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24 dezembro 2008

Alte Pinakothek - Munique

A vaidade terrena
Ticiano Vecellio
1477 – 1576

A vaidade terrena

Com nove anos de idade Ticiano muda-se, com o irmão, para Veneza, a fim de aprender a arte da pintura, e trabalhou nas oficinas de Sabastião Zuccato, Gentili Bellini e Giovanni Bellini. Foi colaborador de Giorgione, que era quase da mesma idade e, depois da morte deste, em 1510, terminou algumas das suas obras incompletas, nas quais o contributo dos dois artistas dificilmente se pode distinguir. Ticiano trabalhou em Veneza, em Pádua, em Ferrara e em Roma, para a corte de Mântua, de Urbino e, sobretudo, para Carlos V e Filipe II, seus comitentes reais, a pedido dos quais foi duas vezes a Augsburgo. Ticiano, célebre em vida, viria depois a exercer, até ao século XIX, uma influência determinante sobre muitos grandes mestres.
Uma figura de mulher vestida sumptuosamente, mas sem referências precisas ao momento histórico, segura à sua frente um espelho voltado para o observador. No espelho reflecte-se uma natureza morta em que estão presentes todos os símbolos da vaidade: moedas, bolsas, jóias. No entanto, a natureza morta no espelho foi acrescentada no século XVII: portanto, é provável que originariamente não se tratasse de uma alegoria da vaidade, mas de uma personificação da Prudência ou da Sabedoria que eram tradicionalmente representadas com um espelho, símbolo da consciência.

Cfr. Hermann Bauer
In “Grandes Museus do Mundo
Ed.Verbo – Setembro/1973

1 comentário:

Anónimo disse...

Parabéns pelo blog, adorei a viagem!