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05 março 2008

Quem morava em Castelo Branco...

Na década de 40, quem morava na rua dos Ferreiros?...
É aqui que começa a rua dos Ferreiros, se entrarmos pelo lado do Parque (norte)

A rua dos Ferreiros inicia-se, a norte, próximo do largo de S. João, no ponto de convergência das ruas Bartolomeu da Costa, das Olarias e da rua d’Ega.

É aqui que tem início a rua dos Ferreiros se entrarmos pelo lado do Parque (norte)
A casa que vemos em primeiro plano (onde morava o Dr. Pinto Castelo Branco) ainda pertence à rua Bartolomeu da Costa.
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Um pouco mais à frente, fazendo esquina com a rua d’Ega…
no nº 101 – 1ºandar, residia a família do Sr. Blasco
no nº 101 – r/c, onde hoje existe (?) um Restaurante, existia então uma mercearia de que o mesmo Sr. Blasco era proprietário.
O filho Rui Nunes Blasco, (desculpa lá o Chico... Rui!), estudou no Liceu e fez parte de um grupo de estudantes que deixaram um rasto de boa disposição na nossa cidade e era conhecido, entre os mais novos, pela “Malta da Garrafinha” … Nunca vi a garrafinha! Não sei o que lá tinha dentro… Provavelmente água! Água potável… Ainda não havia águas engarrafadas. Só “pirolitos” que eram feitos na “Castraleuca”… ali, onde é hoje a Praça das Tílias.

À esquerda, o Rui Blasco com o António Amaral, o Pereira Monteiro e o Alexandre Pais do Amaral. Não me lembro se todos pertenciam à "malta da garrafinha"... Esta fotografia foi obtida em 7 de Junho de 1991, no Pátio do Liceu Velho, numa Romagem de Saudade.
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Quase em frente do Sr.Blasco,
no nº101, 1º e 2º andares, viveu durante alguns anos o Dr. Lobato de Faria, que foi meu professor de Inglês no Liceu. Era pai do saudoso Amigo António Sarmento Lobato de Faria que, anos mais tarde, viria a ser Professor do I.S. Técnico e que, em Castelo Branco, terminou o 7º Ano, em Julho de 1950.

Mesmo no enfiamento da rua d'Ega, a casa do Dr.Lobato de Faria tal como se apresentava há poucos meses, em 2 de Novembro de 2007

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Em 16 de Junho de 1979, num Jantar de Romagem, o Toni Lobato de Faria faz um brinde, enquadrado pelo Olímpio Mendes de Matos e pelo António Lopes Dias.

No 1º andar do nº93, vivia a família da nossa colega Guilhermina Pissarra Abreu que terminou o 7ºAno em 1952.

Maria Guilhermina Pissarra Abreu

.No outro lado da rua, mesmo em frente da Guilhermina, em casa da Avó, morou também o Gen. Joaquim Chito Rodrigues enquanto frequentou o 6º e o 7º anos do licei. Agora tenho a certeza… (O General Joaquim Chito Rodrigues teve a amabilidade de me avivar a memória já depois da "primeira edição" deste "post" ter sido publicada. Fica agora rectificado e mais próximo da verdade... Obrigado, Chito amigo!)

O Gen.Joaquim Chito Rodrigues muito atento à palavra do Cor.Joaquim Rapoula, num almoço nos "Paços" da família Rodrigues de Lima, próximo do Monte de São Martinho, durante a Romagem de Saudade de 1999 (em 5 de Junho)

.No rés-do-chão, do nº73, era a Adega do 1º de Maio de que era proprietário (e creio que fundador) o "Manel do 1º de Maio", um rapaz acabado de fazer a tropa e que pegou de namoro (e veio a casar) com a Eulália, filha do nosso “Vizinho António”, sapateiro que morava, paredes meias connosco, na rua das Constituintes (hoje, de novo, rua dos Peleteiros.)

A Eulália está à esquerda nesta foto de finais de 1935

No 1ºAndar do nº71, era a sede do Sport Benfica e Castelo Branco que ocupava todo o piso por cima da Adega e por cima da Papelaria do Sr. Feijão e da Tipografia onde se imprimia o Jornal “Beira Baixa”.
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No rés-do-chão do nº 65 - 69, ainda no mesmo prédio que fazia esquina com a rua das Constituintes, situava-se, no início dos anos 40, a Tipografia a que já, noutra altura, fiz uma breve referência.
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Fazendo esquina com a rua dos Ferreiros, mas desenvolvendo-se já na rua Postiguinho de Valadares, situava-se uma Instituição que marcou a juventude albicastrense. Era o ISA, o Instituto de Santo António, onde estudaram milhares de alunos da cidade sob a orientação de muitos e bons Professores como o Dr. Vitor Santos Pinto (pai do Padre Feytor Pinto), o Dr. Palmeiro, o Dr. Nunes da Cruz (pai do Zeca Cruz que foi o último Presidente do Supremo Tribunal de Justiça) e tantos outros.
Hoje o que lá está a ocupar aquele “espaço histórico” é apenas isto:


Foto obtida em 2 de Novembro de 2007


Continuando em Direcção à Praça Velha:
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A nossa colega Otília Bispo Robalo Pereira morava no 1º andar de numa casa (nº?) logo a seguir à rua das Constituintes e, no outro lado da rua, no rés-do-chão com os números 26 e 28, havia uma Oficina de Encadernação.
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No 1º andar do nº20, viveu o Dr. Adelino Cordeiro, meu professor de Francês no Liceu, e pai de dois rapazes, o mais velho dos quais, António José de Amorim Robalo Cordeiro, foi um brilhante aluno quer no Liceu de Castelo Branco quer na Faculdade de Medicina em Coimbra onde se licenciou, doutorou e é Catedrático jubilado.

Na casa onde viveu o Dr.Cordeiro já tinha vivido uns anos antes outro Homem de cujo nome se devem orgulhar todos os albicastrenses: o Prof.Vieira de Almeida.

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O Dr.Cordeiro em primeiro plano, à esquerda, ao lado do Dr.José Oliveira. De pé reconhecemos os Drs.João Sena Esteves, João Bernardino, Antero Caroça e Joaquim Lopes Dias. Apenas me "safei" do Dr.Oliveira e do Dr.Bernardino... A partir de 1945, todos os outros foram meus "mestres". Creio ser de 1932, a data desta foto.

O filho mais novo, Adelino de Amorim Robalo Cordeiro, licenciou-se em Direito e ficou famoso em Castelo Branco pela sua habilidade para o desenho de caricatura, tendo prestigiado, com o seu "dom", muitos dos Livros de Curso que então mostravam os alunos finalistas.


Este é o Adelino, o filho mais novo do Dr.Cordeiro. Seguiu a carreira da Magistratura e era um "expert" na "arte da caricatura".


.No nº16, 1º e 2º andares, vivia com a Mãe, a D.Maria Celeste Dias que era explicadora e foi minha professora primária e de muita e boa gente que ainda por cá anda… Era uma casa pequena e nós tínhamos as aulas no 1ºandar, à volta de uma mesa que ocupava quase todo o espaço… Tenho pena de não possuir nenhuma fotografia daquela nossa professora, natural de Cardigos; mas tenho ainda a fotografia de um belo grupo dos seus alunos...

A janela com a persiana semi aberta era da sala onde tínhamos as aulas.
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Um grupo de alunos em 1942

Em 1ºplano, o Pedro Paiva Pessoa (já falecido), a Branca Vidal e o Luis Marçal Grilo. Na fila a seguir, o meu irmão Olímpio, o Malé Pinto Cardoso, o Vasco Almeida Esteves e o Tó Zé Cardoso (falecido há 15 dias); mais atrás, o Carlos Moura Pinheiro, a Lurdes Valente, a Lurdes Paisana, o Manuel Grilo e Maria do Carmo Cardoso. (Foto de 1942)

. No ano seguinte, em primeiro plano o Carlos Góis, o Jorge Calrão, o jjmatos, o Olímpio Matos; de pé, o Domingos dos Santos Barata, o Malé Pinto Cardoso e o Constantino Ribeiro Vaz.

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No nº2, no 1º e 2º andares, praticamente já na Praça Velha, viveu, durante muito tempo, o sr.Morão que tinha uma ourivesaria no Largo da Sé e trabalhava com o irmão Alberto, um homem baixote que lhe sobreviveu bastante tempo, e que eu não me lembro de ter visto alguma vez mal disposto! Jogava muito bem o bilhar...
Recordo bem a D. Carolina Morão e a filha Raquel, que era a mais velha das duas que tinham.
Uns anos mais tarde. o prédio onde viviam transformou-se num Lar Feminino da Mocidade Portuguesa onde se fizeram algumas serenatas inesquecíveis.

Para a casa do Sr. Morão, que anos mais tarde foi transformada num Lar da Mocidade, entrava-se pela porta com o nº2, logo a seguir ao portão verde que era da Mercearia do Sr.João Rosa.
. A Casa da família do Henrique Tavares é a primeira à esquerda mas já tem entrada pela Praça Velha.

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