Sábado
12.06.2010
in "Sol"
Testes de paternidade vão ser vendidos nos supermercados.
Os super e hipermercados poderão vender testes de paternidade, depois da autoridade que regula o sector do medicamento ter proibido a comercialização nas farmácias, disse à Lusa o responsável da empresa produtora.
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O único teste de paternidade que esteve à venda nas farmácias chama-se UNODNA Trust e é um dispositivo que compara os perfis de ADN do homem e da criança, através de dois kits para recolha de amostras de saliva que são posteriormente enviados para um laboratório.
Os resultados finais chegam por meio informático, depois de o cliente instalar um programa no computador, que é enviado com o teste.
Mário Mendes, responsável da empresa UNODNA, que comercializa o teste, disse que as vendas têm estado «a correr bem» e que o objetivo da empresa era disponibilizar o produto em pelo menos 1800 farmácias.
Contudo, o Infarmed decidiu na terça-feira impedir a venda deste teste nas farmácias, alegando que «os testes de paternidade não são considerados dispositivos médicos para diagnóstico in vitro por não se destinarem a um fim médico».
Em declarações à agência Lusa, Mário Mendes concorda com o argumento do Infarmed, sendo o primeiro a lembrar que o teste «não é um dispositivo médico».
Mário Mendes lamenta, no entanto, esta postura da autoridade que regula o setor do medicamento que, segundo diz, não entende os propósitos da empresa ao querer disponibilizar um produto desta natureza «num estabelecimento de confiança, onde trabalham pessoas sérias».
«Tentámos fazer um produto diferente, de uma empresa que existe e é nacional, e vendê-lo num local de confiança. Apostámos na segurança e na transparência e tentámos fugir aos meios de distribuição duvidosos como a Internet, mas pelos vistos isso não interessa nada para o Infarmed», disse.
O responsável da UNODNA anunciou que o produto vai continuar a ser vendido e que existem várias alternativas em análise, como sejam os super e hipermercados.
«Estamos a estudar outros canais de distribuição, como a Internet, meio que queríamos evitar por se desenvolver num terreno obscuro. Mas o Infarmed empurra-nos para tal», adiantou.
O teste em causa custa cerca de 250 euros e «não tem validade judicial».
12 junho 2010
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