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18 fevereiro 2008

Um almoço em 1955...

... e outro em em 2008!
Passaram 53 anos...
Deram por isso?!...
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A propósito deste almoço, previsto já há algumas semanas, fui pesquisar "coisas" antigas e deparei com estes episódios que, recordados agora, deixam um largo sorriso no rosto da nossa memória... Ora vejam:
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1º - "Os anos do Luís
........em 13-11-1952
"...e todos os convidados para a festa do Luis Grilo se encontraram na casa do Aprígio. Eu, o Júlio, o Aprígio, o Ascensão, o Saludes, o Ilídio, o Ernesto, o Zé Luis Nina, o Boléu e o João Meireles. Às 17horas fomos para casa do Luis onde nos foi servido um finíssimo lanche. E, logo a seguir ao repasto, fizeram-se brindes ao Luis, aos "meninos" da Covilhã e, também, às "meninas", especialmente aos "chocolates"..., aos "fixes" do Tortozendo, ao nosso "grupo", etc...etc... Depois caiu-se num período de "amolecimento" e de fumo de cigarros. Entretanto "curtiam-se" algumas pielas... Foi nesta altura que o Ascensão, branco como a cal e "tem-te não caias", se fez ouvir para perguntar ao Luis onde é que ficava a retrete... e para lá foi a "gritar pelo Gregório"!...
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2º Um "ensopado" de sável, no Pombalinho, em 1955.

Creio que foi no ano de 1955, talvez numas férias da Páscoa, que decidimos ir almoçar à Estalagem do Rei Wamba, no Pombalinho, em Vila Velha de Ródão, ali logo à entrada da ponte que nos separa do Alto Alentejo… Por três razões principais. A primeira porque se tratava de uma variante à rotina existente naquela altura em Castelo Branco que, então, não apresentava uma "oferta condigna"… A segunda era porque a Sopa de Peixe ali servida, além de ter fama em toda a Beira Baixa, era realmente boa e bem feita!... a terceira razão era porque aquela casa era da Mãe da Rosita do Pombalinho ( a Maria Rosa Ribeiro Ramos) que tinha sido nossa colega e amiga lá no Liceu.

. E aí vamos todos até Vila Velha, pela estada antiga, horrorosa e cheia de curvas que ligava Castelo Branco a Lisboa… O Condutor era de confiança e o carro, um Fiat cinzento grafite, famoso, com a matrícula BC-19-65 (era assim, não era, Luís?!...) habituado a andar com a lotação esgotada, lá fez, e bem… o seu papel.
Possuo apenas o "documento histórico" que apresento mais abaixo. Mas não me lembro de quem “disparou” esta fotografia… Talvez algum passeante que se deliciava por ali com o panorama deslumbrante das “Portas de Ródão” um pouco mais além. Da máquina fotográfica… dessa lembro-me muitíssimo bem!...Era uma Kodak, de rolo 6,5x11. com fole e um visor prismático que atenuava muito os erros de paralaxe… Uma máquina de boa memória!!!... Que eu deixei esquecida num banco de jardim, uns anos mais tarde, na Avenida dos Aliados, no dia do Cortejo das Queima da Fitas da Universidade do Porto, em 1958… A pena que eu tive dela… Nunca mais me posso perdoar!!
A máquina não tinha “flash”… ( isso era um luxo!) por isso não tenho fotos do almoço propriamente dito!... Resta para memória antiga e…futura, esta única em que o grupo se deixou fotografar sobre a Ponte do Tejo, ali mesmo ao lado da Estalagem do Rei Wamba.
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Reconhecemos quase todos; apenas tenho dúvidas sobre o Belo (que é Belo, isso é!... Só não me lembro se o nome é este…)


De pé, o José Mendes da Costa Carvalhão (já falecido), Rui Biscaia Telo Gonçalves, Joaquim Lopes Belo Correia (?) e o Luis Marçal Grilo; à frente, o Aprígio Teixeira Leão Meireles e o jjmatos.

O Aprígio e eu (pormenor da anterior) e

O Luis Grilo (idem)

Querem saber agora o que é que aconteceu no sábado passado? Anteontem, dia 16 de Fevereiro... Três destes Amigos de então, com mais outros dois que não estiveram presentes em Vila Velha de Ródão (Pombalinho), resolveram uma reunião gastronómica, aqui em Setúbal... E devo dizer-vos que foi uma almoçarada magnífica, e uma tarde que durou até às 17 horas!...

Não!... Não estivemos sempre a comer!... A partir de certa altura veio mais ao de cima a conversa... com as memórias que cada um de nós se julgava no direito de recordar.

De todos os presentes, apenas o Aprígio não estava no meu horizonte há muito tempo... para aí há 30 anos. Com os outros tenho convivido com mais frequência. E, o que é curioso, é que o Aprígio está na mesma! Os anos não lhe passaram por cima, continua a ser o Aprígio que sempre conheci. "Nenhum de nós", que nos reencontrámos na Casa das Codornizes, (de que é proprietário o Sr,Carlos Alves, um patrício de Proença a Nova), ali junto aos esteiros do Sado, "cresceu para os lados"... ou melhor, "cresceu muito para os lados"... Mas ele abusou! Não cresceu mesmo nada naquelas direcções...

O Apígio Meireles estava assim, no sábado passado! Fóra uns pés de galinha, ali ao canto do olho, ele está igual ao que era em mil novecentos e cinquentas...
Façam o favor de comparar com a fotografia a preto e branco que há pouco viram atrás e digam-me lá se não tenho razão?!...
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O José João Romana Galvão é assim que está. O Zé Galvão deu uma boa animação ao encontro que tivemos e mantem em forma muito apurada a sua bela memória.


Sem melindrar nenhum dos outros companheiros, o Arq. Luís Marçal Grilo pareceu-me o melhor de todos nós, mantendo uma bela memória e as excelentes qualidades de conversador que sempre teve. Com certeza... que também me poderia referir aqui às qualidades de trabalho, também elas excelentes, que o Luís sempre demonstrou, mas esse aspecto não tem que ser para aqui chamado! Devo apenas referir-me ao "trabalho" que tinha sido previsto para este nosso encontro, de que foi um dos mentores. Não sendo propriamente uma "reunião de trabalho"... o seu rendimento foi muito positivo!

O Rafael Gamas está em Setúbal há muitos anos. Era mais novo que nós, no Liceu de Castelo Branco mas agora já não dá para fazer grandes diferenças... Já estava aqui na nossa região de Setúbal em 1959, quando eu "acentei praça" no Liceu de Setúbal. Viemos para aqui quase na mesma altura, ele para a Moita do Ribatejo e eu para Setúbal. Pelos mesmos motivos... Quando nos encontramos, em situações destas, recorda sempre os nossos tempos de meninos, nas noites quentes de Castelo Branco, a fazer barulho á noite, na porta da "Velha Inácia"... Pobre velhota! Nunca tive a certeza de que ela tivesse possibilidade de ser incomodada pelo barulho que fazíamos. Com a idade que tinha, o mais provável era a Senhora ser tão surda que nada pudesse ouvir...

A Porta da Velha Inácia, na qual nos sentávamos à fresquinha da noite e que ficava ali mesmo perto da casa do Sr.Capitão Gamas, na Travessa da Ferradura, é um tema que vem sempre à baila quando recordamos os tempos dos meados da "Década de Quarenta". Uns dez anitos que tínhamos...

Desta vez não estamos sentados no peal da porta da rua Mousinho Magro.
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O Luis Grilo e o Aprígio Meireles em conversa amena. De que estarão a falar?!...
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O Aprígio e o Rafael conversam sobre o paradeiro de amigos comuns

Foi aqui, em Vanicelos, o ponto de encontro e o ponto de partida no final da reunião. Esta foto foi obtida ao final da tarde, pelo Aprígio. Estão comigo o Rafael Gamas, o Zé Galvão e o Luis Grilo. Ainda abancámos na Esplanada do Café de Vanicelos para tomar um café e conversar mais um pouco mas pouco depois o Aprígio regressou a Lisboa levando consigo o Zé Galvão que já tinha vindo com ele. O Luís ficou mais um pouco mas também ele teve de rumar a Lisboa levando o Rafael a seu lado o que lhe facilitaria a vida para mais facilmente encontrar a saída para a Autoestrada...

Consta já aí, nos meios automobilísticos, que o Rafael poderá ser contratado muito em breve, como "co-equipier" de um dos grandes condutores do "Raly Lisboa Dakar", no próximo ano de 2009...

Meus Amigos... Isto não acabou! Terá de haver mais encontros deste tipo...

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