
António Fernando Salgado Soares

António Fernando Salgado Soares
Don Flowers
António Bagão Félix, Economista
Francisco Dias Agudo entre o Prof.Vieira de Almeida
e o Dr.Alexandre de Almeida Garrett, em 05.05.1956
.Conheci, em 1962/64, o professor Rómulo de Carvalho autor deste texto, às aulas de quem assisti, como estagiário, naqueles dois anos lectivos que passei no Liceu Normal de Pedro Nunes e o reitor Dias Agudo por quem tínhamos o maior respeito pela sua competência e verticalidade. Francisco Dias Agudo também foi aluno do Liceu Nacional de Nun'Álvares, em Castelo Branco.
Voltaremos a esta obra de Rómulo de Carvalho pondo em destaque alguns acontecimentos por ele descritos e que foram meus contemporâneos.

Nasceu em 1920, e teve uma longa carreira na comunicação social, onde foi locutor de rádio, apresentador de televisão, jornalista e actor, em alguns filmes e peças de teatro. e televisão. Recordo a peça semanal na Tv, em 1956/57, "O senhor que se segue..." onde fazia o papel de um "barbeiro" sempre bem informado.
Antes dessa data, ainda na década de 50, (1955?) fui ver um desafio internacional importante ao Estádio Nacional, no Vale do Jamor... Um desafio inesquecível em que intervieram como adversários o Honved, uma equipa fabulosa da Hungria onde jogavam os "fabulosos" Puskas, Cocsis, Czibor e a equipa do Sporting... Toda equipa magiar "aproveitou" esta digressão pela Europa para pedirem asilo político e deixarem de vez aquele país comunista onde não se conhecia a palavra "liberdade".
Artur Agostinho atrasou-se!... Mas "remendou" de imediato aquele deslize! "Com um pontapé longo, Carlos Gomes coloca o "esférico" nos pés de Travassos que avança com perigo, em direcção à balisa magiar..."
São muitos os momentos importantes da história onde esteve presente, como o foram três Jogos Olímpicos - Helsíquia, Roma e Tóquio. Na Emissora Nacional fez a cobertura da visita oficial de Isabel II a Portugal - em 1957. Fora do desporto, também foi o enviado-especial da rádio ao terramoto de Agadir, 1960, em Marrocos.
Na televisão obteve a fama com o programa «Quem sabe sabe» na década de 60. Participou também em programas como «O Senhor que se Segue» (1956/57), «No Tempo Em Que Você Nasceu» e «Curto-Circuito», bem como, ainda recentemente, em várias séries e telenovelas. «Clube das Chaves», «Ana e os Sete», «Inspector Max», «Pai à Força»e «Perfeito Coração» são alguns exemplos.
No cinema, estreou-se em 1946 com «Cais do Sodré», uma experiência que gostou e o fez, nos anos seguintes, apostar também no grande ecrã. A lista é longa: «O Leão da Estrela» (1947, um clássico com o célebre António Silva), «Capas Negras», estreado em Castelo Branco em1947, (um filme com Amália Rodrigues que foi o maior recorde de bilheteira até à época), «Cantiga da Rua» (1950), «Sonhar é Fácil» (1951), «O Tarzan do 5.º Esquerdo» (1958), «Dois Dias no Paraíso» (1958), «O Testamento do Senhor Napumoceno» (1997), «A Sombra dos Abutres» (1998) e «Perfeito Coração» (2009).
Foi director do «Record» entre 1963 e 1974, jornal onde regressou como comentador em 2005. Sportinguista sempre de leão ao peito teve também passagem pela direcção do jornal do Clube.
Nota: Em Março de 1973 era proprietário de uma empresa (em sociedade com Augusto Cabrita e o João Alberto Ferreira da Silva) que se apresentou a concurso que tinha por fim a entrega de um projecto para tratar dos lixos e das limpezas urbanas, na nossa cidade de Setúbal. Como é óbvio, não teve seguimento... O projecto morreu à nascença...
Era um Homem notável!... Isso mesmo com H grande.
Que descanse em Paz...
7 de Maio de 2010 - Aquando da reunião do Eurogrupo, o primeiro-ministro admitiu adiar as grandes obras públicas, para reduzir o défice, "com excepção das que já tiverem sido adjudicadas". Surgem apelos ao primeiro-ministro para que não assine o contrato de concessão do troço Poceirão-Caia, do TGV.
José Luís Seixas
Ouvir falar da ameaça da instabilidade politica, merece uma sonora gargalhada.
O País está de rastos. Prostrado. Em coma, sem norte, nem estratégia, nem destino. As empresas não dispõem nem de liquidez nem de crédito. Os bancos não têm dinheiro. Os trabalhadores não têm trabalho. as finanças públicas estão penhoradas, à mercê de credores que exigem juros usurários para pagamento de outros juros igualmente usurários. Cortam-se salários, congelam-se pensões, aumentam-se os impostos, impõe-se administrativamente a redução do consumo, fataliza-se a economia real. As famílias vivem um estado de inquietação e ansiedade sem precedentes.
Todos ignoramos o que nos espera. Todos tememos o que nos espera.. Soubemos que andaram por aí uns senhores do Banco Central Europeu e da Comissão Europeia. Terão descoberto um “buraco orçamental” que carecia de remendo. Ou seja, o Governo enganara-se nos pressupostos (ou, a bem dizer, martelara as contas).Eis a origem do PEC IV. Omitido ao PR, ao Parlamento, aos portugueses e, coisa nunca vista, ao próprio Governo que o aprovou à posteriori. No meio de tudo isto haverá algum português que considere importante assegurar esta estabilidade politica? Ignorará o Primeiro-Ministro, na sua ilusão quase paranóica de que é um predestinado, que o País o quer ver partir para lugar longínquo, na companhia da sua corte? Espera o quê para se demitir? O despacho de Belém? A censura parlamentar? Ou a violência na rua?
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José Luis Seixas nasceu em Coimbra, em 1959.
É licenciado em Direito em 1983, pela Faculdade de Direito de Lisboa da Universidade Católica Portuguesa . É pós-graduado em Direito do Trabalho pela Faculdade de Direito da Universidade Católica Portuguesa de Lisboa
Está inscrito na Ordem dos Advogados desde 1985
Orientou vários cursos de formação na área do Direito Bancário, Contratos e Garantias e Recuperação de Crédito destinados a quadros e gerentes bancários
Leccionou a disciplina de Direito Administrativo e Ciência da Administração no Curso de Formação Profissional da Câmara de Solicitadores
Tem artigos publicados sobre temas de direito bancário, administrativo, do trabalho e do desporto em revistas de especialidade e no Boletim da Ordem dos Advogados
Foi deputado à Assembleia da República, Presidente da Assembleia Municipal de Bragança e Vereador da Câmara Municipal de Lisboa e Vice-Presidente do Comité de Bem Estar Social do movimento Eurocidades
Foi consultor da Casa Civil do Presidente da República
Foi condecorado como Grande Oficial da Ordem do Infante D. Henrique
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...não é um "tipo" qualquer quem escreveu este artigo!...
Maria Filomena Mónica