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04 novembro 2007

Uma voz a ouvir...

José Miguel Júdice
In, “Espaço Público
Público, em 02.11.2007


( … )
Uma cultura de laxismo, de facilitismo, de falta de rigor, que recusa a disciplina e o trabalho, que nivela por baixo, serve os mais desfavorecidos ou prejudica-os?
A percepção dos jovens de que não precisam de se esforçar para passar de ano provoca uma tendência crescente para a diminuição do esforço, ou motiva os estudantes a trabalhar?

No mundo moderno basta a escolaridade formal para progredir ou, pelo contrário, os hábitos de trabalho e a aprendizagem real é que fazem a diferença?
Manter na escola os que não vão às aulas, não estudam, não aprendem e que ninguém castiga é bom para eles e para os que querem trabalhar?
Para os mais desfavorecidos (e com excepção do Euromilhões) existe algum meio mais eficaz de progresso do que uma escola pública de excelência?
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( … ) mas ela faz parte de um governo de esquerda, de um governo que tem de estar emocional e culturalmente forjado na luta pela qualidade e rigor do ensino público como instrumento de igualdade. Por isso é inconcebível o que diz, o que justifica, o que propõe. Como é incompreensível que se mantenha no governo

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