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27 novembro 2009

Sebastião da Gama

Soneto do Guarda-Chuva

Sebastião da Gama
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Ó meu cogumelo preto
minha bengala vestida
minha espada sem bainha
com que aos moiros arremeto
.
chapéu-de-chuva, meu Anjo
que da chuva me defendes
meu aonde por as mãos
quando não sei onde pô-las
.
ó minha umbela – palavra
tão cheia de sugestões
tão musical tão aberta!
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meu pára-raios de Poetas
minha bandeira da Paz,
minha Musa de varetas!”
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Sebastião da Gama
Arrábida, 1. Fev. 1950

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