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26 julho 2021

Hoje, na 1ªpágina dos jornais...

 ...é só Otelo.
.
Toda a imprensa 
parece ter medo de falar 
de um homem que 
fez muito mal ao país.
Falam muito sobre o seu passado positivo 
mas 
omitem quase tudo o que de mal ele fez aos cidadãos portugueses.
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Nem lhe reproduzo aqui
qualquer tipo de fotografia
.
Mas acho que devo assinalar o óbito deste "indivíduo" com o pequeno extracto da entrevista que o "Jornal i" publica hoje feita a Manuel Castelo-Branco, filho de uma das vítimas deste "libertador"... de Portugal 
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Assinado por Henrique Pinto Mesquita, 
o texto tem por título "
Otelo e as FP25.
E logo a seguir em sub-título: 
"Era um homem profundamente mau"
(...)
Em dada altura, é feita uma pergunta ao entrevistado Manuel Castelo-Branco:
- "Escreveu no Facebook que durante muitos anos não sabia como reagir a este dia. O que sente?"
- É um dia de memórias, e um dia em que me lembro de todo o sofrimento que senti ao longo da minha vida. Desde o dia em que o meu pai morreu, desde o dia em que desci à rua e vi o meu pai numa poça de sangue, reconhecendo-o pelo padrão do casaco. Desde o dia em que vi a memória do meu pai ser absolutamente violada, porque para o terrorismo a vítima era responsável pela sua própria morte e havia que condena-la. No caso do meu pai, eram as condições das prisões, no caso de outros empresários eram os salários em atraso.. A vítima era sempre responsável  pela sua própria morte, e não aqueles que o tinham executado. Depois assistimos à Amnistia, que foi uma total  injustiça com as vítimas. Depois a própria indemnização. Foi surreal o que se pagou ás vítimas: 43 vezes menos para cada família de vítima do que aquilo que o Governo pagou ao ucraniano morto no SEF. Esta é a realidade. Não nos esqueçamos que o próprio Otelo enriqueceu com o dinheiro dos assaltos. Fez uma empresa com o seu advogado Romeu Francês e com Mota LIz - chamada Roteliz - algo que, aliás, está bem descrito nas suas biografias, tudo isto é patético e surreal. Hoje, de facto, não é um dia particularmente feliz para mim. É um dia de memórias, de dor, de sofrimento em que me lembro do meu pai, do bebé Nuno Dionísio, lembro-me do Alexandre Souto, assassinado de braço dado com a filha, do Henrique Agostinho, assassinado no Cacém, Há uma série de vítimas que me vêm à memória. É um dia particularmente duro para mim. Não é um dia que abra uma garrafa de champanhe a comemorar a morte de alguém. Aliás a morte de uma pessoa não me trás felicidade. Para mim é um capítulo que se encerra, apenas isso. Mas não me venham dizer que o Otelo não pertenceu às FP25, ou que, como eu hoje ouvi, que as FP25 foram "uma aventura". Não foram uma aventura, foram um grupo terrorista particularmente mortífero em Portugal. "
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Esta é a verdade que "muitos têm pretendido esconder"...

1 comentário:

Olímpio Matos disse...

As verdades têm que ser ditas doa a quem doer .
Foi o estratego do 25 de abril ( o Vasco Lourenço envergonha-se de dizer que o estratega foi êle ) mas foi colaborador activo das FP25 , grupo terrorista que causou 17 mortes , segundo fontes fidedignas . Para já não falar nas prepotências que cometeu como comandante do Copcon .
Que a terra lhe seja leve .