Páginas

23 setembro 2015

Recebi hoje uma prenda...

... vinda de Castelo Branco.
Obrigado António Salvado!...
Por te lembrares sempre de mim.
.
António Salvado
.
Acabado de editar - Setembro de 2015 - chegou hoje às minhas mãos, o novo livro de António Salvado, a que o autor deu o nome de 
"O olhar do ver
 O ver do olhar" 
seguido de 
"Cantares de Amigo
 Cantares de Amor"
.
Integrando as 
"Comemorações dos 500 anos da morte de
João Roiz de Castelo Branco
.
E, como sempre, com uma dedicatória bonita que te agradeço:
.
.
António Salvado inicia a sua obra actual com um breve texto:

"O olhar do ver 
 O ver do olhar.
.
Como abelha pousando em flor,
 também o frémito do olhar e
do ver sorveu em vasta floração
(e por terras diferentes) os
grãos de pólen que, transportados
pela brisa do encantamento, 
a estas novas fecundações
deram origem."
.
Vou transcrever dois dos teus poemas que escolheste para "primeiros". 

1. 
A tua grácil figura,
a esbelteza do teu corpo, 
o teu menear que é tudo
isso que o ar faz mover, 
imagem feliz de toda
a perene juventude
que dulcifica a beleza
entregando-lhe um contorno -
tu vais além de Afrodite:
em tuas veias circula
o sangue mais fresco e puro
que te faz filha da Vida.
E se tens límpida a alma,
teu corpo é feito de carne.
.
3. 
Aparição tão fugaz, 
inverso do meu desejo:
começo a sofrer por crer
que distante  mais te afastas
do teu vão permanecer.

Ter-te ali sem possuir
o que tens no pensamento:
se é uma vaga presença
fortuita  sem fim à vista
o seres à minha frente.

Mas não me canso do jogo
diário que tu praticas:
não apoucas o amor
que sinto maior por ti
e pelo teu desamor.

Esta contradição estranha
entre a verdade e o engano.
.
NB:
Não me despeço por muito tempo, António... 
Espero voltar dentro em breve para falar o teu outro livro também agora publicado com o título:   "Poemas nascidos da Cantiga partindo-se"

Sem comentários: