"Câmara homenageia João Vaz."
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A Câmara promove na próxima segunda-feira e no âmbito das "Comemorações do 150º Aniversário do Pintor João Vaz". uma homenagem ao artista setubalense, com cerimónia de deposição de flores e conferência.
Assim, pelas 10 horas, no Largo Teófilo Braga, decorre uma cerimónia de deposição de flores, no monumento de João Vaz (1859-1931), no dia exacto em que se assinalam os 150 anos do nascimento do pintor setubalense.
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Pintor João Vaz (1859-1931)
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Mais tarde, pelas 21h 30m, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, é assinalado o percurso artístico do pintor, na conferência "João Vaz e Setúbal", proferida pelo Dr.Baptista Pereira.
.(Notícia no "Setubalense" de hoje, 06.03.09)
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Escrito no vento:
11/11/1998
Estou na Brasileira de manhã com o Luis Câmara Pestana. A propósito do Cinquentenário do seu Curso, ele mostra-se interessado em obter umas fotografias tiradas pelo Américo Ribeiro quando frequentava o 5ºano no Colégio Frei Agostinho da Cruz, do Coronel Augusto de Carvalho.
Passado pouco tempo estávamos na Casa de Bocage onde se encontra o espólio de fotografias de Américo Ribeiro.
Estou na Brasileira de manhã com o Luis Câmara Pestana. A propósito do Cinquentenário do seu Curso, ele mostra-se interessado em obter umas fotografias tiradas pelo Américo Ribeiro quando frequentava o 5ºano no Colégio Frei Agostinho da Cruz, do Coronel Augusto de Carvalho.
Passado pouco tempo estávamos na Casa de Bocage onde se encontra o espólio de fotografias de Américo Ribeiro.
Eram quase 10h 30m e enquanto a “Doutora” não chegava (“A Doutora já cá costuma estar a esta hora” dizia a funcionária que zela pelas instalações, no rés do chão, “Não deve demorar muito...”) visito uma exposição de pintura que forrava as paredes do salão.
Pouco depois ouvimos uns saltos batendo, ritmados, na calçada que, da Igreja de S.Domingos, desce para a Rua Edmundo Bartissol. Assomei à porta para espreitar quem batia na calçada de modo tão certinho... A funcionária arriscou: “Parece ser a Doutora "qualquer coisa" que vem aí!”. Não me recordo do nome... E era de facto. Rapariga de trinta e seis anos, licenciada no assunto... a mulher certa no local certo!
Mostrou-se simpática. Prometeu ajudar o Câmara Pestana na procura das fotos desejadas. Terá de escrever ao Presidente para que ele possa autorizar a pesquisa. “Como sabem o espólio ainda não foi tornado público. Está em catalogação...” Tudo bem! O Luis compreendeu e vai escrever.
Tendo verificado que tanto o Luis como eu conhecíamos bem a cidade pediu-nos se podíamos ajudá-la a localizar a casa de um pintor que nasceu em Setúbal... Um familiar dele que vive em Torres Vedras, salvo erro, enviou-lhe uma carta pedindo informações sobre aquele seu antepassado. Queria localizar a casa onde residiu. Não se lembrava do nome do pintor mas foi buscar a carta que eu próprio tive na mão.
“O pintor é um tal João Vaz.”
Aí, eu ia-me passando... Aquela rapariga letrada, licenciada com a licenciatura “própria” e actuando no “local certo”, Directora do Museu que é a Casa de Bocage, situada na rua Edmundo Bartissol, que eu próprio inaugurei em 1972, funcionária da Câmara Municipal de Setúbal há não sei quanto tempo... não sabia quem era o Pintor João Vaz!!
Pouco depois ouvimos uns saltos batendo, ritmados, na calçada que, da Igreja de S.Domingos, desce para a Rua Edmundo Bartissol. Assomei à porta para espreitar quem batia na calçada de modo tão certinho... A funcionária arriscou: “Parece ser a Doutora "qualquer coisa" que vem aí!”. Não me recordo do nome... E era de facto. Rapariga de trinta e seis anos, licenciada no assunto... a mulher certa no local certo!
Mostrou-se simpática. Prometeu ajudar o Câmara Pestana na procura das fotos desejadas. Terá de escrever ao Presidente para que ele possa autorizar a pesquisa. “Como sabem o espólio ainda não foi tornado público. Está em catalogação...” Tudo bem! O Luis compreendeu e vai escrever.
Tendo verificado que tanto o Luis como eu conhecíamos bem a cidade pediu-nos se podíamos ajudá-la a localizar a casa de um pintor que nasceu em Setúbal... Um familiar dele que vive em Torres Vedras, salvo erro, enviou-lhe uma carta pedindo informações sobre aquele seu antepassado. Queria localizar a casa onde residiu. Não se lembrava do nome do pintor mas foi buscar a carta que eu próprio tive na mão.
“O pintor é um tal João Vaz.”
Aí, eu ia-me passando... Aquela rapariga letrada, licenciada com a licenciatura “própria” e actuando no “local certo”, Directora do Museu que é a Casa de Bocage, situada na rua Edmundo Bartissol, que eu próprio inaugurei em 1972, funcionária da Câmara Municipal de Setúbal há não sei quanto tempo... não sabia quem era o Pintor João Vaz!!
Casa de Bocage
Aguarela de Alberto de Sousa
existente no Gabinete do Presidente da Câmara
em 1974
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Não sabia que existe um largo em Setúbal com o nome do Pintor! Não conhecia o Busto de João Vaz que existe nesse Largo! Não sabia que o Pintor João Vaz fazia parte do Grupo do Leão que ele ajudou a organizar! Não sabia que o Pintor João Vaz está imortalizado no Tríptico de Luciano patente no Salão Nobre da Câmara de que é funcionária! João Vaz o “Homem de Setúbal” como jovialmente lhe chamava Ramalho Ortigão! João Vaz “que pintou Setúbal, o Sado, o mar e a Serra da Arrábida como cantou esta última Frei Agostinho da Cruz: liricamente”...
Oh! Doutora... Então?!...
Oh! Doutora... Então?!...
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