A ameaça de um grupo de alunos a uma professora da Escola do Cerco, no Porto, com uma pistola falsa, segue-se a outros seis casos de ameaças com armas, registados no ano lectivo de 2007/2008. Fontes policiais destacam ainda os episódios em que as ameaças se concretizam
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"E é preciso ter a noção que muito casos são abafados pelas escolas, que tentam apresentar números de sucesso e preferem não atacar os problemas de frente", conta uma outra fonte policial contactada pelo DN.
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"Muitas das situações são relatadas às autoridades apenas por interposta pessoa, ou então quando surgem na internet ou na comunicação social, o que torna muito difícil o nosso trabalho", continua.
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João Grancho, presidente da Associação Nacional de Professores, também critica a postura das entidades que desvalorizam incidentes como o ocorrido na escola do Cerco, onde um grupo de alunos ameaçou a professora com uma pistola falsa.
"Aligeirar os problemas não é a melhor solução. Temos isso sim de pensar que escola queremos e que comportamento queremos na sala de aula", alerta o professor, comentando as declarações da directora da Direcção Regional de Educação do Norte, Margarida Moreira, que qualificou o caso do Cerco como uma "brincadeira de mau gosto".
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O Procurador Geral da República (PGR) parece não partilhar da posição do Governo e ordenou a abertura de uma investigação ao caso do Cerco por parte do Ministério Público. Pinto Monteiro prometeu ainda remeter o caso para o Tribunal de Menores.
Já em Abril deste ano, o PGR mostrou-se preocupado com o facto de crianças de seis anos levarem armas de fogo para as escolas.
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DN On line
27 12 2008
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