Há já algumas semanas que ando para escrever sobre este tema tão badalado do denominado negacionismo e começo por aclarar desde já que não sou negacionista. Não sou negacionista e muito menos sou contra a vacinação. Pelo contrário. A covid existe, está aí, já matou milhões de pessoas em todo o mundo, é um problema real e, portanto, se ser negacionista for negar a existência deste vírus e da pandemia, isso, por si só, é apenas uma parvoíce. Uma grande parvoíce.
Dizer isto não significa que não compreenda quem entende que este vírus possa ter uma natureza e origem laboratorial, que pode estar a servir de trampolim para um determinado caminho global subjugado a forças ainda desconhecidas na sua totalidade ou, até mesmo, que as vacinas possam não ter a garantia de salvação que se verifica noutras patologias. São dinâmicas distintas e julgo que as apresentei de forma equilibrada e lógica. Portanto, até aqui, julgo ficar bem claro que a minha grande preocupação é a saúde dos portugueses. De todos os portugueses. Repito, de todos os portugueses. Isto significa também que pese embora respeite todas as opiniões, mesmo, por incrível que pareça, a do negacionismo que considero uma parvoíce, aquilo que já não admito, são alguns comportamentos que tenho assistido na nossa sociedade e que passam do razoável para o inadmissível. Em primeiro lugar, quero condenar de forma bem vincada os graves ataques e ofensas que têm sido feitos ao vice-almirante Henrique Gouveia e Melo. É indigno, inadmissível, intolerável e vergonhoso que alguém chame a Henrique Gouveia e Melo, assassino. Assassino ou qualquer outro epíteto desta dimensão. Defendo aliás que quem o fizer deve ser duramente punido. Gouveia e Melo merece respeito e admiração numa tarefa hercúlea a que tem sabido responder. Ser negacionista é uma coisa, ser parvo, é outra.
Daqui parto para outra dinâmica que penso já estar a atingir os limites do suportável. Falo dos episódios que têm como principal interveniente o ainda juiz Fonseca e Castro. Se o homem é negacionista ou não, não sei. Já disse até, que não sendo eu negacionista não me caem na lama os parentes por respeitar quem o seja, ainda que com essa posição não concorde. Aliás, em bom rigor, estou-me a borrifar para o facto de o homem ser ou não, negacionista. Aquilo para o qual já não me estou a borrifar é a imagem errada que esta personagem dá dos juízes portugueses, pelo que defendo que deve ser o mais rapidamente possível expulso da magistratura. Da mesma forma que condeno absolutamente o episódio a todos os níveis miserável que protagonizou ao faltar grosseiramente ao respeito a forças de autoridade, fazendo peito aos agentes presentes e dizendo-lhes que estava numa posição superior a eles pelo que estes se deviam colocar no seu lugar.
Penso que quem tem que se meter no seu lugar é Fonseca e Castro. E esse lugar é fora da magistratura e do palco mediático. Comigo, Portugal respeita as suas forças de autoridade. Ponto final. Por fim, e por incrível que pareça, termino este artigo falando do episódio em que Ferro Rodrigues, presidente da Assembleia da República, foi fortemente ofendido enquanto almoçava perto do parlamento.
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