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M L Rodrigues
"Já se pode fazer o testamento político da ministra da Educação. Depois de ter anunciado ontem o prolongamento do Simplex da avaliação, Maria de Lurdes Rodrigues fechou a política do ministério para balanço e (..) vai-se dedicar a mudar algumas coisas para que tudo fique como está até Outubro.
Quem viu e ouviu as suas palavras de coragem há alguns meses, não deixa de estranhar a sua opção por cuidados paliativos, em vez de tentar a ressurreição da sua reforma moribunda, a da avaliação dos professores,
A ministra cumpriu o seu mandato e abdicou de governar. Percebe-se…
(…)
Como muitos críticos prenunciaram nos primeiros dias da reforma da avaliação , nunca seria possível obter o sucesso de um modelo justo e compreensível contra a esmagadora maioria da classe.
Veja-se, a propósito, o que diz o mais recente relatório da OCDE sobre avaliação:
“Para uma reforma bem sucedida é necessário o envolvimento e a motivação dos professores”
(…)
“Uma avaliação de professores com consequências (…) só acontecerá se os professores se sentirem motivados para fazer o processo funcionar.”
(…)
Símbolo perfeito da era Sócrates, a política Maria de Lurdes Rodrigues acaba como a maioria das grandes reformas do primeiro-ministro: incompletas ou estado vegetativo."
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Cfr.Manuel Carvalho
in "Público"
18.07.2009
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