em 17.03.2010
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“Não é tolerável a tentativa de alguns ministros venderem medidas duras como quem vende gato por lebre.”
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O primeiro-ministro que há poucos meses esgrimia em campanha eleitoral a sua crença num futuro radioso (…) tem natural dificuldade em mudar de discurso para pedir aos cidadãos o mais penoso pacote de sacrifícios desde que o FMI aterrou na Portela em 1983.
…o programa é corajoso e adequado á situação de emergência das contas públicas. Que apesar de todos os erros do passado, ou das responsabilidades deste e do anterior Governo, o país não pode enterrar a cabeça na areia e esperar que outros resolvam os seus problemas. Mas o que não se pode aceitar é que um plano com tantas implicações pessoais e sociais não seja assumido como tal.
Que não deixe transparecer totalmente os seus custos para os cidadãos.
Que recorra à semântica para escamotear os factos, que faça da omissão uma arma de dissimulação.
Diga-se, pelo contrário, que o PEC é doloroso, que afecta a maioria das famílias que vai penalizar milhões de pessoas…
Diga-se que todos vão pagar anos de incúria e desleixo governamental na esperança que, com a casa em dia, melhores dias possam vir.
Assuma-se que em causa está o mais drástico agravamento da carga fiscal em décadas.
O que não é tolerável é essa tentativa de alguns ministros venderem medidas duras ao país como quem vende gato por lebre.
O primeiro-ministro que há poucos meses esgrimia em campanha eleitoral a sua crença num futuro radioso (…) tem natural dificuldade em mudar de discurso para pedir aos cidadãos o mais penoso pacote de sacrifícios desde que o FMI aterrou na Portela em 1983.
…o programa é corajoso e adequado á situação de emergência das contas públicas. Que apesar de todos os erros do passado, ou das responsabilidades deste e do anterior Governo, o país não pode enterrar a cabeça na areia e esperar que outros resolvam os seus problemas. Mas o que não se pode aceitar é que um plano com tantas implicações pessoais e sociais não seja assumido como tal.
Que não deixe transparecer totalmente os seus custos para os cidadãos.
Que recorra à semântica para escamotear os factos, que faça da omissão uma arma de dissimulação.
Diga-se, pelo contrário, que o PEC é doloroso, que afecta a maioria das famílias que vai penalizar milhões de pessoas…
Diga-se que todos vão pagar anos de incúria e desleixo governamental na esperança que, com a casa em dia, melhores dias possam vir.
Assuma-se que em causa está o mais drástico agravamento da carga fiscal em décadas.
O que não é tolerável é essa tentativa de alguns ministros venderem medidas duras ao país como quem vende gato por lebre.
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