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07 março 2008

A Polícia foi às Escolas...

"Polícia foi às escolas pedir dados sobre manifestantes"
07.03.2008,
By "Natália Faria e Alexandra Barata"
Hoje, no "Público".

"Professores indignados com "manobra de intimidação".

PSP sustenta que apenas quis garantir segurança dos manifestantes".

..........."Eles são nossos Amigos!..."

Façam o favor de compar com o que se passou, há uns tempos, quando dois agentes à paisana "quiseram ajudar" uma concentração de professores, na Covilhã.
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A PSP visitou anteontem várias escolas do país perguntando quantos professores iriam aderir à manifestação de amanhã. A acção indignou os professores, que viram nisto "uma manobra de intimidação e pressão sobre a classe docente".

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Ontem, ao início da noite, a PSP sustentou que quis apenas "garantir a segurança dos manifestantes" e, pouco tempo depois, o próprio Rui Pereira anunciava a abertura de um processo de averiguações.

.......... "Eles são nossos Amigos!..."

"Achei estranhíssimo e não percebemos de que modo as informações recolhidas na escola podem servir para a PSP se organizar em matéria de segurança", indignou-se uma docente da Escola Clara de Resende, no Porto, que, na quarta-feira, foi "visitada" por um agente da PSP.
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No mesmo dia, em Ourém, dois agentes foram também à Escola Secundária de Ourém e à EB 2,3 D. Afonso IV. "Queriam saber quantas camionetas iam a Lisboa. Deram a desculpa que era para orientar o trânsito. É evidente que era para nos intimidar. Há muitas formas de matar coelhos", reagiu um dos professores.
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"Vejo nisto uma manobra de intimidação sobre a classe docente e um total desrespeito pela liberdade de expressão", lamentou outra docente.

"A visita da polícia teve um carácter intimidatório", corroborou outro, dando conta de uma "atitude generalizada de indignação". Nenhum se quis identificar. Em Ourém, os agentes justificaram-se com indicações da direcção nacional da PSP.

Curiosamente, o oficial de relações públicas do Comando Distrital da PSP de Santarém, desmentiu ter sido dada qualquer ordem nesse sentido.
e disse:
"Até parece que estou no 24 de Abril de 1974. Não passaria pela cabeça de ninguém com bom senso dar esse tipo de orientação. Este tipo de atitude não é admissível num Estado de Direito", afirmou Jorge Soares, admitindo a hipótese de ser instaurado um processo de averiguações. "O comando não se identifica com este tipo de comportamentos vergonhosos e que só revelam falta de profissionalismo."
Questionada pelo PÚBLICO, a direcção nacional da PSP confirmou que "foi solicitado a todos os comandos da PSP que obtivessem dados relacionados com o número estimado de pessoas a deslocar-se à cidade de Lisboa, o número de autocarros envolvidos no seu transporte e horários previstos de chegada". Frisou, porém, que "a recolha de dados era apenas e somente para garantir a segurança dos manifestantes e facilitar a liberdade de circulação de pessoas e viaturas".

............."""Eles são nossos Amigos!..."

Indignado, um dirigente da Fenprof, exigiu ao Ministério da Administração Interna "a instauração de um processo de averiguações e punição dos responsáveis".
"A situação é grave e deve ser punida exemplarmente", defendeu.No debate que se seguiu à entrevista de Maria de Lurdes Rodrigues à RTP, o ministro da Administração Interna, Rui Pereira, confirmou a recolha de dados por parte da PSP. "Para garantir a segurança e a ordem públicas." Mas garantiu que o Governo não deu qualquer orientação no sentido de serem identificados professores, ou sequer "para ser restringido o direito à manifestação".

De resto, Rui Pereira garantiu que, logo que confrontado com as suspeitas de comportamento abusivo por parte de agentes da PSP, pediu a abertura de um processo de averiguações à Inspecção-Geral da Administração Interna para perceber "se foram violados direitos".

...............O Sr. Ministro quer perceber...

Já repararam?!... Num pedacinho de texto, quantas "contradições" não detectámos entre as afirmações dos "taratas" que têm de obedecer e as dos "comandantes" que têm de mandar...

Oxalá as coisas corram bem amanhã! É de esperar tudo por parte de quem já não tem salvação possível perante a evidência.

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