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11 março 2010

O Zé Joaquim...

Só um acaso “muito casual” me levou a dar conta de um apontamento, com origem na SIC, que ontem descobri nas notícias na Net e que li com alguma atenção.
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A última vez que estive com o Delgado Domingos foi no final do ano de 1998, exactamente no Instituto Superior Técnico, por alturas de uma acção que os alunos do nosso Liceu, ligados ao Núcleo de Astronomia, ali tiveram por essa altura.
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Voltei a estar com ele um ou dois meses mais tarde, na Pastelaria Cister, ali à Politécnica, também num sábado dedicado à Astronomia, desta vez para ouvirmos, na “minha” Faculdade de Ciências, uma palestra do Dr.Máximo Ferreira…
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Já passaram uns bons anos!
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O artigo que li hoje, mostra a fotografia do jubilado Prof. Delgado Domingos, tal como ele é… apenas com mais umas “brancas” no cabelo.
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O Prof.Delgado Domingos

E é a propósito dos temporais que afectaram a ilha da Madeira e da sua possível previsão que ele opina. Em destaque, a notícia diz:

A previsão do mau tempo que afectou a Madeira continua a provocar polémica. Um professor do Instituto Superior Técnico (IST) acusa o Instituto de Meteorologia (IM) de ter limitações técnicas.
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E mais adiante, podemos ler um pouco mais:
“Os trágicos efeitos do mau tempo na Madeira colocaram a dúvida: seria possível ter previsto este temporal? O professor catedrático do Instituto Superior Técnico José Joaquim Delgado Domingos diz que o sistema que utiliza para as previsões para o continente podia prever–se aplicado ao arquipélago. E chegaram a testá-lo com dados recolhidos sete dias antes do temporal.
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O sistema que Delgado Domingos utiliza no IST é baseado em modelos norte-americanos. Na opinião do professor é no alcance dos modelos que reside a grande diferença.“O caso da Madeira, dada a sua dimensão, com os programas correntemente utilizados pelo Instituto de Meteorologia são incapazes de detectar situações como aquela que se verificou. A ilha é muito pequena face à chamada malha, uma malha na ordem dos 20 quilómetros. O que nós usamos para a Madeira e para o Continente, ajustada ao local é habitualmente de três, de nove ou até de um quilómetros”, explica Delgado Domingos, acrescentando que o IM “desconhece o estado da arte”. As críticas ao IM vão mais longe e chegam mesmo à presidência do Instituto.“Não têm ninguém com a percepção de que os modelos que usavam nunca poderiam ter descrito fenómenos desta natureza, por insuficiência do programa que têm”, garantiu. “O que falta ao Instituto de Meteorologia é uma gestão adequada e um conhecimento científico apropriado aos tempos de hoje”, acusa o professor. O IM reagiu em comunicado, censurando a “falta de conhecimento sobre o Instituto e as suas actividades, bem como sobre a evolução da meteorologia, quer em Portugal quer na Europa” e lamenta o “ataque menos ético” e a “utilização das vítimas resultantes do temporal da Madeira para promoção de um produto”. Delgado Domingos responde: “o único produto que eu estou a promover é a responsabilidade pública para com os nossos concidadãos. Eu já não estou na idade de disputar cargos públicos, nem emprego, nem ‘tachos’”, assegura. O professor do Instituto Superior Técnico acusa ainda o IM de estar condicionado pelo modelo europeu e de disfarçar assim a falta de qualidade científica.
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O Zé Joaquim continua cáustico!
Já o era quando frequentámos aquela turma do 7ºAno, em 1952/53, no Liceu de Nun’Álvares, em Castelo Branco. Ele era o melhor aluno da turma de Ciências que também deu óptimos médicos e veterinários, óptimos engenheiros e arquitectos, alguns bons farmacêuticos, e muitos e bons professores, um Director do Observatório Nacional da Ajuda, um Presidente da República e, até, quem diria, numa turma de Ciências… um óptimo Presidente do Supremo Tribunal de Justiça!!! …

A caricatura do JJ presente no Livro de Despedida
do Curso de 1952/53 que o Luis Grilo lhe fez...
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Havia naquele ano, e naquela turma, dois JJ... Um era ele...

Férias na Figueira da Foz - Os dois JJ, à direita o DD, em 22 08 1951

O JJ Delgado Domingos, finalista do LIceu, ao centro.
Um Carnaval no Algarve, em Fevereiro de 1953
Passaram já 57 anos...

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