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14 novembro 2009

O Poeta Correia Tavares

José Correia Tavares
in, "Beira Baixa"
26.Jun.1960

José Correia Tavares por José Correia Tavares
Auto-caricatura em 1960
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O poeta Correia Tavares
(em foto recente)
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Poeta, escritor e jornalista, José Correia Tavares nasceu em Castelo Branco em 1938, cidade onde fez estudos primários e secundários.
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José Correia Tavares,
no Jardim Escola de Castelo Branco, em 1941
com 4 anos, ao centro, na 1ªfila.
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No Livro de Despedida do 7ºAno
no Liceu de Castelo Branco
(auto caricatura - 1956)
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[ "Ao velho amigo Tavares, companheiro nas horas boas e amargas". É assim que o António Figueiredo lhe dedica os versos que acompanham esta caricatura e dos quais "respigo" uma quadra...
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"Tem a mania da caricatura
.E que para cantar tem geito
.O seu estado normal é a tesura
.Crava cigarros a torto e a direito"
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O Correia Tavares fez uma dedicatória nesta sua página, do Livro de Curso: "A meus Pais e a todos os que me ajudaram a vencer, a minha Gratidão."]
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Mais tarde
...fixou residência em Lisboa depois de regressar de Angola, onde prestou serviço militar como oficial miliciano de 1963 a 1965, sendo um dos precursores da chamada “literatura da guerra colonial”.
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Licenciado em Ciências Antropológicas e Etnológicas, é técnico superior aposentado do Ministério da Educação e, desde 1990, vice-presidente da Associação Portuguesa de Escritores (APE), a cuja direcção já pertencia.
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Foi tradutor e revisor, desenvolvendo, ainda jovem, apreciável actividade jornalística, literária e artística – fez inúmeras caricaturas, desenhos e ilustrações –, também coordenando, então e mais tarde, páginas, suplementos e outras publicações culturais. Distinguido com alguns prémios, tem colaboração dispersa por numerosos jornais e revistas, é autor de dezenas de poemas musicados e editados em disco, e está representado em antologias, manuais escolares e estudos ensaísticos.

Participou em congressos de escritores e simpósios, no país e no estrangeiro. Integra regularmente, desde o início da década de oitenta, júris de importantes prémios literários, sendo responsável pela organização do Grande Prémio de Romance e Novela da APE e dos seus Prémios de Revelação, estes patrocinados pela Direcção-Geral do Livro e das Bibliotecas.

Pertence à Sociedade Portuguesa de Autores desde 1967, ao conselho editorial da revista Mealibra, do Centro Cultural do Alto Minho, e à redacção de O Escritor, revista da APE.
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Obras principais:
Dádiva (1961), A Flor e o Muro (1962), Três Natais (1967 e 1981), Porcelama (1972), Beijos e Pedradas (1975 e 1990), E Não Me Tiveram (1976), Fim de Citação (1976), Rio Sem Ponte (1977), Ganhar Ofício (1977), Atraído ao Engano (1984), O Verso e o Rosto (1987), Todas Estas Palavras (1989), Leitura dos Actos (1998), Molduras com Espelhos (2000), O Timbre das Vozes – Entrevistas (2001 e 2003), Isto Paga-se Caro (2002) e O Natal dos Porcos (2003).
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Foi antologiado em:
Poesia 70 (1971), 800 Anos de Poesia Portuguesa (1973), O Trabalho (1985), Um Postal para Luanda (1986), Escritores Modernos da Beira Baixa (1988), Os Anos da Guerra (1988), O Desporto na Poesia Portuguesa (1989), O Tejo e a Margem Sul na Poesia Portuguesa (1993), Cântico em Honra de Miguel Torga (1996), Literatura Actual de Almada (1998), 100 Anos Federico García Lorca (1998), Em Louvor de Santo António de Lisboa (1998), O Poema (1998), 25 Poemas de Abril (1999), A Língua, a Palavra, o Poema (2001), Palavras partindo-se (2002), Cem Poemas Portugueses do Riso e do Maldizer (2003), Na Liberdade (2004), De Palavra em Punho (2004), Cerejas – Poemas de Amor (2004), Futebol (2004), 30 Anos Depois de Abril (2004), A Jeito de Homenagem a Eugénio de Andrade (2004) e Neruda, Cem Anos Depois (2004).
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Um abraço amigo do teu "colega" de Jardim Escola"
e teu vizinho" na "Rua das Constituintes", em 1940,
que se lembra ainda, e muito bem, da tua irmã Olívia
a "cuidar do irmãozinho pequeno".

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