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20 novembro 2009

Um dia em Oleiros...

O nosso encontro com o primo Augusto de Matos fez-se no Jardim da Devesa, ali mesmo junto do Posto de Turismo de Oleiros. Chovia bem quando tal aconteceu...
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O Posto de Turismo de Oleiros e o Ciberespaço.
(numa foto de Pedro Miguel Fernandes)

É no piso térreo deste bonito edifício que está instalado o Posto de Turismo de Oleiros. No piso superior existe um Ciberespaço muito bem equipado. São magníficas as instalações de ambos os Serviços.

A chuva não era boa companheira... por isso nos abrigámos no interior daquele moderno edifício. Claro que não foi só pela chuva... Eu sabia que iríamos ali encontrar a nossa "prima mais nova", a Inês Martins, que há algumas semanas "conheci" através da Internet e deste blog... Ela mostrou ser uma excelente profissional naquele departamento da Câmara de Oleiros, sabedora, simpática, dotada de um poder de comunicação que raramente se vê e, "ainda por cima" minha prima... Os primos dos meus primos... meus primos são! Uma "preciosidade" que merece, muito bem, o lugar que ali ocupa.

A Engª Inês Martins é licenciada pela Universidade de Évora.

No interior do Posto de Turismo assistimos a um pequeno filme que nos mostrou, em alguns minutos, as potencialidades do concelho de Oleiros quer no aspecto turístico quer no que respeita às indústrias ali “residentes”, à Cultura, à Gastronomia, ao Artesanato… A população do concelho vive dos recursos da agricultura e da floresta, mas aproveitando os recursos endógenos da região, verifica-se agora uma forte aposta na área do Turismo.
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Medronhos e castanhas... em exposição.

“Devido à abundância do medronheiro na região, existe uma larga tradição na produção de aguardente de medronho ou “medronheira”, como é popularmente designada, dando uso aos alambiques que existem espalhados por todo o concelho”

Augusto de Matos consultando livros com interesse.

Em estantes próprias, estavam à disposição dos visitantes alguns livros, revistas e jornais com assuntos sobre a região e suas actividades. Alguns deles foram-nos gentilmente oferecidos. Um dos livros, com fotografias de Pedro Miguel Fernandes, tem um valor acrescido pelo seu conteúdo fotográfico e pela sua bela apresentação.

Depois de uma "visita guiada" em que o Augusto de Matos nos mostrou, entre outras coisas, a Estalagem de Santa Margarida (cujo adiantamento das obras me dá esperança de ainda ali poder ir à "estreia"), o Parque de Campismo, a Praia Fluvial no Açude Pinto, o Cristo Rei e a Capela em cima da qual a imagem do Redentor se mostra à Vila, lá ao longe ocupando um vasto vale (há ali, no Cristo Rei, uma desproporção que não cai bem à vista, entre o tamanho da capela e o da imagem que se lhe sobrepõe. (talvez a arquitecta tenha já dado por isso...)

O Cristo Rei, visto da vila

Depois de termos passado pelas Piscinas Municipais (coberta e ao ar livre e um ginásio) e pelos campos de jogos, o nosso destino terminou no restaurante "Salinas", do Vitor Manuel Domingues, onde almoçámos ao sabor de puré de castanhas e de medronhos com marmelada...
Ali encontrámos o Alírio Rodrigues, nosso amigo de infância [e companheiro nas caçadas "aos passarinhos" (Ai!... Se a minha colega Nazaré ler este bocadinho nem a alma se me aproveita!!!...) com "costelins" ou com a célebre "flobert" de 9 mm, com dois canos, que o Sr.Júlio Andrade nos emprestava nas férias], e nas "futeboladas" de Verão; O Alírio estava com uma das filhas, com a neta e com a esposa Edviges dos Santos Salgueiro que foi minha colega no Liceu de Catelo Branco nos finais dos anos 40. A família da Inês ali almoçou também. Conheci a Avó, a Mana Maria, de quem me falava a Inês há pouco tempo e conheci a Mãe, a D.Ana Maria, que teve umas palavras simpáticas, a propósito do conhecimento havido entre ela e a minha Mãe.
Após o repasto voltámos ao Centro da Vila. Como o tempo chuvoso continuava, nada melhor do que aproveitar o momento para visitar melhor a exposição no Posto de Turismo.
O Artesanato local estava ali bem patente… O senhor António da Conceição Martins é um homem da Gaspalha, uma povoação da freguesia de Álvaro, que detém um ofício que deve rarear em Portugal: é um Sapateiro Artesanal… faz sapatos por medida! Uma abencerragem da profissão...

António da Conceição Martins em pleno labor, na sua "oficina" no Turismo.

António da Conceição Martins, em grande plano
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A seu lado, trabalha o conterrâneo Sr.João Mendes, numa outra "arte de artesanato". É um exímio construtor de "bancos de cortiça", antigamente chamados "tropeços"...

O senhor João Mendes...

... que apresenta este sorriso aberto e folgazão.

Entretanto, o Augusto de Matos tentava identificar, em fotografias muito antigas que o meu irmão levou consigo, algumas pessoas que deixaram nome na Vila de Oleiros, na primeira metade do século passado...

O Augusto, o Olímpio e a Inês observam, e comentam, algumas fotos "pré históricas"...

Depois fizeram-se algumas fotografias para a posteridade...

jjmatos com a Inês, o Augusto e o Olímpio

Aqui, o fotógrafo teria sido o Augusto de Matos

…e durante toda a tarde, a chuva nunca parou! Apenas não havia ainda um vento forte… Que chegou mais tarde, já bem depois do jantar, e se manteve até de madrugada!
Pior do que a tempestade que varreu de noite toda esta região… só o nevoeiro intenso e cerrado que tive por companhia em toda a travessia da serra do Mouradal, no regresso a Castelo Branco. Mas dessa também me "safei"...

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