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10 janeiro 2009

Tintim faz 80 anos...

Tintim faz hoje oitenta anos
mas continua a ser o jovem repórter belga que correu mundo (e a Lua) em aventuras destemidas acompanhado pelo fox terrier Milu ou Ronrom, como lhe chamavam na revista infantil “O Papagaio” quando o Tintim se publicava, em 1941, em Portugal.
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Tintim surgiu pela primeira vez a 10 de Janeiro de 1929.
Foi criado por Hergé, nome por que ficou conhecido o desenhador e argumentista belga George Remi, e apareceu pela primeira vez no suplemento juvenil Le Petit Vingtième, do jornal Le Vingtième Siècle, a 10 de Janeiro de 1929.

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Na estreia, Tintim é apresentado como um jovem jornalista do Petit Vingtième enviado à antiga União Soviética, onde se envolve em várias cenas de pancadaria.


o 1ºTintim de Hergé, na sua 1ªedição em Portugal -- Setembro de 1999

Com um traço ainda imaturo e tosco e uma narrativa frágil, Hergé - na altura com 22 anos - desenhou Tintim numa história a preto e branco no «país dos sovietes», com referência a Moscovo como «um pardieiro infecto», numa alegada ridicularização do regime comunista.
Ao longo dos tempos, Hergé moldou-lhe uma personalidade mais altruísta, defensor da justiça, em 23 álbuns, como «Os charutos do Faraó», «A estrela misteriosa», «As jóias de Castafiore», «Tintim no Tibete», que venderam mais de 230 milhões de exemplares em todo o mundo.
A profissão de jornalista ficou quase sempre relegada para segundo plano perante aventuras passadas no Oriente, em África, no oeste americano e até na Lua, ao lado de uma galeria de personagens como o capitão Haddock, Dupond e Dupont, o professor Tournesol e, esporadicamente, os portugueses Oliveira da Figueira e o “senhor Pedro João dos Santos célebre físico da Universidade de Coimbra.”
Para o público português, Tintim surgiu pela primeira vez em 1936, na publicação «O Papagaio».
Hergé morreu em 1983, aos 76 anos, deixando incompleto «Tintin e Alpha-Art».

Capa do último álbum que Hergé deixou incompleto.
Foi impresso pela Casterman, em Fevereiro de 2004.

A última aventura…
Impresso em Fevereiro de 2004, pela Casterman, “Tintim e A Alph-Art”, apresenta na sua primeira página uma pequena introdução que cujos primeiros parágrafos reproduzimos com a devida vénia.
“Tintim nasceu do lápis e da caneta de Hergé, há 75 anos. Ele pertence hoje ao imaginário colectivo de milhões de leitores para quem, seja em circunstâncias correntes, seja nas mais inesperadas, a referência a referência a um ou a outro momento das suas aventuras é imediata, espontânea e entusiástica.
A criação não pára jamais; Hergé trabalhava na Alph-Art, ignorando onde “esta historio o ia levar”. Ele deixou bastante mais que um projecto, um pouco menos que uma aventura. E tantos possíveis, tantos desejos de imaginar, tantas ideias de sonhos. E também uma afirmação clara: o Tintim não se concebia sem ele.”

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