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30 abril 2008

Museu de Viena

Pieter Brueghel, o Velho
1525 - 1569
Banquete nupcial

Banquete nupcial

Brueghel que, nas suas pinturas de paisagem torna visível a alma do Universo, nas suas criações mais tardias, especialmente nas grandes composições de figuras em bodas e bailes campestres, expressou de igual forma a vastidão do seu espírito. Os homens, vistos agora de perto, , estão completamente desligados daquela forma ideal que poderia ser a expressão de elevação espiritual e da grandeza de alma baseada no livre arbítrio. Só a vontade de viver decide da sua existência, que é guiada pelo mecanismo de um Universo superior. Não tem necessidade de especiais faculdades espirituais nem de liberdade pessoal. Dominados pelos impulsos mais elementares, alcançam, mesmo na simplicidade, a sua elementar grandeza. A forma como esta concepção do homem se realiza artisticamente, é simples e clara. Brueghel que é um grande mestre da técnica pictórica, limita o efeito da cor a certas zonas, que correspondem exactamente aos objectos, sem rupturas nem diferenciações. O mestre chega a criar, do homem, um retrato superindividual e não uma cena do género que colhe um momento especial e distingue cada indivíduo na sua acção particular. Para a sensibilidade do mestre flamengo é característico o facto de, na multidão representada neste Banquete Nupcial, serem somente duas as pessoas que se distinguem de todas: o pai da noiva e a noiva, enquanto todas as outras pessoas permanecem anónimas. A cena, extraída aparentemente da vida, atinge a monumentalidade universal.

Cfr. Günther Heinz
In “Kunsthistorisches”
Ed.Verbo – Dezembro/
1973

1 comentário:

Joaquim Baptista disse...

Caro João de Castelo Branco, quem morava no Largo de S. João? Eu lá nasci em 1959.

Cumprimentos