Um artigo com o título “A propósito dos professores” e assinado pela Maria Nazaré Oliveira preenche hoje esse espaço.
... Em primeiro lugar, quero dar os parabéns à Nazaré. A penúltima página do Público não é para qualquer!
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Maria Nazaré Oliveira - Professora na Esc.Sec. de Bocage
Em segundo lugar, deixo transcritos alguns parágrafos deste artigo no qual aparece,devidamente destacado, o texto seguinte: “Desde a anterior Ministra da Educação, apesar de compreender algumas das suas medidas, tudo acabou por ser imposto! Sem diálogo. Quer do ME quer dos sindicatos. Falou-se do que não se sabia ou do que se sabia pouco. Legislou-se despoticamente.“
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“Nunca vi tantos professores desmotivados! Colegas com provas dadas como excelentes profissionais ao longo de dezenas de anos! Colegas que sempre investiram na escola, nos alunos, que mostraram inequivocamente esse trabalho, que investiram na actualização científica de qualidade (mesmo paga pelo seu próprio bolso!), na relação pedagógica motivadora através de uma prática lectiva dinâmica, ajustada à contemporaneidade de uma vida tão cheia de desafios e de mudanças, valorizando os conhecimentos e a sua aplicação sem perder de vista a formação do indivíduo como ser pensante, capaz de agir em consciência, com sentido crítico e espírito de cidadania.
(…)
O trabalho do professor é muito mais do que estar na sala de aula! Muito mais do que isso! É preparar os conteúdos programáticos que vai abordar de acordo com os diferentes níveis de escolaridade que lecciona, é pensar em estratégias e defini-las, criar materiais de suporte adequados à realidade da turma facilitadores da comunicação mas também das aprendizagens, seleccionar bibliografia, fontes diversas adequadas à problemática em questão…
(…) A aula propriamente dita, para mim, é o resultado de tantas e tantas horas deste trabalho que a antecedeu. Mas não menos desgastante…
(…)
Estar na sala de aula é uma das variantes diárias do trabalho do professor, a única que é verdadeiramente visível aos olhos da comunidade, muito pouco reconhecida, infelizmente, pela maior parte das pessoas e até do Ministério, como aliás se tem visto pelas afirmações de responsáveis da educação e membros de associações. Os próprios encarregados de educação, muitas vezes, assumem que não imaginavam que o trabalho do professor fosse assim!
(...) Eu própria, que já estive noutro sectos profissional, sempre séria e res+pnsável perante as minhas obrigações, nunca trabalhei tanto na minha vida!
(...) É lamentável que esse tempo que os professores passam nas escolas não seja para estudar, investigar, preparar aulas e materiais... mas para irem a reuniões por tudo e por nada... para criar papéis por tudo e por nada...para preencher papéis, por tudo e por nada... chamados a opinar por tudo e por nada...fzendo relatórios por tudo e por nada... avaliações de tudo e mais alguma coisa...
Tem valido a pena? Em quê? Melhorou o trabalho do professor? Tornou mais eficiente o funcionamento das escolas? Touxe, verdadeiramente, melhores resultados para os nossos alunos? Sabem mais? Alcançãmos mais qualidade e mais sucesso? Sentimo-nos melhores desde que tudo isto foi implementado? Alguém se preocupou, no Ministério da Educação, rm auscultar as escolas para saber dos resultados obtidos e se esssas medidas estão a cumprir os objectivos que o ME queria, melhor dizendo, que a Educação merece? Ninguém quer saber! Só se manda e só se quer que obedeçamos! Seja a que preço for!
NB - Sugere-se a leitura de todo o artigo. Vale a pena...
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