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Maria Helena Matos Mota
Guardado está o bocado
P'ra quem o há-de comer
Quem algum dia julgou
Quem havia de dizer.
Que foi Ulisses quem trouxe
Na sua rota perdida
De Menelau a Helena
Quando Tróia foi vencida
E diz a lenda que Ulisses
Quedou-se no claro Tejo
E eu acrescento que Helena
Foi só no Alto Alentejo.
Seria ou não, o que é certo
É que tem uma costela
Esta moça que aqui vedes
Dessa tal grega donzela.
Cavaleiros mui distintos
Dizem ser ela a Troiana
De Helena tem a beleza
Será Grega ou Lusitana?
A Maria Helena em 9 de Junho de 1985
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Maria Luisa Teixeira Cardoso Justo
Uma franja pouco maisA cabeleira ondulada…
Eis os sinais principais!
Ei-la que está retratada!
Vai estudar para Lisboa
Esta colega simpática
E, se vai não é à toa
Quer conhecer a Matemática…
Ring, patins, natação
Em tudo isto é um ás
Desportos do coração
Diz que sim, que faz!
A Luisa Justo, em 9 de Junho de 1985
A Luisa Justo em 4 de Junho de 1988
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Matilde Frias Pinto de Paula
Connosco se veio juntar
E aqui a estamos a ver:
Alta, magra, senhoril
Com o seu lindo perfil
É elegante a valer!
Não quero p’ra terminar
Entristecer e chorar
Porque não gosto, bem vês.
Optimismo, encara a vida
P’ra ela ser bem vivida
Encara sempre os porquês
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A Matilde em 16 de Junho de 1979
A Matilde em 10 de Junho de 1982
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António José Mendonça Pires Antunes
Se barulho, espavento
Na rua calma ouvires
Se perguntares no momento
Dizem-te logo – É o Pires,
Se toda a turma concordar
Calada, que nem um sonho
Se alguém começa a berrar
Não perguntes – É o Tonho.
Se garotas e donzelas
Vires correr aos cardumes
Se perguntares de quem gostam elas
Dir-te-ão – do Pires Antunes.
O Tózé Pires Antunes, em 8 de Junho de 1991
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José Fernando Proença d'Almeida
Tem careca de respeitoE de tão grande extensão
Que pode fazer-se nele
Um campo de aviação,
Tem uma grande invenção
No seu corpo esquelético
Carregando-lhe num botão
Começa num riso eléctrico.
(Oh! Zé Fernando... Onde é que este "tipo" te descobriu a careca??!!)
O Zé Fernando, em 15 de Agosto de 1992
O José Fernando, em 3 de Junho de 2006
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Luís Nuno Coelho Ferraz de Oliveira
Pausado
Calado
Ele aí vem
Pensando
Cismando
Não fala a ninguém!
Nas altas esferas,
Das grandes quimeras,
Seus voos ascendem,
Pensando também
Que lá, no além
As luzes se acendem.
Da troça que fiz
Agora te ris
E rio eu também
Ao ver que o caminho
Agora mansinho
Mais brilho ainda tem!
O Luís Nuno no Liceu Nun'Álvares - 4 de Junho de 1988
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Sebastião José Pires Morão
Conhecido quase em todo o mundo,
Porque incorreu o o Adamastor à bofetada
Quando no Bojador espumava furibundo!
Se já vistes pois, heroicidade tamanha…
Crede-me nenhuma iguala esta façanha.
E agora que a dor da tua partida
Nos peitos que te estimam se avoluma!
Vai… Leva a existência de vencida…
E não a percas em castelos de espuma!
O Sebastião Morão Correia, em 9 de Junho de 1985
O Sebastião Morão, em 11 de Junho de 1994
.Vergílio António Pinto de Andrade
Este rapaz é uma jóia
Um garboso Menelau
Que se lança numa nau
Seguindo a rota de Tróia
Maria Júlia Torres Peixoto
E mais não sabeis
Que a Maria Júlia
Sob aquele manto
Do seu calmo aspecto,
Sem o aparentar,
Encerra o saber
Da veloz sereia
Que belos troféus
Já soube ganhar.
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António Morgado Pinto Cardoso
O Cardoso caçador
De feras matador
Só caça pirilampos
E também alguns tampos
Anda sempre satisfeito
Quando levado p’las boas
Mas tem um grande defeito
Agarra-se muto às c'roas.
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João Romão Esteves
Fez-se um barulho indecente
Agora toda a gente
Que tem culpas a dar
É só à porta chegar
E expor sua questão
Que o pobre João Romão
Pobre infeliz desgraçado
Não fora neto d’advogado
Que iria p’ró chelindró
A carpir as mágoas só.
(o autor destes versos, o Pires Antunes, deixa um “aviso” final:
Se alguém não compreender os meus versos, não se aborreça porque eu também não…)
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Miguel Jorge Pignatelli de Athayde Queiroz
Desleixado por sornice
Vicentino por paixão
Belenenses por perrice
Talassa por convicção.
Casmurro como um jumento,
É capaz de sustentar
Ter já visto um rato morto
Fazer contas de somar!
Se o Miguel chega a mandar
Algum dia em Portugal,
Num segundo mudará
P’ra Viseu a capital.
Não te prendas que em Coimbra
Há uns olhos feiticeiros…
Não ligues às do Liceu
Q’inda cheiram a cueiros…
1 comentário:
Caro João José Mendes de Matos,
Dos finalistas do ano lectivo de 1953-1954 fez parte o estudante José Paulo dos Santos Soares, que se identifica como o terceiro elemento da quarta fila (da esquerda para a direita).
Tenho interesse em consultar a caricatura do José Paulo dos Santos Soares, mas não consigo ter acesso ao respetivo livro de curso.
Se lhe for possível , posso pedir-lhe o favor de a digitalizar e enviar para o meu e-mail (nascimento.jas@gmail.com)?
Agradeço-lhe, desde já, a atenção dispensada.
José Nascimento
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