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21 fevereiro 2010

Uma Carta Aberta a José Sócrates...

Hoje, no “Espaço Público” do meu jornal, um “militante do PS" envia um recado ao primeiro-ministro José Sócrates.
Escolheu, ele ou a redacção do jornal "Público", um destaque que encabeça o texto que hoje ali surge: “Faço votos de que não sejas varrido da mesma forma que os socialistas italianos, fugidos à justiça.”
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Armando Ramalho
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Transcrevo apenas alguns excertos deste artigo que é muito elucidativo se tivermos em conta que é da autoria de um homem que se diz “militante do PS há 35 anos
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“Qualquer militante com alguns anos de partido recordará, no mínimo, que os dois últimos secretários-gerais, por razões diversas, abandonaram o partido e o país. É uma triste sina, de facto, só resta saber o que te levará daqui para fora, a lei ou a tua consciência. Faço votos de que não sejas varrido da mesma forma que os socialistas italianos, fugidos à justiça.
(…)
Os órgãos de comunicação, com honrosas excepções, como é clássico, têm a sua própria “agenda”, em regra “cheiram” o sangue ou de onde lhe vem a conveniente sobrevivência. As ditaduras eram igualmente eficazes em tais domínios, aí já estamos em paridade política…
(…)
A verdadeira democracia inclui a verdadeira liberdade de criticar os políticos burocratas e as políticas de privilégios, sem intimidação ou outros constrangimentos. Como podes ver, até se repete o texto e o contexto, só há algo que não sabes nem podes iludir o povo, não fabricas dinheiro e esse facto tão banal vai virar todos contra ti, o povo é cruel, sem música não há festa, e a tua festa acabou.
(…)
Tecnicamente é possível uma saída de cena digna e constitucional, artº195, alínea )b: a aceitação pelo Presidente da República, do pedido de demissão apresentado pelo primeiro-ministro. Constituição da República Portuguesa. Para o bem do país e daqueles que dignamente e convictamente ainda acreditam na tua boa fé.
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Armando Ramos
Militante do PS há 35 anos.
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Toma e... embrulha!
Já são os próprios militantes socialistas a dizer "coisas assim"...

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