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05 setembro 2009

Excertos de um Editorial...

... de Manuel de Carvalho,
no "Público" de hoje.
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Com o título"A vitória dos professores" o jornalista
assina um texto de que destacamos os seguintes "passos":
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"Se há um sinal evidente de que José Sócrates mudou com o desaire das europeias, há que procurá-lo na meiguice com que se dirige aos professores."

"Os labirintos da avaliação, os directores das escolas eleitos com forte ingerência da comunidade extra-escolar e, principalmente a famigerada figura do professor titular são palavras proibidas ou, pelo menos,
indesejadas no discurso eleitoral do governo."

"Percebe-se esta visão redutora: os professores são 150 mil
e, muito mais do que a contabilização dos seus votos, metem medo porque dispõem de uma enorme influência social."

"O drama que o PS parece não ter ainda percebido é que nenhum esforço tardio de solução será capaz de arrancar o rancor acumulado dos docentes. Pior, o perdoa-me de José Sócrates pode levar muitos mais eleitores a interpretar as suas palavras mansas como o reconhecimento de que o Governo falhou na educação."

"Com as medidas aprovadas a serem alvo de recuo e com a submissão do poder político ao poder dos professores a tornar-se nítida…"

"A ministra e a sua equipa cometeram erros fundamentais no processo de reformas, com destaque para a fórmula de acesso à condição de professor titular, que impediu uma grande parte dos melhores docentes de atingirem o topo da carreira e escancarou as portas a muitos burocratas e incompetentes…"

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NB.
Na verdade, após a sangria verificada nos Corpos Docentes das Escolas nos últimos anos, com o pedido de aposentação antecipada por parte de uma maioria acentuada dos mais antigos, dos mais conhecedores, dos melhores professores que não se sentiam bem com o rumo dos acontecimentos, assistimos à tomada desenfreada dos lugares directivos por aqueles que ainda há poucos anos eram considerados os medíocres do ensino... Aqueles a quem teimo em chamar, nesta terra de bons laranjais, a... "laranjinha do chão"!

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