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08 março 2011

Os limites da decência...

Foi no "Correio da Manhã" de ontem que, na secção "Sem rodeios", surgiu um texto a que o autor, Luís Marques Mendes, deu o título "O Actor".
Na composição da página, foi escolhido um "destaque" a encimar o artigo que se publica.
"O primeiro-ministro ultrapassou os limites da decência política,
revelou baixeza de comportamentos."
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Luís Marques Mendes

Marques Mendes afirma em dado momento, referindo-se a José Sócrates:
"Para este homem os princípios e as convicções não contam. Age apenas em função de oportunidades e conveniências. Diz e faz aquilo que em cada momento lhe convém ou lhe dá mais jeito, sem escrúpulos nem contemplações. Está a representar um papel, não a afirmar uma convicção. Foi o que sucedeu..."

E mais adiante podemos ler ainda: "O que o primeiro-ministro deveria assumir é que introduziu portagens nas Scut porque não há dinheiro para tudo e, não havendo auto-estradas grátis, elas devem ser pagas por quem as utiliza e não pelos impostos de quem não as usa. Se dissesse isto, afirmava a verdade e fazia pedagogia. Ao contrário, remetendo as culpas para o PSD, o primeiro-ministro não se limitou a fazer uma provocação e a faltar à verdade. Fez pior. Ultrapassou os limites da decência política, revelou baixeza de comportamento e precipitou-se num gesto da mais óbvia cobardia política.

"Um dia antes, o primeiro ministro afirmara que, se há portagens nas Scut do Interior, a culpa é do PSD que obrigou o governo a fazer o que este não queria."... Uma "tirada" de verdadeiro actor!
"Se o governo as não quisesse aplicar, não aplicava, independentemente da posição do PSD, porque ninguém pode substituir-se ao governo, decidir pelo governo ou decretar em nome do governo."acrescenta Luis Marques Mendes.

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