...É o título do Editorial que
Manuel Carvalho
escreve no seu jornal e que o
Público
nos mostra nesta manhã
do dia 10 de Abril de 2021.
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Manuel Carvalho
Director do jornal "Público"
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"A corrupção nunca existiu"
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Em três das mais penosas horas da história da justiça portuguesa, o juiz Ivo Rosa demoliu peça a peça anos de investigação, enterrou o trabalho árduo de vários magistrados e agentes judiciais e arrasou o processo judicial mais simbólico e importante em muitas gerações. Um trabalho assim tão extenso e meticuloso suscita diferentes e legítimas interpretações: que a Justiça funcionou; que a acusação do Ministério Público padeceu de inultrapassáveis debilidades; que as garantias do processo penal ou da Constituição justificam a decisão; que a intervenção de um juiz de instrução nesta fase do processo é um valor ou um disparate. Porém há uma outra constatação óbvia, daninha e incontornável que se tem de tirar das conclusões de Ivo Rosa: se a sua soberana decisão for inatacável, jamais haverá em Portugal um único condenado por corrupção.
(...)
Mas, por muito que queiramos viver com este valor absoluto, há decisões que justificam estranheza e justificam críticas. Por muitas "incoerências", "incongruências", ou falta de lógica da acusação ("mentiras", diz Sócrates), há uma realidade material que continuará por aí a perturbar a paz de espírito: dinheiro, muito dinheiro."
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NB - A quem se estará a referir Manuel de Carvalho ao escrever esta última frase?!...
1 comentário:
Vamos aguardar a segunda vaga , melhor dizendo, o segundo acto , da farsa . Pode ser que muitas das "verdades" de hoje venham a ser melhor escrutinadas amanhã . Quem sabe . . .
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