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24 outubro 2010

Uma sessão memorável...

Lisboa
rua das Portas de Santo Antáo, 100
17h 30
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"A vida de José Branco mudou no dia em que entrou naquela aldeia perdida no coração de África e se deparou com o terrível segredo. O médico tinha ido viver na década de 1960 para Moçambique, onde, confrontado com inúmeros problemas sanitários, teve uma ideia revolucionária: criar o Serviço Médico Aéreo. No seu pequeno avião, José cruza diariamente um vasto território para levar ajuda aos recantos mais longínquos da província. O seu trabalho depressa atrai as atenções e o médico que chega do céu vestido de branco transforma-se numa lenda no mato.
Chamam-lhe O Anjo Branco.
Mas a guerra colonial rebenta e um dia, no decurso de mais uma missão sanitária, José cruza-se com aquele que se vai tornar o mais aterrador segredo de Portugal no Ultramar."



José Rodrigues dos Santos
o autor e filho do Dr. José da Paz Rodrigues dos Santos
ou José Branco (no livro)



A mesa, no centro do grande e bonito salão
da Sociedade de Geografia de Lisboa



A introdução à cerimónia de lançamento do romance
O Anjo Branco, foi feita pelo autor.
Mais de 500 pessoas ouviram com atenção.
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Coube ao jornalista Joaquim Furtado fazer a apresentação do livro.
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No final da sessão, José Rodrigues dos Santos deixou-se fotografar
na companhia de muitos amigos e familiares.
"Foi uma autêntica reunião familiar, o lançamento do novo livro de José Rodrigues dos Santos, O Anjo Branco. Apresentado ontem, na Sociedade de Geografia, em Lisboa, o pivô da RTP contou com a presença e o apoio da mulher, Florbela, da mãe, Manuela, do irmão, João, dos três jovens sobrinhos e do primo Carlos. "Estou emocionado neste dia, com a forma como a sala encheu", começou por afirmar o jornalista e escritor, perante as cerca de 500 pessoas que praticamente esgotaram a sala de apresentação."
Rodrigues do Santos com a Mãe
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Só depois, ao fim de bastante tempo, o autor se entregou à sessão
de autógrafos que se seguiu. Mais 400 leitores aguardaram com a maior das paciências o início desta "cerimónia".
Um "mar de gente" envolvia, há mais de meia hora, a mesa onde se sentou o autor de "O Anjo Branco"...
Deve ser "desesperante" para um autor ver uma "multidão" daquelas, à sua espera apenas para obter, no dia próprio, o autógrafo desejado.
Mas ele sabe que a vida é feita de sacrifícios...

José Rodrigues dos Santos até parece estar sozinho...

Nuno Cardoso, já hoje, escreveu no DN:
"O Anjo Branco, o romance inspirado na vida e obra do seu pai, José Paz Rodrigues dos Santos, um dos médicos responsáveis pela assistência sanitária à população de Tete, em plena Guerra Colonial, foi o ponto de partida para ontem recordar o seu pai. O factor familiar está, de resto, presente no livro, uma vez que as personagens foram inspiradas em vários familiares do jornalista."Para quê inventar uma história, se tenho na minha família uma extraordinária? Um romance vive das pequenas histórias que não podemos encontrar nos livros de História", questionou José Rodrigues dos Santos, enquanto mostrava várias fotografias de criança, com o seu pai, tiradas em Moçambique, na década de 60.
A cargo da apresentação do livro de 678 páginas esteve Joaquim Furtado, colega mas também grande amigo do escritor. "O Joaquim foi o primeiro director de informação que tive, que tomou sempre a escolha certa", afirmou. José Rodrigues dos Santos não deixou, no entanto, de criticar a estação pública durante a apresentação. "Na RTP, o Joaquim nunca foi valorizado. Deve-lhe uma homenagem e esta é a minha", acrescentou ainda.
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De volta a Setúbal, enquanto esperava a partida e durante a viagem que fiz de combóio, li já umas boas páginas deste romance "pré-natalício" que a Editora achou por bem lançar agora. Ainda estou em 1940... ao pé da Torre de Belém, na Exposição do Mundo Portuguès... Desejo-lhes que a "crise" não perturbe muito... e espero até que a edição esgote bem depressa.

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