em fio de Ariadne é o propósito da filosofia e da arte poética.» Tudo o que faz António Salvado.
4 comentários:
Que estranho
Suponho que nem só o Reconquista (e não A Reconquista como erradamente se diz) tenha estado ausente. A sexta-feira foi um dia particularmente complicado a nível de agenda, com muitos trabalhos marcados para o período do fim da tarde e da noite. Alguns sobrepostos, como prova a nossa ausência.
Para quem está de fora pode ser estranho a ausência do Reconquista. Compreendo. Mas para mim não é estranho ter de jantar perto da meia-noite como ontem aconteceu devido a trabalhos que estavam marcados para a mesma hora da apresentação. Acontece muitas vezes...
Em relação à comparação com o futebol é pura demagogia. Basta ser leitor do jornal para perceber isso. O desporto tem o seu lugar como tem a cultura.
Não lamento a profissão que escolhi, mas também não posso ficar calado perante críticas injustas a quem tem de abdicar do descanso e da família para que outros possam ler o jornal às quintas-feiras. E penso que falo em nome dos meus colegas de outros órgãos de comunicação social.
Com os melhores cumprimentos
José Furtado
Reconquista
Não há mesmo maneira de alguns jóvens dos tempos que correm (e de serem jóvens não têm culpa)aprenderem a conter-se quando se sentem, justa ou injustamente,
atingidos no seu brio profissional ou na leitura que fazem do seu próprio CV.Li com atenção a tua publicação relativa ao António Salvado e achei-a a coisa mais normal do mundo:um amigo do poeta,
que se sente chateado porque o semanário Reconquista ( "a nossa" Reconquista)não deu o merecido destaque ao lançamento de um dos seus livros, vem dar público testemunho desse desconforto.Mas um
dos profissionais do jornal não gostou.Assiste-lhe o direito. Mas sem esquecer que, como parte interessada, deveria ter tido o cuidado de não ser juiz em causa própria.E FOI.Assim, além de prestar um mau serviço ao jornal (também eu não entendo o alheamento verificado,rectifico, entendo mas fica para melhor oportunidade uma intervenção sobre o assunto),acontece que as considerações emitidas a título pessoal são de uma infelicidade a toda a prova,e acabam por afectar a imagem que nós,público comprador e leitor de jornais,queremos a todo o custo fazer da classe dos jornalistas, dos quais dependemos, mais do que devido (talvez), para aguentar este tão instável equilíbrio social de
que a vertente cultural é apenas um dos aspectos mais importantes.
Aquela do jantar fora de horas é de antologia! Estará a julgar que é caso único? E que na sua profissão não vai ter que repetir o "feito" vezes sem conta, como aconteceu(e felizmente continua a acontecer)a tantos de nós?
Um abraço, e vai tendo paciência,que estes são, como digo à cabeça, "os tempos que correm".
Olímpio Mendes de Matos
O que a mim me deixou indignado foi a comparação com a questão do futebol. E devo dizer que nem sou apreciador da modalidade ou especialista na matéria, nem nada que se pareça.
Quanto ao facto de ser parte interessada, o meu comentário é revelador: sou claramente. Nem tenho pejo em esconder e por isso disse quem era e para quem trabalhava, para que não restem dúvidas. Tenho tanto direito em defender os meus amigos (do Reconquista ou não) como os autores das palavras de defender os seus.
Deixar passar em claro o comentário é que era prestar um mau serviço ao jornal, já que alguém ficaria com uma ideia errada do que é o trabalho dos jornalistas desta casa.
Também não julgo ser um mártir do meio e daí referir “penso que falo em nome dos meus colegas de outros órgãos de comunicação social”.
Com a resposta limitei-me a expor claramente a razão pela qual nem sempre é possível aos jornalistas estarem em todo o lado. O autor das palavras pode saber, mas aposto que há muita gente que ao ler o comentário fica a pensar o contrário.
E sei que os jantares tardios vão voltar certamente a acontecer. Dez anos de profissão são aliás reveladores em relação a esse aspecto.
O respeito pelos outros também não me parece que seja um valor indexado à data de nascimento, mas em todo o caso peço desculpa por ter 29 anos.
A minha resposta também me pareceu normal, embora admita que a palavra “demagogia” possa ter sido forte. A minha intenção não foi faltar ao respeito.
José Furtado
jose.furtado@reconquista.pt
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