Páginas

04 outubro 2008

Poema de Pedro Homem de Melo

Na "romagem de saudade" que fiz no Porto, na tarde do dia 26 de Setembro, entrei no Café Diu que, de igual àquilo que era em 1958, apenas mantem num recanto, as lápides antigas comemorativas de muitos reencontros de várias gerações de estudantes...
.
Completamente modernizado, aquele recinto nada nos diz agora! Nem sombras de Pedro Homem de Melo, nem do Dr.Alexandre que ainda por cá anda... mas já nada tem a ver com "o seu Café", nem sequer estudantes paravam por ali naquele momento em que passei...
.
Fica a lembrança do Poeta...

Pedro Homem de Melo



Sonata

Não quero morrer mais cedo
Nem quero morrer mais tarde.
Não sou audácia nem medo;
Nem brasa que se incendeia,
Nem lenha que já não arde.
Sou quando muito uma ideia
Ténue, azul, que principia

Não quero morrer mais cedo,
Nem quero morrer mais tarde.

-- Mas quero morrer um dia…

Sem comentários: