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12 agosto 2021

Galopim de Carvalho...

...concedeu uma grande e bela entrevista 
à jornalista 
Teresa Firmino
publicada ontem no jornal
"Público"
que vale a pena ler de uma ponta à outra.
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Prof. António Galopim de Carvalho
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Deixo aqui apenas três pequenos "excertos" referentes ao ensino... três enormes "excertos"!!...
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Em dado momento a jornalista afirma:
- Mas houve uma democratização da escola.
- Ah! sim, houve. O parque escolar é como nunca houve, que recebe toda a população em idade escolar. Diz-se democratização do ensino, mas aqui abro um parêntese: quem tem dinheiro vai para um colégio privado, quem não tem dinheiro fica nas escolas públicas. A democratização de ensino ainda não existe. Os professores não têm iniciativa, são repetidores do livro. Só me sinto habilitado a falar do ensino das ciências da Terra.
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- E aí o que viu?
- Há professores excelentes, muito bons, mas também há muito maus, que não queria que exercessem funções para os meus filhos. Os professores têm medo de ser avaliados e o sindicato presta um péssimo serviço, porque nivela-os todos por baixo. Os professores da escola pública estão desmotivados, longe da família, a pagar um quarto. São instados à mediocridade. Defendo que devia considerar-se a educação. Tem de se rever toda a política de colocação dos professores. Tem de se rever o vencimento dos professores.
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- A Associação Portuguesa de Psicogerontologia deu-lhe o Prémio Envelhecimento Activo em 2017...
- Penso que o cérebro é tudo. Eu só sinto a idade a entrar no táxi e a sair do táxi. Estou aqui consigo e julgo que tenho 20 anos, sinceramente. Costumo dizer que mantenho a criança que fui, o adolescente, o homem adulto e o homem idoso que sou. Mantenho isso tudo em mim. A idade está na nossa expressão do olhar, está na nossa maneira de sentir.
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in "Público"
11.Ago.2021

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