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02 janeiro 2008

Os meus heróis de BD

Barelli
in
Os Agentes Secretos
de
Bob de Moor

Bob de Moor
.
Bob De Moore considerado um dos últimos mestres do estilo "linha clara" belga que foi uma das imagens de marca e de qualidade, da famosa "Escola de Bruxelas".
Após os estudos na Academia de Belas Artes de Bruxelas, Bob De Moor inicia a sua carreira de banda desenhada no estúdio de desenhos animados "Afim".
Entre 1945 e 1946, desenha para a revista flamenga "Kleine Zondagsvriend" e, em 1947, publica o seu primeiro álbum em francês, "O Mistério do velho castelo".
Mais tarde, Bob De Moor produzirá, para algumas revistas algumas séries, como "Monneke en Johnekke", "Janneke en Stanneke" ("João e Estevão"), "De Leeuw van Vlaanderen" e "Tijl Uilenspiegel". A seguir, funda os estúdios "Artec", multiplicando as suas criações e histórias que publica em várias revistas.
Entra para a revista "Kuipje"em 1949, a equivalente flamenga da revista belga "Tintin". Entretanto, cria o pequeno herói "Cori, o grumete", através do qual, Bob De Moor mostra a sua paixão por barcos e por histórias passadas no mar,
situando-se essas aventuras marítimas nos séculos XVI e XVII
. Outra série famosa criada por Bob De Moor, é personificada pelo jovem herói "Barelli", cujas histórias se passam já no século XX.Devido ao seu enorme talento artístico e versatilidade, Bob De Moor foi sempre um artista muito solicitado por numerosas revistas e editoras, sentindo-se perfeitamente à vontade, a escrever e a desenhar, quer histórias realistas, quer histórias humorísticas. Assim, não é de espantar que, em 1950, seja convidado por Hergé, para trabalhar nos seus estúdios, como assistente deste. Bob De Moor deixa, então, de trabalhar por conta própria, como até então, para passar a trabalhar, a tempo inteiro, nos estúdios Hergé, depressa se tornando num dos principais assistentes do mestre, contribuindo para a renovação do estilo da banda desenhada da revista "Tintin" e fazendo ilustrações para várias capas da revista.
Livraria Bertrand - Fevereiro de 1979

O agente Barelli conta-nos uma história...

Foi há uns meses, numa quinta-feira, um dia muito quente... As pessoas fugiam em massa da cidade, em busca do fresco nos bosques e nos parques e este fluxo constituia um maná para os estabelecimentos como "O Oásis"onde então se exibiam
"The Coconuts", cançonetistas exóticos muito em voga.


Esta cena passa-se numa filmagem de exteriores
para espanto dos próprios actores.

Perseguido pela "secreta" do seu país sul americano o
"herói" desta história, Antigua de seu nome,consegue passar pelos seus
perseguidores, assim disfarçado.

Os "agentes perseguidores" foram despistados neste labirinto...

.
Barelli evita ser vítima de um atentado.
.

Acossado pelos "agentes" da "república das bananas", Barelli é convidado para uma festa onde por engano entraram também os seus inimigos Coconuts.

...e é convidado para dançar... por uma balzaquiana...

Mais tarde, nos bastidores do Teatro da Ópera onde se desenrolava “O Mercador de Veneza”, as cenas de perseguição ao nacionalista Antigua, pelos polícias sul-americanos, provocou sérios incómodos.

O mau da fita, o próprio primeiro-ministro que estava envolvido no imbróglio... foi apanhado em cheio pela Justiça!

Barelli, de Bob de Moor

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