...de Augusto Gil
O eterno amor
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Pus-me a reler as tuas cartas hoje.
Há bons três anos que mas escreveste...
- Vê como o amor, vê como o tempo foge!
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Entre uma delas, na maior, meteste
(Naquele dia para o que te deu!)
Umas folhas rendadas de cipreste...
.
São trinta cartas de apertadas linhas
Todas de Abril - do mês em que no céu
Já voam as sagradas andorinhas -.
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«Juro-te amor eterno» uma dizia.
Pois afinal durou um mês por junto
O amor eterno. Quem o suporia!
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Rezemos pelo defunto
Padre Nosso, Ave Maria...
31 maio 2010
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