Comentando a leitura de um pequeno livro de “divulgação de Economia”, acabado de ler, Carlos Fiolhais escreve um artigo, na sua coluna semanal do “Público”, que me levou a recordar o aforismo latino que serve de título a este apontamento.
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O aspecto sisudo deste Professor de Coimbra, mascara lindamente o seu “interior” irónico e incisivo… Também por isso tenho simpatia por ele.
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Fiolhais diz, a certa altura:
“É, portanto, munido com algumas noções de economia aprendidas de fresco que me preparo para tomar outra decisão no novo ano: passar o dinheiro da Caixa Geral de Depósitos para o Millenium BCP ou passar o dinheiro do Millenium BCP para a Caixa Geral de Depósitos. Há, claro, uma outra opção: passar o dinheiro dos dois para uma conta nova num outro banco, português ou estrangeiro (segundo o El País de 31/12/2007, o Banco Santander já é, em capitalização, o sexto maior do mundo e o Banco Bilbao e Vizcaya é o 16.º). Somos bons nos três éfes, mas em finanças nem por isso. Apesar das minhas leituras de economia, ainda não percebi porque é que os nossos bancos privados têm de passar a ter os gestores públicos seus concorrentes quando fazem asneiras, ainda que das grossas.
E estou sem perceber porque não se privatiza o banco público que Scolari, muito bem pago, publicitava com grande entusiasmo (não, o burro não é ele). Os espanhóis não têm nenhum banco público como a nossa Caixa e vivem felizes. Ou talvez perceba: é o capitalismo português que gosta de dormir na almofada do Estado. E o Estado gosta disso. Jorge Coelho mostrava-se outro dia tão escandalizado com a hipótese de a Caixa ser privatizada que fiquei convencido de que era mesmo uma boa ideia. Pelo menos serviria para diminuir o défice e talvez servisse para dinamizar a economia.
Carlos Fiolhais
Professor universitário
A brincar se dizem coisas sérias...
04 janeiro 2008
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