Ficou conhecido pelo público pelos trabalhos como locutor e jornalista, na rádio e na televisão e, ainda, como actor e escritor.
25 de Dezembro de 1920 - 22 de Março de 2011
Nasceu em 1920, e teve uma longa carreira na comunicação social, onde foi locutor de rádio, apresentador de televisão, jornalista e actor, em alguns filmes e peças de teatro. e televisão. Recordo a peça semanal na Tv, em 1956/57, "O senhor que se segue..." onde fazia o papel de um "barbeiro" sempre bem informado.
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Da sua carreira - uns expressivos 72 anos - Artur Agostinho fez «milhentas reportagens» no âmbito do futebol e não só.
Dos momentos mais significativos da sua carreira, destaque para a cobertura do Mundial de 66, onde Eusébio foi a estrela da equipa portuguesa. É reconhecido como um dos mais destacados relatores de jogos de futebol.
Antes dessa data, ainda na década de 50, (1955?) fui ver um desafio internacional importante ao Estádio Nacional, no Vale do Jamor... Um desafio inesquecível em que intervieram como adversários o Honved, uma equipa fabulosa da Hungria onde jogavam os "fabulosos" Puskas, Cocsis, Czibor e a equipa do Sporting... Toda equipa magiar "aproveitou" esta digressão pela Europa para pedirem asilo político e deixarem de vez aquele país comunista onde não se conhecia a palavra "liberdade".
Artur Agostinho atrasou-se!... Mas "remendou" de imediato aquele deslize! "Com um pontapé longo, Carlos Gomes coloca o "esférico" nos pés de Travassos que avança com perigo, em direcção à balisa magiar..."
São muitos os momentos importantes da história onde esteve presente, como o foram três Jogos Olímpicos - Helsíquia, Roma e Tóquio. Na Emissora Nacional fez a cobertura da visita oficial de Isabel II a Portugal - em 1957. Fora do desporto, também foi o enviado-especial da rádio ao terramoto de Agadir, 1960, em Marrocos.
Na televisão obteve a fama com o programa «Quem sabe sabe» na década de 60. Participou também em programas como «O Senhor que se Segue» (1956/57), «No Tempo Em Que Você Nasceu» e «Curto-Circuito», bem como, ainda recentemente, em várias séries e telenovelas. «Clube das Chaves», «Ana e os Sete», «Inspector Max», «Pai à Força»e «Perfeito Coração» são alguns exemplos.
No cinema, estreou-se em 1946 com «Cais do Sodré», uma experiência que gostou e o fez, nos anos seguintes, apostar também no grande ecrã. A lista é longa: «O Leão da Estrela» (1947, um clássico com o célebre António Silva), «Capas Negras», estreado em Castelo Branco em1947, (um filme com Amália Rodrigues que foi o maior recorde de bilheteira até à época), «Cantiga da Rua» (1950), «Sonhar é Fácil» (1951), «O Tarzan do 5.º Esquerdo» (1958), «Dois Dias no Paraíso» (1958), «O Testamento do Senhor Napumoceno» (1997), «A Sombra dos Abutres» (1998) e «Perfeito Coração» (2009).
Foi director do «Record» entre 1963 e 1974, jornal onde regressou como comentador em 2005. Sportinguista sempre de leão ao peito teve também passagem pela direcção do jornal do Clube.
Nota: Em Março de 1973 era proprietário de uma empresa (em sociedade com Augusto Cabrita e o João Alberto Ferreira da Silva) que se apresentou a concurso que tinha por fim a entrega de um projecto para tratar dos lixos e das limpezas urbanas, na nossa cidade de Setúbal. Como é óbvio, não teve seguimento... O projecto morreu à nascença...
Era um Homem notável!... Isso mesmo com H grande.
Que descanse em Paz...
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