Hoje,
no "Espaço Público"
2007. Nov. 15
Um artigo de Zita Seabra
... com o governo socialista de José Sócrates, tudo se inverteu:
deixámos cair o património por falta de meios para o conservar;
os museus nem têm verbas para assegurar com dignidade as portas abertas;
os monumentos nacionais, recuperados com verbas comunitárias, estão fechados a visitas, porque não há dinheiro para lá ter alguém a abrir a porta.
Olhe-se para Mafra, onde Putin e Sócrates se reuniram, que está num estado lamentável, nem electricidade tem em todo o palácio.
O próprio palácio de Queluz está como nunca esteve, numa situação de abandono.
Vila Viçosa só pode ser visitada em dia de sol, pois só uma ínfima parte está electrificada, ou Sagres, que nos envergonha.
A Festa da Música no CCB é uma mera recordação na memória colectiva de uma cidade que gostava do CCB e da Festa.
O Instituto do Livro acabou, a Companhia Nacional de Bailado fundiu-se com o S.Carlos, numa solução inaceitável que está a paralisar as duas companhias.
Tudo para que a Ministra tenha verbas para comprar a exposição do Hermitage. Dizem aliás que algumas peças são meras réplicas, o que se compreende.
Pior que tudo, a ministra da Cultura saneou o que havia de melhor e mais competente nos organismos do seu ministério.
São sempre assim os incompetentes.
Saneou entre muitos outros, Dalila Rocha, do Museu de Arte Antiga, e Paolo Pinamonti, do S.Carlos.
Há umas semanas, o jornal Expresso trazia na primeira página uma fotografia indescritível da ministra Isabel Pires de Lima. A senhora ministra estava sentada na Arábia Saudita em cima de um camelo. Como é possível ceder essa fotografia a um jornal como coisa de Estado? Só pode ter uma explicação: a ministra desejava ilustrar como está a cultura para o Governo…
in. jornal "Público"
15.11.2007
15 novembro 2007
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