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20 maio 2007

Os Livros de Despedida - 1953 . 2º

O Livro de Curso de 1952/53
Segundo "capítulo"

A Foto do Curso - Alunos e Professores
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Fotografia do bloco central
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Na 1ªfila:
António Afonso Ascensão, José Moura Nunes da Cruz, Raúl Antunes Capelo, António Lopes Dias, Vitor Martins da Conceição (Saludes) e António Roque Antunes.
Na 2ªfila:
Manuel Tavares Monteiro, Júio Casaleiro Torres da Cruz, Manuel de Sena Boléo, Manuel dos Santos Luís, Armando Henriques da Conceição e Francisco dos Reis Ribeiro.

Na 3ªfila:
Marília Nunes Pereira, Maria José Morão, Maria Onémia Carmona, Ilda Pina Guerra, Maria Alice Lalanda Baptista, Maria José Folgado Pereira e Maria da Conceição Faria de Sousa.

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António Afonso Ascensão



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José Moura Nunes da Cruz



Ainda o não conheceu?
...Não s'acendeu 'inda a luz?!
...Inda não se ergueu o véu?!!
Isso não parece seu!
Pois não vê qu'este é o Cruz.

Pediu-me p´ra lhe fazer
Da despedida, os seus versos
Mas saberei descrever
Sem a fundo conhecer
Os seus modos tão divesos?

Resolvi como ides ver,
Com a vossa própria vista
Disse ao Cruz p'ra me dizer
O que havia de escrever
"à laia" de entrevista.

-"Diz-me, Cruz, qual o teu forte
No domínio da Ciência?"
-"Ciências?! Antes a morte
Tirei um 12 com sorte
Mas perdi a paciência."

-"E, então, as outras cadeiras?"
-"Dessas sei um pouco mais
E até estou "com peneiras"
De vencer as "tais barreiras"
das escritas p'ras orais"

-"E quanto àquele sentimento
Que dos corações emana?"
-"P'ra mim, isso foi sofrimento
E por isso só lamento
Que o não saiba a "............."(1)

-"Então Cruz, que mais direi
nesta entrevista sem par?"
-Palavra que já não sei
Mas julgo que não falei
Na mania de gozar."

E se alguma aula houver
Na qual se diga:"O bichinho
Vem acabar por morrer!
Olhai! Vereis o Cruzinho
Que ri, mas ri a valer.
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O Cruz, com muita malícia
Há dias meteu 'ma peta
E deixou um "chui" pateta
Mas teve de ir à polícia
A buscar a bicicleta.

E pronto:
Com aquilo que escrevi
E que o Cruz vos há contado
Eu suponho que cumpri
E o Cruz ficou retratado.

(1) Aqui ele não acabou a frase. Talvez quizesse dizer o nome de alguma Ana...

com um abraço do amigo
Mendes de Matos
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O Destino do Zeca Cruz não foi seguir os "conselhos" da Tia Anica, como nós chamávamos à DrªJulieta Neves, nossa Professora de Ciências Naturais...
Depois de fazer a alínea f) matriculou-se no ano seguinte na alínea d), e entrou na Faculdade de Direito onde terminou o Curso com brilhantismo. E "bateu com a cabeça no teto" da sua carreira.
Jubilou-se há um ano quando era o Presidente do Supremo Tribunal de Justiça.
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Nunes da Cruz em 27 de Maio de 2005

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Raul Antunes Capelo

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António de Oliveira Lopes Dias



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Victor Manuel Martins da Conceição (Saludes)
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Repara bem, ó leitor
A história que vou contar
É das Mil e Uma Noites
Uma história d'encantar...
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Em tempo há muito passado
Veio a este mundo ter
Um bebézinho anafado
Que em Mira foi deixado
Ficando ali a viver.

O casal que o tomou
Só mais tarde veio a ver
O erro que praticou
Porque o rapaz engordou
de tanto, tento...comer.

Foi assim qu'em certo dia
Já vindo da Covilhã
Aqui chegou (e trazia
óculos porque não via)
Mais gordo que uma maçã.

No liceu, ora estudando
Ou cabulando sem par
Lá foi de ano passando,
E seguindo, só parando
Quando a médico fôr dar.

É guloso como um rei
E como tal lhe convinha
Tentou infringir a lei
Enganando um que eu sei
P'ra lhe roubar a "Raínha" (1)

Gosta muito do bilhar
Da pândega e do cinema
E dum vinhito sem par.
Entre gozar e estudar
É para ele um dilema.

Reparaste bem na história
Que eu acabei de contar?!
É das !Mil e Uma Noites"
Uma 'stória d'encantar...

(1) Ler em Latim

Com um grande abraço do amigo
Mendes de Matos


O Victor "Saludes" em 24 de Junho de 1978

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António Roque Antunes

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Júlio Henriques Casaleiro Torres da Cruz
I
Alto, loiro, olhos azuis,
cabelo encaracolado
Dinheiro, carros, bom moço,
às moças apresentado.

II
Baixas e gordas, magras e altas
Pretas, morenas, loiras, meio tom,
Novas e velhas inda engraçadas,
Declamadoras ou cantadeiras
Delas todas gosta em geral.
Mas nelas todas encontra faltas
Embora com imas dance o "Bayon"
Com outras namore às temporadas
E faça namoro com as terceiras
Pois que tem em vista um ideal:

Pois entre o mar do belo fraço sexo
Como que fazendo uma aparição
Algo se eleva, sem faltas, complexo
Enchendo de amor o seu coração...
(...)
Nem que seja em S.Martinho
Embora não bebas vinho...

Foi o António Vinagre quem lhe fez os versos.

O Júlio Casaleiro em 1 de Junho de 1973 na Reunião dos 20 Anos, no It's - Castelo Branco

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Júlio Casaleiro, idem

Este nosso Amigo querido faleceu há cerca de dois anos.
Vivia no Porto e trabalhou muitos anos na Maconde, em Vila do Conde, após lhe terem roubado a melhor fábrica de lanifícios que havia na Covilhã, "Ernesto Cruz e Filhos, Ldª" que havia sido completamente remodelada após o falecimento do Pai, em 1972.Visitei aquela Fábrica em Setembro de 1973...e não estou a falar de cor!
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O Armando Henrique da Conceição

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O Armando da Conceição, em 7 de Junho de 1991, em Castelo Branco

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Marília Neves Pereira

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Ilda Pina Guerra



É filiada na Jec
Feminina, claro está
(tem um espírito confuso)
Não sei o que lá fará.

Chora e ri todos os dias
Faz barulho em toda a parte
Mas isso, serão manias
Ou amor à dita arte? (1)

(1) Arte de zaragatear evidentemente.
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Maria Alice Lalanda Baptista



De média estatura
E de olhos parados
A sua figura
Tem ares descuidados;
O olhar sombrio
Sem brilho aparente,
Com sorriso frio
Finge que não sente
(…)
Quer ir para Coimbra
Para se formar;
Apesar de ter
Muito que chorar!!!

Que a vida desponte
Para si, com Cor,
Que seja feliz
E encontre o Amor.

Parecem um presságio estes versos! A Maria Alice faleceu num brutal desastre de viação quando, após umas férias passadas no Salgueiro do Campo, regressava a Coimbra onde frequentava o 3ºAno de Farmácia.

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Maria José Folgado Pereira



Se virdes um ar trocista
Num olhar esverdeado
Uma figura delgada
De nariz arrebitado
(…)
Depois disto não há dúvida
Toda a gente sabe que é
Dona dum coração gelado(?!!!...)
A nossa azougada Zé

A Zezinha em 24 de Junho de 1978

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Maria da Conceição Sequeira Faria de Sousa



Sempre pronta prá paródia
Em festas não há igual!
O pior foi este ano
Nos bailes do Carnaval!

Gosta de tocar piano
E quer seguir medicina
Para p’ró ano que vem
Ir estudar p’ra Coimbra

A Conceição Faria em 24 de Junho de 1978