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26 fevereiro 2009

Finalmente!...

...alguém fala na Escritura do Contrato de Doação!!!
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A escritura do contrato de doação dos terrenos do Bonfim por parte da Câmara de Setúbal ao Vitória, há 53 anos, foi feita sob determinadas condições.
Uma delas obriga o regresso dos terrenos ao município " com todas as benfeitorias que tiverem e sem direito a qualquer indemnização" para o clube. Entre as várias hipóteses estavam as seguintes: "No caso de o Vitória dar ao campo qualquer outro destino ou utilização que não seja a da prática de modalidades desportivas ou no caso de dissolução do clube."

Em 20-11-2006, Jorge Santana questionou a cedência dos direitos de superfície à Pluripar, quando havia uma escritura, de 1956, que dava conta de que os terrenos só poderiam ser utilizados para infra-estruturas desportivas
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Mário Ledo, que chegou a ser presidente do clube, assinou a escritura como testemunha em 1956.

Esta é a cara que Mário Ledo faria se lhe contassem o que andam a fazer agora com os terrenos que a Cidade de Setúbal ofereceu, em 1956, ao seu Vitória FC. Uma meia-dúzia de “patos bravos” tomaram conta “disto”… não porque amem o Vitória, mas sim porque amam, acima de tudo, as suas contas bancárias!...

Diz o artigo da Correio da Manhã, onde li esta notícia, que a salvação do clube sadino está nas mãos de Maria das Dores Meira, por dois motivos.
O primeiro deve-se ao facto de a autarquia não accionar o direito de reversão administrativa da propriedade dos terrenos (a seu favor) previsto no contrato de doação dos mesmos ao clube, a 19 de Fevereiro de 1956. Ocorre perguntar à senhora Presidente se acha que é assim que a Câmara de Setúbal deve honrar os seus compomissos, as suas deliberações... Prefere pactuar com a "fraude" e deixar que outras "entidades" se apropriem de um bem comum a todos os Setubalenses?! Não acredito...

E o segundo prende-se com o facto de o município estar interessado na assinatura de um protocolo – que já foi aprovado – com a Pluripar e o Clube que prevê, em troca de um novo estádio no Vale da Rosa, a construção nos terrenos do Bonfim de um hotel de luxo, centro comercial e habitação. Ora, isto vai contra a deliberação camarária e contra o que ficou escrito na Escritura do Contrato de Doação, de Fevereiro de 1956. Ocorre também perguntar à senhora Presidente se já tem conhecimento de "alguma recente" deliberação em que Cãmara abdica da reversão administrativa da propriedade dos terrenos... e se já estudou, ou mandou estudar por algum adido competente, o modo de anular a escritura notarial de Fevereiro de 1956.

O Estádio do Bonfim, em 22 de Fevereiro de 1975

Pelas informações vindas agora a público, a venda dos terrenos onde está implantado o Estádio do Bonfim não passa de um chorrilho de ilegalidades!!...

...mas ainda continuo a ter esperança na Justiça portuguesa.

1 comentário:

Álvaro Aleluia disse...

Sem mais!
As suas esperanças são, ainda, partilhadas por muitos cidadãos setubalenses, embora envergonhados por se terem deixado ludibriar e manipular pelos interesses instalados.

Um bem haja, pelo seu post.

Com os melhores cumprimentos,