Henri Fantin-Latour
1836 – 1904
Homenagem a Delacroix
Delacroix é o nome tutelar das novas gerações pós-românticas: um pioneiro e um profeta, Os impressionistas, muito em especial, compreendem plenamente o valor e o significado da sua mensagem; em certos trechos da pintura de Deacroix -- em certos escorços grandiosos en plein air, as reverberações luminosas, ora delicadas e esbatidas, ora relampejantes e coléricas como labaredas frementes, na sua procura em torno das cores complementares -- reconhecem até as premissas da sua própria pintura. Acima de tudo, a lição de Delacroix permanece como uma lição de liberdade criadora, porquanto, mais do que qualquer outro, ele soubera ser ousado, infringindo os anteriores esquemas de representação.
Este quadro de Henri Fantin-Latour, executado em 1864 e exposto no Salon do mesmo ano, reveste-se, pois, de um valor simbólico, indicando abertamente uma orientação de gosto e simultaneamente uma simpatia humana: constitui uma “homenagem” diferente e comovida ao mestre, falecido um ano antes, quando a poética impressionista começava a delinear-se, por acenos ainda vagos mas altamente significativos. Charles Baudelaire, exegeta e admirador apaixonado de Delacroix, está retratado à direita, sentado. Também Fantin-Latour, nessa época, no debate para a renovação das artes.
Cfr. Carlo Munari
In “Grandes Museus do Mundo”
Ed.Verbo – Setembro/1973
Delacroix é o nome tutelar das novas gerações pós-românticas: um pioneiro e um profeta, Os impressionistas, muito em especial, compreendem plenamente o valor e o significado da sua mensagem; em certos trechos da pintura de Deacroix -- em certos escorços grandiosos en plein air, as reverberações luminosas, ora delicadas e esbatidas, ora relampejantes e coléricas como labaredas frementes, na sua procura em torno das cores complementares -- reconhecem até as premissas da sua própria pintura. Acima de tudo, a lição de Delacroix permanece como uma lição de liberdade criadora, porquanto, mais do que qualquer outro, ele soubera ser ousado, infringindo os anteriores esquemas de representação.
Este quadro de Henri Fantin-Latour, executado em 1864 e exposto no Salon do mesmo ano, reveste-se, pois, de um valor simbólico, indicando abertamente uma orientação de gosto e simultaneamente uma simpatia humana: constitui uma “homenagem” diferente e comovida ao mestre, falecido um ano antes, quando a poética impressionista começava a delinear-se, por acenos ainda vagos mas altamente significativos. Charles Baudelaire, exegeta e admirador apaixonado de Delacroix, está retratado à direita, sentado. Também Fantin-Latour, nessa época, no debate para a renovação das artes.
Cfr. Carlo Munari
In “Grandes Museus do Mundo”
Ed.Verbo – Setembro/1973
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